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Mostrando postagens de janeiro, 2010
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Eu estava com muita dor de cabeça, Pensar demais provoca essas coisas Tomei dois analgésicos E te pedi que ficasse comigo... Que deitasse ao meu lado Precisava me certificar Que não te perderia do meu olhar, Mesmo que eu dormisse... Você sem nada dizer, Afinal você pouco conversa Somente o necessário Deitou-se, pegou minha mão E ali ficou... De vez em quando Fazia carinho em meu rosto Adormeci, e nenhum momento Você se levantou... Algo de profundo me tomou Há tanto amor, quando amor São assim encontros de almas Aos poucos a dor foi passando E sua mão quente segurando a minha Não largava... Como quem me dissesse Sim estou aqui com você Não se preocupe... Eu chorei baixinho Que vida estranha a nossa O amor de um autista Por sua velha mãe... Em gestos, em olhares E surpresas diárias Em cumplicidade calada Acordei com você me olhando Sim a mãe sobreviveu. Como lhe agradecer? Talvez compondo esse poema Nosso destino, nosso caminh

Lançamento via internet do meu livro Vivendo Sonhos

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podendo ser adquirido pelo site: http://www.clubedeautores.com.br Livro: Vivendo Sonhos Vivendo Sonhos Autor: Liê Ribeiro  Descrição : Uma aventura, de facil leitura, que envolverá aos leitores. Preço de venda: R$ 27,95 Edição: 1 ª ( 2009 ) Número de páginas : 82 Tópicos: Ficção . Palavras-chave: aventura .
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Nada é completo nada... Vivemos a metade de hoje A outra dormimos... A metade da vida A outra ainda não foi encaixada. Vivo; cansada de mim. Essa cabeça a pensar, pensar... E não me deixa dormir. Nada é completo, nada. Nem a palavra, nem o poema. Sempre fica algo, A metade do querer. O pedaço por completar Vivo, no mar de mim... Naufraga de um desejar Algum porto para descansar meu olhar... Esse coração metade amar, metade sofrer... Quem entenderá? Algum poeta sobrevivente, Das naus a deriva desse mundo encharcado. Mas ainda há as metades A metade de mim, a metade de ti... E o ser inteira que nos falta. Então não termino o começado...   Deixo para quem souber fazê-lo. Toda metade de mim amputada, Outro pedaço de mim, flagelada São assim esses dias Que a realidade vem como enxurrada Nada é completo nada, Eis o sentido da eternidade, Sintomas da idade falta sempre uma metade! Autora Liê Ribeiro Paz e luz...
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Pensamentos vão ao vento Quando vou descansar meus olhos Meu corpo, dessa preocupação? Visto a labuta, calço os passos... [Mas eu preferia, deitar meus sonhos.] Será que eu sei do que falo? Será que é real, esse querer mortal? Queres rimas fáceis? Nenhuma época da vida, Tivemos  facilidades, pois cansa pensar... Cansa imaginar... Cansa não ver o mundo melhorar... Pensamentos vão ao vento, Arrebento o peito com sentimentos Que vem e vão, como tempestades. Tirei a mascara, me vi no espelho, Quem tu és? Perguntei, Como se atreves a me mostrar Assim, cara lavada, olheiras... Onde está a criança: onde está o sorriso? Vão-me longe os dias idos, Que me importa que me julgues Que me importa a maquiagem escorrida O palhaço de lágrimas escondidas... O que eu sei, é que nada sei! Que me libertei da dor tê-lo ao meu lado Mesmo que distantes nós aprendemos Com o cuidado de um estrategista nos aproximamos. Não se preocupe, a louca aqui é sua mãe! Um di
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Eu creio no amor universal, Como creio no amor verdadeiro Pois o amor planta vida Onde a vida já havia desistido de existir. O amor cava sentimentos perdidos Em um baú do esquecimento O amor cria castelos de fantasia Onde só existia solidão O amor revive vidas outrora vividas Em outras terras O amor reaproxima os distantes Faz do pesadelo um sonho O amor reinventa uma nova página Numa página vazia e em branco Amor cria poesia, busca-a No mais profundo cálice O amor e seu poder O poder mágico de amar o amor! Autora Liê Ribeiro Paz e luz...
