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Mostrando postagens de agosto, 2009
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Quando eu vi seu olhar atento e sincero Achei-o lindo, suave, quase feliz... Quando o cansaço vem maltratar meu corpo Eu olho dentro do seu olhar singelo E me liberto de toda dor... Quando eu vi ele sorrindo para O vôo rasante da borboleta... Achei-o lindo, quase meu, quase ele... Algo de magico me tomou Algo de sublime,de amor Amor de vidas... Deus, quantas vidas? Mergulhei em lágrimas Sem que ele visse... Mas eram lágrimas de emoção... Aquelas que não seguramos Que não explicamos Pois nossas almas errantes Muitas vezes nos conduz A!esse olhar de anjo... Esse sorriso de mar... Me faz esquecer os dogmas Me faz engolir as lágrimas.. Ter alguma esperança, Não me fragilizar demais, Não crer menos... Guardarei para sempre em minha retina Esse teu olhar! Autora Liê Ribeiro Mãe de um rapaz autista.
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Água morna Terra seca Tudo passa, Passam as horas Passa o tempo Passa a dor Passa a felicidade Passa menina Chega a mulher... Água fria Pele seca As marcas são irreversiveis Mas o aprendizado ficou... Ficou da vida as cicatrizes Aqueles momentos de extase... Qual foi mesmo o objetivo? A utopica busca da perfeição... Mas contra todo o sonho a genética. E todo bem e todo mal herdado... Algo maior nos sentimentos menores. Pouca logica, muita alquimia... Pouca exigência, quase a doação Água quente, O alivio do cansaço, O Mormaço, quase verão... Quase nua, quase pele, quase carne Mas somos apenas sombras... Em meio a tanta hipocrisia Laico de saberes velhos, Percorremos a vida, Mas a vida não nos percorre, segue sem nós! Autora Liê Ribeiro Paz e luz,
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Repara, Como o dia encharcado Inunda nossas possibilidades De uma solidão compartilhada... Repara, Como as árvores se limpam E se banham,.. E os pingos fortes Fazem da vida uma melodia... Constante e inquietante... Não me arrisco, Nem os pássaros Nos recolhemos A nossa insignificancia . Repara como ninguém se olha... E a secura do mundo é real... Apesar do choro das nuvens, Apesar dessa chuva interminente A secura do mundo é tão evidente... Autora Liê Ribeiro Paz e luz...
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Quando olho a casa E sua presença não mais se faz presente Fica um vazio... Um vazio que jamais nada preencherá! Fica a sensação de perda e solidão... Cadê seu sorriso? Cadê sua palavra sempre Nos questionando... Para onde vais? Porque não come direito? Hoje eu precisaria do seu colo. Desse cuidado de mãe... De sua mão a me mostrar o caminho Da sua braveza... que me dizesse. Calma, o mundo não acabará amanhã! A! esse tempo que nos afasta... A! esse universo que nos separa... Eterea vontade de correr, Acordar e tudo ser um pesadelo Que logo passará... Mas a casa nem mais existe... Outras estradas, outra realidade, é assim nossa vida... É assim os designios que vivemos... Aonde pisamos será nossas raizes... E na continuidade das horas Todos ficam a beira do caminho, E se eu pudesse retornar, Seria apenas para beijar-lhe a face Pedir sua benção... E milhões de perdões ... Se eu os merecer... Autora Liê Ribeiro Paz e luz...
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Viver com você É como querer atravessar Milhões de montanhas Cada uma mais alta... E quando penso Estar em seu cume... Você foge... E o cansaço me toma... Tento entender seus passos incertos E segui-los... E me perco querendo te encontrar... Quantos por de sois eu terei que buscar? Seria mais fácil esquecer... Porém não teria o mesmo sabor Mas confesso, que às vezes Eu queria apenas descansar Nada ouvir, nada fazer... E a ordem de todas as coisas No seu rumo certo... Estou naqueles dias, não repara... Um carinho a mais... Faria-me tão bem... E você me dando um pouco de paz... Seria o bastante Para quem nada respira... Quase transpira... Por favor, me dê à senha... Quero conectar-me a ti... Entender porque o mundo Parece-lhe tão dolorido. Discernir seu olhar distante... Por favor, desligue por um momento O fio que o liga aos 220... Deita aqui, vamos curtir o tempo... Deixar a vida nos cobrar a vontade Segure em minha mão, Veja eu ainda estou aqui... Mas um dia a estrada será apenas sua.
