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Mostrando postagens de julho, 2009
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Será que soubemos o que fomos? E o que foi toda trajetória Dessa viagem sem asas Que em nossa mente revoa... Somos mares e desertos Somos risos e choros... Somos menos do que podíamos ser... Esse é o livre arbítrio... Será que tínhamos realmente escolha? Ou o destino escolheu por nós... A Coragem requer uma dose de caráter Será que a mentira sempre foi necessária? E a hipocrisia tem cara de amiga... Talvez um dia nós finalmente, Descobriremos sua outra face. A dor interna é corrosiva, Se não arejarmos o pensamento Ela destrói nossa esperança. Será que a estrada tinha volta... E nós perdemos o mapa da felicidade, Ou será que esse mapa nunca existiu E a ilusão se veste de luz nas sombras E te engana ao longo do caminho... Todo abismo é convidativo Então pule, ou vire os passos E recomece de novo... Autora: Liê Ribeiro Paz e luz...
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Minha alma de aquário Cansa-se rápido da fria rotina... Querendo correr os mares, os céus... Querendo ouvir cantos das sereias. Querendo o mágico da surpresa Aquele sopro de vida nova... Nessa mente tão velha... Um corpo a se decompor. Mas a alma moleca quer brincar Com dedos e peles... Com toda magia do começo... Mas tudo acaba se torna quimeras. E o esquecimento povoa a dor, Sabor de amor, sabor de amor Minha boca tão seca... Minha memória tão curta... E o mar revolto me toma Minha alma atormentada, Apaga o sol, Minha alma é de lua... Improvisada lida. Há uma conspiração de pesadelos... Remoendo meus sonhos de outrora Essa poesia é amarga, quem se importa? O doce já foi provado, ficou o paladar... Passou o sabor da adolescência Mente quem diz... Sobreviver a hábito corrosivo de viver... Vivemos pelo café, pelo almoço, Pelas contas pagas, pelo favor alheio Concedido em gotas quase imperceptíveis Mas espero que os séculos passem... Quem eu sou para querer mais do que possuo Falta-me mé
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Porque seu olhar está longe? Porque sua vida não cabe no mundo? Porque o simples é tão difícil de viver? E as perguntas insistem em nos perseguir... Esqueça as horas... Derrame o balsamo da palavra... Em meus ouvidos mocos... Esse passado que nos cobra... Porque deixamos passar as horas... Porque não paramos o tempo, Consertamos os erros, e de novo seguimos... Não repara nas minhas ambigüidades... Talvez você resgate O marujo perdido no mar da solidão? Mas sua solidão me parece saborosa, Você sorri o tempo todo, Ou será a fuga do real! Queria ter o poder de preencher teus vazios. Queria ter a fórmula mágica Que te despertasse como um príncipe... Mas nem cavalo, nem princesa te esperam... Espera-te uma vida de sugestões auspiciosas Correria desvairada pelo poder E ninguém poderá te resgatar A não ser você mesmo... E o impedimento real, Não é da lógica, mas do cérebro Então vista sua melhor roupa... Vamos caminhar para esquecer Ou esquecer para continuar vivendo... Autora Liê Ribeiro Mãe
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Para Fadinha! Ela sempre nós visita... Quando a brisa beija nosso cabelo... Quando o frio nos encolhe em lembranças, Há tanta sutileza no seu tocar a flor... Uma vida inteira por viver, E as estrelas á recebem e a enfeitam de luz... Ela sempre resplandecerá em nossa alma, E o doce reencontro dos sonhos, E a dura vida que ainda se vive. Mas há tanta beleza na esperança, A flor que renasce na terra, Cores e formas... Sabores e cheiros... Sim, tudo nos remete Ao mundo encantado dos sonhos, Por mais que fujamos, Por mais que nos ocupemos da vida Nada nos faz esquecer e sentir Sua doce presença a nos vigiar... Autora Liê Amor.