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Brincando com meu nome! Liê faz poesia Liê sabe pouco da vida Ensina, aprende se esquece Volta Liê... Liê persegue a sombra, Repousa tua mão na pequena mão da Liê Liê se esconde da Liê, não sabe nada da Liê Foge longe da Liê Liê renasce Liê, o poema escondido, O mar da Liê salga o papel Mancha a folha, rascunha a vida da Liê Em todas as vidas há uma só Liê Um nome, um sonho de ser a tal Liê Quem é ela? A poetisa, a ilusionista, a sonhadora Caminho pelo teu corpo Liê Um sopro de vento Um rio, o sol cobrindo teus olhos Fechando-os para a vida real, Liê Transportando-a para a ilha das letras, Liê O que vês no espelho, Liê A Liê que nunca fingiu ser ... Todos correm em teu íntimo Passagens e paisagens, que jamais se perderam Nada de humanidade, Nada de maldade Nada de idade Tu serás eternamente Liê Velha sábia de sonhar Serás a criança que roda dentro de você, Liê Serás o todo de um tudo que ainda não foi preenchido O sol e a chuva,
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Meu filho ama a musica E a musica é sua porta Para uma liberdade mágica... Ouço atentamente e as letras É a sua voz... Seus olhos brilham Uma luz em meio a tanta escuridão... Meu filho vive o mistério das melodias Atento e disperso Essa é a sua vida, Á musica o traduz e o protege Ele canta, eu me encanto... Suas frases tortas Sua alma elevada, Que mundo esquisito o nosso Ele somente queria respirar Sem precisar se enquadrar Ele precisa despertar, Mas a realidade é ruidosa e fria... Á Musica o faz sobreviver Cada dia mais um pouco. E quando tudo se encaixar E nenhum sentido for coletivo E vivermos somente pelo sabor do momento Meu filho irá viver feliz... Sons e silencio. Autora Liê Ribeiro Mãe de um rapaz autista.
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Ele voltou Um pássaro Livre para voar A estrada lhe parece Toda a liberdade Que seu olhar sempre buscou Seu sorriso De quem volta para casa E reconhece cada canto, Faz-me afortunada... A! Como eu temi perder-te Para a ocasião do momento O tempo cavado em cada minuto Sim, viemos como dois resgatados De uma realidade que não é a nossa. Nossas vidas tão emaranhadas Alinhavos de tantas existências Em busca de paz... Que haveremos um dia de encontrar. Mas como a poeira que após a ventania Assenta-se no móvel. Assim somos nós, Aos poucos assentados em nosso refugio. Que linda demonstração de amor Seu susto ao me rever de repente sem aviso. Seu sorriso, seu coração acelerado Seu abraço apertado, seu carinho em meu rosto. Deus, como a felicidade são momentos assim! Autora Liê Ribeiro Mãe de um rapaz autista.
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De repente Deu um branco Em minha mente Dizem que devemos Reescrever nossa história Como se nada mais existisse Para trás... Mas como apagar Toda a trajetória Que nos fez chegar até aqui Pedras e areia Vês o quanto precisamos crescer Uma velha noite Um novo dia... E viajamos juntos Num sonho Que eu jamais acreditei viver, Mas como nada é inútil E toda sutileza dos atos Vem desse caminho percorrido Agradeço-lhe pelo aprendizado Se há lassidão, e sempre há... Fechemos toda dor lá fora E somente acreditemos no nosso amor... Que tem nos resgatado todos os dias Desse mundo rotineiro Dia a dia, quantas horas cansadas Libertemo-nos da cativa vida. Deixemos nossa alma vagar feliz Seu sorriso é tudo para mim... E a felicidade é como a breve brisa na cortina. Logo passará... E um dia alguém encontrará nossos fragmentos Nesse papel! Que até... Há poucos minutos estava em branco. Assim é a nossa vida, e a nossa morte Uma eterna escola, ond
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Não a queria triste Nem que a vida lhe batesse tanto, Marcas e feridas Algumas muito antigas Outras tão recentes Que ainda sangram. Queria somente enxergar Em teu rosto, o sorriso, Mas as lágrimas Nele caem como cachoeira De sentimentos confusos. Não sei mudar os desígnios Nem tenho o poder revertê-los Todas as explicações um dia serão dadas. Mas eu queria, ao menos Recompor os estragos Que o mundo lhe causa... Essa sua luta que nunca acaba. O que há em ti é, sobretudo, cansaço. Nem sequer podes descansar seu olhar... Sutileza de sensações inúteis... Mas sei que um dia a calmaria do mar Em tua vida lhe refará... Há tantas perguntas, Mas as respostas estão dentro de ti, E a compreensão das limitações Fazem-nos quebrar todas as correntes. Pois somos mais  do que pensamos Nossa força vem desse amor, Se há amor, nada nos abaterá, Tempestades ou tormentas. Quantas tu já vencera? Para vida, vivida ou sonhada Para o sonho, sonhado ou