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Todo poeta é meio homem Meio mulher... Todo poeta é meio criança, meio velho. Todo poeta é quase tudo, meio nada. Todo poeta é rua estreita, é a estrada... Todo poeta é nuvem de chuva É raio de sol... É o labor das formigas É o cantar da cigarra. Todo poeta é poeira, é areia É um oceano dentro do peito... Todo poeta é mago, é bruxo. É humano, é falível, é temível É quase gente, é quase alguém... É quase eterno... Todo poeta é amargo, É doce quando quer... Todo poeta, deseja o impossível Cria seres, ama formas, Nunca se sente inteiro. Todo poeta é a metade, De uma parte a se encaixar Que há de chegar E se não chegar Não tem importância Na eternidade do sentir Todo poeta sabe esperar! Autora Liê ribeiro Paz e luz..
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Uma gota, talvez... Uma dor interna quase visível... Mas essa agonia inunda meu ser... E eu me asfixiando em lágrimas Que nunca caem... Meus olhos secos, Queriam inundar meu rosto Lavar meus piores sentimentos Numa enxurrada de sentimentos Que se perderam em lembranças. Porque, o rio que deságua em mim... Não me afoga... Eu preciso crer que não perdi O dom de sentir a lágrima Salgando minha boca... Molhando a aridez do meu coração... Essa lágrima interna... Que ninguém pode enxergar Vai umedecendo minha alma Como quem mofa aos poucos... E as comportas travadas dos meus olhos Precisam se abrir, todas... A vida me parece inacabada assim. Devo soluçar toda dor, Expelir toda mágoa... Abrir a porta e me sentir inteira. Olhar meus olhos inchados E achá-los lindos, limpos Prontos para ver melhor Sem a névoa da descrença... Preciso Chorar. Autora Liê Ribeiro Paz e luz
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Eu não me canso de amar... Mesmo nas horas caladas Mesmo na distancia do mar... Nas alturas das nuvens... Eu não me canso de amar Mesmo nas poucas vezes Das vezes que foram sempre eternas... Afinal, o alimento do poeta. É amar, Mesmo que a dor lhe visite E a solidão o espere no portão... Mesmo nas noites frias... E nas madrugadas silenciosas Cabe ao poeta amar, Amar o olhar que lhe busca... O semblante que o reflete no espelho Eu não canso de amar... Mesmo que o ser amado Demore a chegar... Mesmo que seja impossível lhe revelar Creia eu não me canso de lhe amar... Autora Liê Ribeiro Paz e luz
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Eu tenho que escrever o que sinto... Como se me afogasse em letras... Como se respirasse linhas... Como se vomitasse palavras... Eu tenho que escrever, Por mais que eu não queira... Pois é algo além de mim, Além da minha mente, Quase a minha alma. Leio os poetas e todos os poetas Estão em mim... Adorno sonhos que nunca morrem. Adormeço pensamentos que não param... Preciso da doçura das estrofes Ou do amargo de algumas rimas. Vento, pensamento Coração, emoção. Prelúdio, preâmbulo... Do que sinto, pouco ainda expeli Pois o meu sentir parece Raízes de um grande jequitibá Cava-se, cava-se e nunca se chega ao principio. Essa nevoa que mim se veste, Por isso eu preciso escrever Entenda, eu preciso escrever! Autora Liê Ribeiro Paz e luz.