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Beba da vida. Às vezes ela é amarga Mas beba da vida O caminho de ida, É o mesmo da volta... Nunca existirá o mesmo sonho, Talvez as palavras se percam... Talvez as longínquas horas Nunca tenham passado... E a vida seja uma ilusão do criador... Quem divulgou a noticia? Que não há um principio? Pobre humanidade sem humanismo... E há um fim no mundo? Um arquipélago perdido Onde não podemos chegar... Se imaginar nos contenta, Rezemos. Mas beba da vida Às vezes ela nos embriaga, Pois não a entendemos nas entrelinhas Açoita-nos o frio dela nas ruas... O sendo não sendo, os sonhos confusos Por hora, busquemos o simples... O viver cada minuto, intensamente... Mas há tanto por fazer, a pressa do existir. E o levante da humanidade pela sobrevivência... Morresse pela vida... Mas a vida queria apenas ser vivida em paz... E o que sabemos e o que aprendemos É que ainda estamos muito longe Da verdadeira vida, apenas subsistimos... Autora Liê Ribeiro Paz e luz... Domingo é dia de macarrão Domingo é d
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Eu queria te contar da minha vida Das minhas travessuras de criança, Dos medos, das noites quietas... Dos meus amigos ocultos... Da minha adolescência Das minhas paixões escondidas Das noites de bailes e sonhos... Eu queria te contar das horas tristes Das paqueras, das dores, das alegrias Como minha mãe me contava... Adorava ouvi-la contar da sua juventude. Eu queria dizer de toda a minha trajetória Quantas expectativas eu criei do destino E o quanto me doeu aprender a deixá-lo de lado Para seguir os nossos desígnios... Mas toda dor se aliviou ao seu lado E o quanto eu não pensei Que falar de mim era o menos importante. Ouvir o teu silencio, era o mais angustiante Queria ouvir o tom da sua voz, Musica para meus ouvidos. Talvez você nem tivesse tempo, Nem paciência para minhas histórias. Mas eu queria me imaginar contando E você rindo, me achando careta... Não me importo, às vezes eu queria Por um momento, uma fração de segundos Que você descobrisse quem eu sou E o que eu fui e o que vi
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Não espere uma ação definitiva Tudo no mundo muda, A cada instante, alguém mente, Alguém fala a verdade. Não existe meia vida, nem meia morte. A vida precisa ser inteira... A parte maior da existência... A morte, portal para outra lucidez... Eu te doei o meu melhor e o meu pior. Perdoa se a outra parte, Ficou por se completar... Mas venha dançar, Há tanto frio no mundo Há tanto por fazer, Mas deixa para amanhã Venha cantar, eu sei que você adora, Muito prazer, essa é a nossa história, Tu passas e tudo em ti reflete mistério... Eu pouco sabia da vida quando te concebi, Tudo se resumia em sonhos tolos de poeta, Mas que poema auspicioso, eu posso te oferecer? Aquele sorriso de sol, aquele chorar de chuva, Muito prazer eu sou sua mãe, E o meu amor é condicionado ao meu coração, Jamais cumpri minhas promessas, Mas creia sou aquela moça da foto, Meio luz, meio sombra, meio viva. Não vá embora, nem lute para se encaixar á nada, Seja assim, esse rapaz puro e diferente Alias nada é igual nada,
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O amor, capturado, Viveria melhor se libertado A amada desarmada Corre, mas gostaria de ficar, Olha para trás e lá ele está. A ponte caída, o mar revolto... A planície ressecada... Do que mesmo ouvimos falar? A lenda e a tragédia são amantes da poesia... Esperamos sempre o melhor do outro No espelho que se quebrou. Na verdade precisamos de amor, Amor regendo a sinfonia dos nossos dias... Amor rompendo cercas e cercados Amor, vencendo as deficiências... Carregando um punhado de magia. E jogando em nossa alma... E quando a dor insistir em nos visitar Convidá-la gentilmente a se retirar. Pois há muito por fazer... Muito que suportar dos preconceitos... Já não bastam os dias e as horas Que se casaram e não nos dão trégua. Cresces, mas só amadureces por fora Pois por dentro vive a criança e sua eternidade, A querer apenas o básico do básico... Alguma flor no nosso quintal brotará. Alguma esperança teimosa a nos conquistar. E na modernidade das palavras difíceis A que mais eu amo é o amor...
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Vida comum, As horas passadas Roupa suja. A consciência pesada... A poeira há dias No móvel esquecido... O livro por ler O tempo que se esgota. O teto vazio O chão frio Os pés quentes O coração teimoso. Se amar é sofrer Quem inventou de amá-lo? São tantas sensações... Que vale a pena sentir. Cada toque Cada lembrança que ainda resiste Por isso, Escreva, escreva... Não deixe a história nos apagar. Varresse o chão, Lavasse a roupa Espanasse a poeira Mas nada faz retornar Sentimentos que deixamos escapar... Autora Liê Ribeiro Paz e luz...