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O que queres que eu diga? Nessas horas repetidas Não quero pensar a vida Que me vale remoer-me? Nas recitas cansativas. Queres que eu escreva da alegria Que eu a relate em poesia Mas há em mim um cansaço de sorrisos, Não, não é cansaço de felicidade, É um estado de coisa concreta, Essa que eu não queria... A vida não é o bastante Para quem ama... A vida é quase um sopro E a melhor forma de vivê-la É senti-la... Na água que desce da cachoeira No colo manso da pessoa amada Quase esquecida, Quase distante, Quase proibida... O queres que eu sinta Se o meu sentir de mim foge... E a minha alma quer alcançar a Deus O Deus que em mim habita Que não me condena, nem me critica O que queres que eu diga? Não sei embriagar-me... Não sei colher flores. Odeio pássaros presos, seres presos Se ao menos por fora eu fosse Interessante como sou por dentro, Mas o que importa a matéria? Um traço aqui, outro ali... O tempo escavando experiências. Vi
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Pareço ilógica em meus sentimentos, Amei o amor sem preconceitos. Uma vida criada de momentos. Aquela estrada que nunca tem fim. Uma felicidade de poucas horas Mas eterna a cavar em nós Alguma esperança, Amo a estrada, Com todas as suas possibilidades De partida e chegada. Amo as flores, ainda vivas, A cachoeira caindo nas rochas O cantar dos pássaros na floresta... O sossego da natureza. A mente nada analisada Somente divagando Pelos rios do meu pensar Amo, amor sem preconceitos. Aquela madrugada Onde somente os mais desatentos Não admiram a beleza da lua O brilho das estrelas no infinito. Do que mais precisamos? Nada me prende a nada Mas a liberdade nos envolve Em nuvens de puro sonhar. A paz que não há no mundo Está dentro de cada um. No amar o amor sem preconceito Do doar sem nada desejar Mas sempre desejamos algo, Compreendo todos os laços E nenhum pode se quebrar Sem deixar saudades... A! Aquele sorriso Que deixamos escapar
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Parecem séculos Que não te olho e te toco Ouço-te cantando pela casa. Seus passos repetidos... No quintal com chão gasto. Em qualquer lugar que eu vá... Imagino-te lá... Correndo pelos campos Buscando-me com olhar. Quando poderemos Retomar nossas vidas? Essas férias necessárias Mas às vezes tão prolongada. Mas toda  lógica Que se esvai nas nuvens De o meu pensar... E a solidão que me espera Todos os dias, Na porta da casa sem você. Mas havia um esgotar de repertórios Em nossa rotina Tínhamos que nos separar. Lua e sol , por instante. Tínhamos que redescobrir Que somos temporários na vida Passageiros individuais De nossa  história... E que asas cortadas Faz de nós pobres expectadores De um destino que não nos pertence Mas não posso negar. Que há um vazio de vozes e seres Um dia inesgotável de possibilidades De uma rara liberdade Que mal sei o que fazer com ela... Prefiro ouvir musica Arrumar os objetos Rebuscar meus papeis Ler
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Eu não posso ver seu olhar triste Uma dor de tempestade me toma, Uma vontade de arrancar toda dor De dentro de tua alma, E jogar no fundo do mar... Queria sair de toda forma Queria ter asas e te buscar, Voar e voar... Para ver seu sorriso... De novo, como quadro renascentista Em teu rosto lindo... Queria poder achar-te Nesse labirinto em que estás. Mostra-lhe a saída, A liberta-lo como uma ave Livre a reconhecer seu habitat Sei que te debates Para entender toda lógica Mas que lógica há? Nessa correria desenfreada Nessa individualidade de massas Nesse verbo ter, nesse contexto estar... Quantas luas, quantas horas Para te reencontrar? Às dias assim, meio ontem Meio hoje, quase o amanhã E nada muda, quase muda Nem sai do lugar... Mas se há um sorriso Na boca do mundo Vamos buscar lá fundo De novo, De novo, de novo, de novo! Autora Liê Ribeiro Mãe de um rapaz autista. Paz e luz.
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Transborda em mim Torrentes de sentimentos, tantos Brigo comigo mesma Você merece voar,  Conhecer outros ares, Desde que eu esteja no seu pensamento. Trago-lhe aconchegado dentro do meu peito Já se vão tantos séculos Tentando me livrar de toda angustia Velha conhecida de nós dois. Estou aqui, pensativa Reflexiva de nossa distancia Precisamos compreender as ausências... Lembranças são para nos confortar Espere a musica começou a tocar. Pobre velha casa aonde habita Todo nosso medo... Se pudesse eu nela adentraria, Prometo não mexeria em nada Somente ficaria a lhe observar Estás alheio ao que sinto, Não reconheces meu sofrimento, Seu sorriso me desperta A felicidade está nas coisas simples... No dia que passa tranquilamente Sol e chuva, calor e brisa, Musicas e imagens, A melodia ecoando dentro do seu olhar... Queria prometer-te um mundo melhor, Qualquer que seja nossos destinos juntos Na sombra ou na luz, Feliz daquele que compre