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Durma filho... Que seus sonhos sejam reais E que as estrelas te guiem... Durma meu filho, Que eu velarei teu sono Creia... Há um mundo além da lua Onde seu espírito se liberta E dança, e canta, e brinca e não sofre... Durma filho, Não tenho sono, Temo pela noite quieta Temo que nunca voltes Pois teu mundo no além Com certeza deve ser mágico Seus olhos buscam o acaso. O silencio das madrugadas Faz-me repensar, reavaliar Orar, orar baixinho Sem a hipocrisia da repetição, Quanta dádiva, seu corpo quieto Durma filho... A vida acordada sempre te cobrará Viaja... Reveja seus amigos... Mas não me deixa aqui, Espero-te como quem espera O milagre do amor eterno... Acordaste... Bom dia filho, seu sorriso menino Faz-me crê que tiveste Uma linda noite, Deus te abençoe meu filho Agora eu posso adormecer Segura minha mão fria A ti caberá meu sono velar! AutoraLiê Ribeiro mãe de um rapaz autista
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Todo poeta é egoísta Escreve dos seus sentimentos Esperando encontrar eco... No coração dos humanos... Todo poeta gostaria Das coisas simples Na simplicidade das horas Esperando a vida apenas ser vivida. Sem aflições ou ambições fúteis... Mas a futilidade não é mais exceção É regra para se viver Na superficialidade do ter. Sim, todo poeta é complicado Vê fantasmas mil, vê sombras. Vê dores, e as sente como quem vai morrer E morrer para o poeta é a sua liberdade. Doses de melancolia saboreadas em gotas... Todo poeta é triste, nunca infeliz A infelicidade cava maldade, descrê, Mofa o lado bonito do seres... Mas a tristeza é pela humanidade Dura, preconceituosa, rançosa E cheia de disputas inúteis A inutilidade do sentir, A crueldade do porvir, Lanças que atravessam o peito do poeta. Quantos andando pela rua, vês? Quantos tendo a palavra Numa recita de anjos, ouves? A falta de um poema doce, A falta de um poeta sorridente De poetas povoando a terra... Faz do mundo um lugar árido. Todo poe
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Não quero escrever mais nada... Nem quero cavar minhas dores, Dói, ninguém imagina o quanto. Questionamentos sem respostas Tudo é tão vago... Vales e mares... Eu olho para o ontem. E o hoje me parece tão vazio. Deserto e oasis A raridade do amor Paredes e janelas... Prefiro as estrelas, prefiro... Nenhuma coberta a não ser; as nuvens. Nenhuma palavra que não seja de alento... Eu quero ouvir, não quero... Esqueci as chaves, esqueci o tempo Que varre cada lembrança... Mais eu nunca me esqueço das fisionomias Muitas vezes sem nome... O que importa, Tudo fica na porta... Desconhecida vida, vai embora... E eu insisto não quero escrever mais nada Talvez apenas sentir Quem dera nenhuma forma de dor Para ensinar-nos a viver... Quem dera! Autora Liê Ribeiro Paz e luz
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Eu sempre te carregarei Em meu coração Você já existia. Antes mesmo de eu tê-lo em mim. Não há explicações lógicas, Por mais que escavamos Nossos sentimentos. Menos os compreendemos. Quantas mágoas ainda nós carregamos. Quantos medos incompreensíveis. Mas eu olho teu sono tranqüilo... Nada me parece diferente. O amor alcança sempre Lugares mais impróprios Pois o nosso instinto, Não é somente de sobrevivência. Aprendemos a amar... Selvagens, antes, entregues ao sentir animal... Hoje a consciência do preservar a essência. Sonhar com a esperança vestida de felicidade. A mais importante evolução De toda humanidade Não foi a tecnologia Foi aprender a amar, E o meu amor por tua presença Assim misteriosa e curiosa Aos olhos estranhos... Faz-me acordar todo dia. E nunca desistir, Mesmo que o corpo cansado da lida Queira nessa cama ficar... Vamos correr o mundo, Vamos nos fazer enxergar E não pense que sou perfeita, Nem que nunca haverá espinhos. Lamberei minhas feridas, Enxugarei minhas lágrim
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A face Deus No sol se pondo Nessa tarde fria de inverno. A face de Deus No reflexo da lua Em pleno mar... A face de Deus Nas estrelas Que brilham na escuridão. A face de Deus Na sombra De um jequitibá. A face de Deus Nos grãos de areia Por entre as nuvens Durante a chuva Escorre uma lágrima Da face de Deus. A face de Deus No espelho das águas Não sorri... Mantém a calma e a onipotência. A face da Deus Em cada rosto exposto Em cada vida concebida E se tu não conheces A Face de Deus Olha-te bem Repara em teus traços Arranca a máscara Penetra no espírito Liberta a alma verás nitidamente A Face de Deus... Autora: Liê Ribeiro paz e luz
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Tempo, Falta-nos, Vento, Sopra. Palavras, Sobram. Vida, Acomoda-se. Sonhos, Acordam. Bocas, Emudecem. Mãos, Acenam. Pés, Caminham. Olhos, Cegam-se. Ouvidos, Ensurdecem. Nada Cabe-nos ser, Tudo nos falta, ter. Ser, Abstrato, Invariável Imperfeito, concreto, De gelo, solitário. A vida, Reescrita, relida, Há tanto para aprender. Autora: Liê paz e luz