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Mostrando postagens de outubro, 2009
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Eu vivo pelo instante O que move o corpo? Essa energia gasta Pelo tempo imbatível. Eu vivo pelo momento Onde todas as explicações Serão dadas... Não há pressa Nem pode haver... Nada se resume apenas aqui, Seria demasiadamente triste Não romper as correntes E não aprender Diante de tantas falhas. A! essa lei maior Que rege o universo Deu-me o dom do verso E um filho do avesso. E somente tenho a agradecer, Pois eu vivo por seus olhos Vivo por sua continuidade, Por seu sono tranqüilo, Por sua vida... Vivo pela esperança de seu sorriso, Pelo acariciar de suas mãos tremulas Por uma pista qualquer Que ma faça chegar a ter você. Vivo pelo minuto da redenção Aquela e que segurando minhas mãos Seguiremos pelas estrelas E toda dor deixada para trás... Autora Liê Ribeiro Mãe de um rapaz autista. paz e luz
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Eu não quero falar sua fala, Eu não preciso de sua lógica Eu me basto pela metade Quem é inteiro enfim? Cortes feitos a cada vida. Tenho medo de te perder Para toda distancia Que nossos mundos se encontram Desça das estrelas, Preciso dos teus pés no chão... Acorda desse sonho Eu temo não ter tempo Mas quem provou do que provamos Doce e amargo são salutares Preciso salvar-te de si mesmo Preciso me reconhecer no espelho. Nuances de similaridades opostas Seu semblante ao dormir Lembra-me alguém distante Alguém que me acompanha Por tantos séculos Não importa se ninguém acredita. Eu sei quem tu és por detrás do autismo, Sei que ele vive, que ele se debate... Que chora lágrimas ocultas em noite de vigília. Que e espera pela liberdade... Mas se tens asas Não se esqueça de estender as mãos Quando alçares o vôo final Não sei voar, mas aprenderei Somente para te acompanhar... Autora Liê Ribeiro Mãe de um rapaz autista...
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Faz E desfaz A um remendo De vida Que tentamos Transformar em cocha Retalhos de sentimentos Que tentamos costurar. Pensa Repensa Há uma lógica na poesia Que não é matemática Nada é exato, Tudo é confuso. Mas precisamos continuar... Fala Cala, Não preciso de sermão, Uma palavra simples Bastaria... Não preciso de embrulho, Nem de rodas... Para entender teu discurso Vou repousar, A vida hoje me cansou... Vou abraçar o vazio E faz de conta Que tudo é válido... Cada aprendizado, Cada lambada do destino. Ser bom custa horas Ser mal é num segundo Mas como já é madrugada E a chuva veio brava Apaga a lua, vamos dormir Deixa a braveza da natureza Castigar os estúpidos... Pega, Devolva, Algum dia quem sabe Seremos felizes... Autora Liê Ribeiro Paz e luz...
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Meu filho ama o filme SOMEWHERE IN TIME, Em algum lugar do passado Com Christopher Reeve e Jane Seymour. No inicio o filme a senhora entrega a Ricahrd um relógio e diz: GO back to me... Seus olhos ficam fixos na cena. Ele ouve a melodia atento... Parece lembrar-se de algo... Numa outra parte do Filme Quando Richard está no GRAND Hotel E lá revê uma atriz numa foto Os olhos do Gabriel enchem-se de lágrimas Que não caem... A melodia vai entrando pela casa... Gabriel assiste, a esse filme desde muito pequeno. Na verdade a primeira vez fui eu quem assistiu Ainda grávida, e quando a musica começou a tocar Senti um grande tranco em minha barriga... Fiquei assustada... Mas como ele também eu adorei o filme. Outro momento muito forte é quando Richard Encontra seu professor de filosofia Que havia escrito um livro viagem no tempo. E o professor lhe diz: Again, again… Dizendo que ele deveria repetir várias vezes Pois ele queria voltar a 1912. Gabriel repete, de