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As horas mudam Mudam as trajetórias... Na vida curta, nessa lida intensa... Os momentos se acalmam... E a dor parece menos dolorida. A incoerência permeia os atos... Todos possuem a fórmula... A poção mágica para curar Desde que se siga um pensar coletivo. Mas não se pode curar uma alma... Que vem vagando por séculos... Somente o aprendizado nos faz aprendizes... Pois todos os sábios pereceram. No decorrer da história... Acredite não há uma receita do bem viver Pois a vida é mutável, E que cada um a viva a sua maneira... Pois na derradeira chegada A partida é o melhor caminho. Pois na próxima plataforma Muitos partem. Muitos ficam á espera De uma vida que nunca chegará... Então não me espere, nem me cobre ações imutáveis Pois carrego a minha própria contradição, Uma consciência a ser detalhada Uma vida a ser desvendada E um amor que precisa renascer das cinzas... Autora Liê Ribeiro Paz e luz
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O que você gostaria de falar? O que eu gostaria de ouvir? Um poema torto, quase no infinitivo Falo por dias ao papel que me chama, Converso com as palavras, Falo mal das estrofes frias... A hipocrisia da fama, A tragédia da morte... Mas que tragédia? Morrer causa máxima da vida... Quem viverá para sempre? Pequena fórmula oculta Fica a mensagem, fica a lembrança Nenhum vestígio da matéria. Algumas fotos onde o rosto não é o mesmo... E um vento forte rompe o silêncio... Não há conversa que se ature nestes tempos A desgastada rotina, e os dias são normais demais. Sonsos demais, limitados demais... A! Velhas noites de poemas Lidos com voz embargada... E o pensar em cada linha... A alma a vagar distraidamente. Consome-me a lucidez A surdez humana... Que para num momento de esquecimento O que vale a pena? Talvez perder a própria identidade E aceitar as incongruências do dia Fazer ouvidos mocos e seguir... Autora Liê Ribeiro Paz e luz
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A aridez de viver! Colocas em minhas mãos Vidas e formas E eu apresso em conceder-te Algumas poucas horas... Hás tantos porquês no mundo, No fundo as respostas Já estão quase todas prontas... No mesmo discurso vazio. A realidade com cara e boca Faz-nos caretas, nos fala mal... Joga-nos na lida e que nos viremos. A! Eu Precisaria de um pouco de sonho, Vocês precisavam de todos os sonhos E eu queria saber o que você sonha, Nesse sofá amanhecido, Nesse mundo desconhecido... Quais os personagens que o encanta. E se você chorasse, e eu te acalentasse, Seríamos mais humanos talvez, Nenhuma dor deveria ensinar Mas somos tão frágeis e incompletos Que por não conhecer a verdadeira felicidade Apegamo-nos á coisas ao invés de sentimentos. E no deserto diário, algo que pudesse nos fazer sorrir E que você possa compreender. Que o amor é uma estrada de ida e de volta De troca e de cumplicidade, E no corpo apenas sua maior manifestação... Mas como eu queria adentrar nesse seu olhar... Longe... longe
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Eu preciso do silencio Não quero repetir o mesmo discurso... Eu preciso respirar outros ares Não quero morrer de asfixia. Eu preciso que você siga Não posso estar o tempo todo aqui. Não me sinto inteira... A outra metade, o que me falta? Nunca existiu de verdade, Esse saber viver em gotas... Eu preciso andar sem ser em círculos Uma reta e uma estrada As curvas me tonteiam... Eu preciso sonhar, preciso A realidade me entristece Demasiadamente a cada dia... Eu preciso absorvê-la, mas não consigo! O lúdico dança em meu intimo... Alquimia das águas no poço da magia A! Como eu queria bebê-la. Retornar a minha vida... A beira do abismo, balança a esperança Os passos dados nunca voltam, nunca. Seguir, para onde? Para que? Eu preciso não precisar tanto Ceder ao meu pensar, a mente é fria. E o meu coração ainda bate quente de bel-prazer Que todas as vidas se realizem. Perdoe a ironia, a felicidade é individual Cada um a busca, mas não vejo ninguém a encontrando... Escondida ela ri de nós... Tal
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Dois Poemas da Noite ... Não conte as horas, Não mendigue momentos... Respire segundos... Almeje o mais longe possível O último passo, O primeiro sapato... Gasto pela caminhada... O que importa? A vida é uma estrada Muitos vão, muitos ficam... Mas nada está estagnado... Não minta para si mesma. A sinceridade não tem forma. Nem se veste de bondade... Ela é por si autentica... Quem é quem? Todos nós somos desconhecidos. Meros personagens Que no próximo capítulo desaparecerão E o que ficará de nós? Nenhum vestígio de humanos... Talvez alguma foto amarelada Alguns descendentes... E por segundos alguma saudade... Mas nesse antagonismo... A beira do abismo do existir Sinto a sua falta. Aquele momento na mesa... Aquele olhar, sua presença Na minha vida... Mas na contagem do tempo. Você ficou e eu continuei... Mas logo eu fico Tal é a realidade. Da matéria nada carregamos Destroços e ferrugens... Mesmo na lápide mais cara Ou na terra funda... Restos e esquecimento. É o que nos espera... Autora