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Onde estas? Ando e nem vestígios? Meus pés inchados Esse deserto que nos separa. Minha boca seca, Meu corpo cansado Onde estás? Esse céu coberto de nuvens E o mapa do teu coração Eu perdi, será que não encontrarei mais? Resgate-me dessa dor. Não se culpe, Durma e viaje, A tanto para aprender Em alguma galáxia, menos densa. Deixa-me aqui um pouco Minha mente precisa descansar Você não me compreende Mas me dê sua mão Quero somente sentir teu perdão. Mas quando as águas da primavera Passar, nós vamos caminhar, Queria te mostrar que ainda há beleza As flores que infeitam os jardins Mas onde estás? Essa armadura impenetrável, Esse olhar distante Corta-me até a alma. Não posso falar somente de luz Se a escuridão da noite Ainda nos assusta. Não posso ser hipócrita Ao ponto de sorrir do trágico. Mas há uma luz a seguir Há uma trilha a buscar Algum tesouro a conquistar Seja no deserto, no oceano Seja dentro de nós... Sim, um dia teremos respo
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Quem foi você? Havia há muitos séculos Duas almas perturbadas Uma queria a paz do seu quarto O outra se apaixona pelo proibido Que mundo distante a terra dos pequenos. Os sonhos e o sol que nunca nascia Frio e solidão, perseguiam aqueles seres Mas a dureza dos atos. Não condizia com o amor em seus corações. Porque tanta ventania? Porque a neve nunca derretia E eles nunca podiam passear? Nem conversar a beira do rio Ele nunca falava, Ele nunca dizia o que passava Em sua mente frágil... E a vida lhe parecia Por demais, pesada E sua fraqueza o fazia Corromper o corpo... E a ilusão da bebida E o desejo de um amor eterno O levou numa tarde chuvosa Nenhuma palavra lhe alcançava Doce menino, irascível... Seu olhar já a muito confuso. Seu talento perdido, Seu desejo de vida Tudo se findou naquela tarde. E todas as vozes se calaram E todos os anjos choraram... Mas um dia o menino voltará Vestirá o manto do perdão Correrá a campina, Amará e será
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Devo escrever algo novo Mas tudo é tão velho, O mundo, Os anseios Os sabores. Devo ensinar-lhe a ser Mas o ser em você fugiu... Há somente uma luz tênue Que devemos seguir... Qual sábio á nos entender? Tantos adjetivos á nos definir... Que deixamos de existir como pessoas Devo envolver-me em teus mistérios Às vezes gostaria de compreender-te Mas preciso compreender-me primeiro O que desejo? Como co-habitar em seu mundo Há sim um planeta especial em teu olhar O meu mundo de poesia quer te abraçar Bendita seja  para não me deixar ceder. Devo gritar para os surdos Que te amem sem cobrar-te normalidade Uma normalidade sem rosto, sem forma Sem característica própria Um remendo de ser... Devo, mas não farei Da nossa vida uma continuidade do outro... Autora Liê Ribeiro Mãe de um rapaz autista.
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Nossa vida parece um teatro Às vezes de fantoche As pessoas olham e não entendem Será um drama, será uma comédia? Mas até quando encenaremos Todo o dia a mesma vida? Carrego-te pelas mãos... Sigo atenta, Os teus passos inseguros Pareces indiferente Aos olhares alheios. Mas quando choro, Ali está você limpando meu rosto Não entendes minhas lágrimas Mas sabes que às vezes são de pura dor. Quem te aprisionou nesse soton? Jogou a chave no fundo de um grande oceano E lá vamos nós mergulharmos Um dia eu juro que a encontrarei... Mas até lá que meu amor te liberte. Pausa: Às vezes não há luz no palco E vamos tateando até a coxia De nossas vidas... Não usamos mascaras Não temos disfarces, Somos reais, às vezes reais demais Vestimos nossas angústias, Saímos pela porta imaginária da solidão. Mas amanhã nessa mesma hora, voltamos Você com seu sorriso ingênuo Eu com a minha luta sem armadura E sem aplausos ou vaias... Encenamos nossa história r
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              Com você eu não sei nadar Mais preciso mergulhar fundo Com você eu não sei voar Mas preciso ter asas para te alcançar... Com você, nada é raso, tudo é profundo E eu vivo a beira do abismo... Se pular eu me arrebento e te levo comigo. Vou andar, Talvez alguém me enxergue Além da pessoa... Talvez encontre uma flor... Um sorriso amigo. Com você preciso aprender a respirar Lenta e suavemente Quiçá para não perder tempo. Quanto tempo? Com você as horas não se contam... Que mundo é esse? Sem regras, sem momento Sem nenhum vestígio de normalidade. Mas que incoerência... A imagem no espelho das águas Sempre se deformam... Somos aquilo em que acreditamos Todos os anjos e demônios se conhecem. Não há formulas inventadas Que reponha aquilo que perdemos Ao decurso de todo caminho, E os passos dados já passaram. Mas se acordares Eu não mais estiver por aqui, Creia, não fiz tudo que podia Muitas coisas não dependem Exclusivamente de
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Dialogo de um Só! Pergunto ao meu filho O que temos a perder Desse mundo confuso... Ele sorri, Afinal ele não fala minha língua... Apresso-me a sorrir, Pois logo uma lágrima Teima em querer cair... E ele sem entender Dá-me um beijo E volta a suas tarefas repetitivas. Ouve musica, joga no computador Deita e fica olhando para o teto vazio Eu queria estar ali, a me fazer de estrela Ouvir seus olhos, Afinal sua fala também é cíclica E como lhe falta imaginação Ele repete e repete... Mas que falta de reflexão a minha... Afinal ele tem sua própria forma de pensar. Preciso entender seu olhar Cavar até alcançar seu mais profundo eu... Penetrar suavemente em seu mundo Se não ele foge, milhas e milhas E eu nem tenho tanta perna assim. Nem tanta sabedoria, Para entender Que a maluca aqui sou eu... Querendo fazer dele Algo semelhante, Semelhante a que? O que ele é não tem cura Mas ele não é doente, Ele é ele, e o que ele é A ciência procura
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Essa poesia é para você Que nem me conhece Nem me vê... Essa poesia é para os estúpidos Aqueles que ainda acreditam Nas linhas, nas entrelinhas, Em todo sentimento Que nelas é colocado... Sem verbetes. Sem correções tolas Não podemos corrigir sentimentos, Nem vencer a solidão Pois ela é coletiva... Essa poesia é para expurgar a loucura Fazer dela algo que não nos consuma Em desalento, esse descrédito... De um mundo melhor... Essa poesia é para você de olhos tristes... De desconhecida fisionomia Que posso ter esbarrado em alguma esquina E nem ter percebido sua dor Essa poesia é para te pedir perdão, Se eu pudesse limparia suas lágrimas, Abraçaria-te apertado, Entregaria-te essa poesia E te diria, não estranhe é para você! Autora Liê Ribeiro Paz e luz...
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Você me derrota Quando não me reconhece Diante de tantas evidências... Pois palavras são somente palavras Os olhos muitas vezes dizem mais... Há um silencio a se quebrar... Há vestígios que devemos apagar. Quando foi que aprendemos algo sem sofrer? Confesso não lembrar... Mas se eu devo esquecer as horas. Se eu devo cumprir o prometido Eu o farei, creia... Mas seguir assim não é fácil... Havia tanto por falar... Havia coisas obvias a ouvir... Pequenas demonstrações de carinho, Aquele dia de carência de humanidade Aquela vontade de repousar Sem ter que pensar, reavaliar Cada instante vivido, E o que ainda ficou por viver... Quantos anos nós precisaremos Para nos reconhecermos definitivamente Mas a infinita possibilidade De que possamos vencer todos os obstáculos É barrada por sua incoerente decisão... Não sabes que a poesia poderia nos aproximar, Não sabes que quando tudo se findar... Ainda assim, teremos muito que aprender... Mas nos
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Qual a nossa finalidade na vida, filho? Porque viestes? Como me preparei para recebê-lo? Nada foi exatamente como sonhado. Mas eu nunca sonhei como você seria. Eu sempre te imaginei um anjo Em meio aos mortais... Dura pedra filosofal... Bobagens que pensamos Por sermos tão falhos, Cruel pretensão de querer conquistar o belo Utopia dos fortes, medo dos fracos... Repara, o quanto você tens de mim... Repara como a vida nos presenteou Com um amor que não se compra Com duras lições que somente sofrendo aprendemos. Quem quis nos testar? Poderíamos escolher outros mundos? Poderíamos adiar nossa luta... Mas como seria vazia minha existência Sem a roda gigante que você a impõe... A gente brinca, não é? A gente se olha e sabe Exatamente o que o outro sente Você em seu silêncio, Eu com a minha poesia. Você não chora, mas eu choro por você Mas você sorri, e todo sol brota em minha retina. Mas meu medo maior Não é o que vivemos, Cada dia
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Porque não percebemos a passagem do tempo As tempestades, As tormentas Tudo se acalma a beira do caminho... O tempo assenta a poeira da ventania. Devo-te as horas e horas refletindo Nenhum porque a ser respondido. Quem sou eu para questionar a genética Herdamos junto com os genes defeituosos Um amor incondicional... As Horas são continuas, E eu nem tive como pará-las Para que você pudesse caminhar Sem tantas pedras... Porque teu olhar atravessa Minha mente? Eu tento arduamente decifrar o que desejas... Não sei se o mundo é grande demais! Ou se é você que não cabe na sua complexidade. Porque eu sabia-te assim? Dizem ser coisa de mãe, Dizem ser a utopia de quem sonha... Não há culpa ou culpado Nem poderia haver. É uma questão de aprendizado, Adoras andar, Adoro quando acordas sorrindo... Quando me ouves e entende o que eu digo... Desconexa pessoa alienada é sua mãe... E toda bagunça do mundo Em sua ordem exata... Aquilo é aqui, no
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Nós crescemos juntos, Nós sofremos juntos Nós nos perdemos juntos Encontramos rastros de passos dados. Fizemos um pacto nas estrelas Caímos na terra árida, Carregamos a matéria densa Perseguimos o lúdico no lodo. Mas o tempo cronológico Não conta a nossa eternidade Onde reside todo aprendizado E a revelação da alma imortal... Não há raízes sem seiva... Não há existência sem essência, Nós batemos de frente muitas vezes O enquadramento que nunca se enquadra. A forma que nunca é exata, Falta sempre um começo... A luta que nunca acaba, E quando penso no tempo que passou, Quando avalio toda trajetória, Respiro fundo, enxugo as lágrimas E abraço-te apertado, Sinto teu coração menino, Batendo sempre em descompasso E o seu semblante amadurecido. Mas o olhar sempre garoto Que vai buscando detalhes, Que vai fugindo do obvio Que se embaça em lágrimas Que nunca caem... Felizes os que aprendem E nunca se arrependem. Felizes os que n
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Poema para Gabriel e Pedro Amadureci o que eu sentia Ao ver esses olhares confiantes Esse carinho sem palavras Essa percepção dos sentidos Que a mim custa entender. Vês por imagens O mundo em cada detalhe O som em cada nota Explode a gota e o mar te invade. Corres, corres... Há um deserto por vencer E eu preciso dormir... Mas porque seu sorriso me afronta? Como rir dessa nossa solidão... O que se passa em tua mente criança? O que te falta para confiar E chegar finalmente dessa sua viagem... Mas olha que simpatia mutua Esse carinho gratuito. Esse confiar sem nunca antes se encontrar Que lição de amor verdadeiro e ingênuo... Não canso de ver-te assim, Nesse momento ludico... Ainda há os que dizem Que não sabes como demonstrar afeição, Mas em ti isso é inato... E em meus olhos Desde desse dia ás lagrimas fugidias Insistem em cair... Amo-te tanto que nesse instante Mal compreendo o que é real e o que é autismo! Autora Liê Rib
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Da Loucura, a poesia! Eu perdi os sentidos. Eu confundi os espertos Eu corri dos realistas Dos idealistas de gravata. Esqueci a metáfora das cifras. Andei nu pelas praças Nadei na poça d’água Amei o mistério do lago. Essa forma inexata de existir. Amei as lendas e seus personagens. Amei os girassóis de Van Gogh. Viajei em seus campos... Voei em seus sonhos... Dancei com as bailarinas de Degas Recitei poemas de amor aos surdos. Emergi da grande solidão Respirei a brisa do mar Esqueci que era só. Esqueci que a minha nudez Afrontava a realidade Minha nudez de alma Minha nudez de maldade Meu corpo em brasa Minha mente insana. Esqueci que ser poeta Dói numa profundidade oceânica. E se me afogo em palavras Em estrofes perdidas e tolas. Não esquecerei jamais. Que nada eu seria se não fosse Poeta. E que necessito da poesia Como o pão alimento da vida! Autora: Liê paz e luz. carinho.
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Creio nos navegantes A! Os meus pés no chão. Creio que podemos voar Nadar num oceano de sonhos Sem sermos descritos, como loucos. Quem sonha em meio à guerra? Creio, muitos sonham com o fim dela. Quem sonha na prisão Creio, todos que sonham com a liberdade Do sol, Visto de perto, solto no céu. A estrada sem começo, sem fim. O mar reflexo do céu na terra E a estrela guia, Creio, ela poderá guiar a todos. Mas, quem sonha em volto em chagas. Creio aquele que acredita  na dádiva do milagre. O lamber a ferida, o cicatrizar ás magoas O refazer o caminho... Mas, Esse crer tem que ser diário. Crer no que se pode tocar. Crer no que apenas podemos sentir. Crer no que vimos. Crer no que não podemos ver Mas está lá... Guardado para durar. Crer nas palavras, o no silêncio delas... Crer na noite que permeia o universo. Crer no amanhã que chegara... Crer no ser, e no humano. E se a jangada já partiu... O quadro já amarelou... A foto na estante parece
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Eu me perdi, Não tente me encontrar... Eu me perdi Entre palavras e sons... Quis tanto me achar E me perdi... Nem cabe mais a rima, Nem sei formar o mesmo pensamento Do mesmo ensejo, da mesma vida... A estrada é uma reta, E eu preciso chegar... Chegar a algum lugar Que me traga paz... Aquelas noites do coaxar dos sapos Essa é minha vida desenquadrada Sem foco, que teima em continuar... A linha é o traço por Deus traçado, O livre arbítrio E os mesmos erros nós cometemos. Quantas vidas, quantas horas Precisaremos para aprender a ser? Pois quem tem tudo, nada de seu possui... É irônico, mais é verdade... E na realidade quando eu me perdi Achei-me, doce, feliz, vi seres... Quase flutuei, quase morri sem morrer Quase vivi sem viver... Na verdade enlouqueci, mas ninguém percebeu! Autora Liê Ribeiro Paz e luz
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Do que tenho medo? O que me faz aterrar São todas as minhas possibilidades Quais mesmo eu quis de verdade? Amedronta-me as falas hipócritas A falta de uma palavra sincera... Amedronta-me eu me ver Envolvida em redes de subjugação... E o saber que requer humildade... E a sabedoria que não é dessa vida. Amedronta-me o fim sem um começo. E tantas coisas por fazer... Mas nunca há tempo, Pois o tempo corre mais que as horas, E aquele momento Que tudo deveria parar, Para que tivéssemos um instante Sem pensar, sem agir, sem sofrer, Sem chorar, sem vazio, sem medo... Nunca chega, nem vai chegar. Então cara vida, vá seguindo Eu na frente você atrás Empurrando-me para eu não parar. Vamos em frente, Mesmo não sabendo o que encontraremos Vamos seguindo essa é a nossa missão! Autora Liê Ribeiro Paz e luz
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Encanta-me olhar teu sorriso, Encanta-me eu viver alguns períodos de paz... Encanta-me, revelar-me para a poesia... E a vida feita de retratos revelados aos poucos... Não escondo os traços... Não procuro falhas... Encanta-me aprender diariamente Que as horas são necessárias... Que todos os momentos ficam gravados Em nossa alma... Encanta-me a oração baixinha Sussurrando ao pai que com certeza sempre nos ouvirá. Encanta-me as mãos estendida, a fé no simples Cada gota derramada para formar todo o rio... Encanta-me o mar lambendo a areia macia... E toda criação refletida no por do sol... E se olhos não se enevoarem com a mágoa Eles sempre verão a beleza na mais ínfima criatura... Seja na lagarta rastejante, Que um dia se tornará numa linda borboleta multicor... Encanta-me essa possibilidade... Seja na densa floresta Aonde todos os Deuses se unem E todas as energias formam A grandeza da natureza... Encanta-me por um instante não importa Imagina