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Mostrando postagens de abril, 2010
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Eu não sou escritora, Nem ao menos sou poetisa, Sou uma alma perdida Uma ave sem asa, Um pessoa sem forma... Pois meu sofrimento Parece não ter fim, Minha alegria, logo se vai, Entre a realidade e a busca Por uma vida menos tardia... Tarde acordamos para ela, Tarde percebemos Quanto tempo nós perdemos Ao tentar decifrá-la ao invés de vivê-la... Mas é verdade, Não sou o que pensas que sou Não é modéstia é verdade, Talvez eu seja uma contadora De pequenas histórias Que dançam em minha mente E que coloca nessas linhas... Sem nenhuma intenção intelectual... Mas não tenha pena de mim, Pois o que sou ainda não aflorou Nem no papel, nem na vida. Mas sendo aprendiz de ser. Talvez um dia eu seja A escritora que se esconde em mim Talvez até me ache uma poetisa Por hora sou somente um espectro Em busca de paz. Autora Liê Ribeiro Paz e luz... ------------------------------ Hoje eu senti vontade de fugir. Refugiar-me entre folhas e areia Eu senti vontad
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Gabi e vovó. Às vezes eu temo Por essa paz em que vivemos... Temo por perder-te para o fato, De um dia nos separarmos. Essa nossa cumplicidade de alma Essa nossa realidade escavada Entre todos esses anos... Nos fez sobreviventes. Duras horas que se cumpriram. Eu saio para vida, E você me acompanha, Hoje vi seu semblante triste Ao ver a morte exposta De um corpo inerte no caixão. Vi que você não ficou indiferente No seu olhar vi um relance de lágrima Há tanto tempo escondida. Vi que ficaste pensativo. De repente me veio à lembrança da vovó Quando olhaste para ela E disseste linda e ela partiu... Eu senti medo, filho. Como será sua passagem? Entenderás que aos poucos Todos nós partiremos, E na estação da vida, Talvez você precise seguir, Rezo... Que nunca seja sozinho... Que um anjo amigo Pegue-lhe pela mão E te leve para casa... Hoje o dia foi triste, Mas suas mãos procurando as minhas. Seu sorriso a me ver ao seu lado. Me fez ter força
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Eu precisava Escrever sentimentos Diferentes, Anjos e monstros Sempre me visitaram. Eu precisava Colocar tudo No seu devido lugar. Vasos e flores. Eu precisava Namorar-te a luz do luar, Rebuscar limites Jamais ultrapassados. E oferecer-te Em noite de céu forrado de estrelas, Um amor jamais sentido outrora. Eu precisava ter tempo O momento exato para sonhar... Eu precisava ser eu mesma Nas entrelinhas desse papel. Um pingo e toda tempestade De emoções jamais vividas, Eu precisava segurar em tuas mãos E caminhar sem medo pela vida... Dura estrada de ida e de vinda. O sol castiga em pleno outono, E o frio se aqueceu nos trópicos. Eu precisava de uma lareira De um braço quente Que me amparasse. E eu adormecesse sem nada pensar. Eu precisava crescer, Em direção a minha própria imagem Refletida no espelho. Eu precisava me reconhecer Em todas as linhas traçadas pelo destino. Algumas frágeis como uma pétala, Outras fortes como o tronco de u
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Tenho saudade dos amigos Que nunca tive Saudade da verdade Que nunca dizemos Que cruel realidade A mentira virou regra Ou será que sempre foi? Estúpida poetisa, Revisa teus conceitos Revirar sentimentos do passado O que lhe trará de bom? Filosoficamente falando O mundo mudou E as pessoas pioraram seus comportamentos. E sumariamente condenam os que amam. Tenho saudade de um tempo Que ainda não vivi... Pirilampos e aquele Cheirinho de café na varanda Tenho saudade das pessoas Que foram se apagando Da minha memória Mas nunca sairão do meu coração. Quem dera pudéssemos Deixar o coração comandar o mundo O cérebro é demasiadamente frio E se pensarmos bem Somente um ponderar poético Devia nos conduzir... Mas tenho saudade Da poesia que ainda não escrevi Assim sendo, vou rascunhando meu sentir. Um dia alguém o decifrara, quem sabe! Autora Liê Ribeiro Paz e luz
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Fecha a porta Nosso mundo desencantado. Precisa ser preservado Pobre menino Desaprendeu a chorar. E gargalha como se lágrima fosse Seus olhos perdidos e secos Entre a sombra e a realidade Procuras algum vestígio do existir. Pobre menino A rua lhe parece estrada E corres como se quisesses Alcançar-se em algum lugar Não creio menino Que secasse ás águas De sua alma dolente Mas sentir lhe parece inerente Pobre menino que amou. E cumpriste teu desígnio. E o dialogo de um só Vem nos tomar Queres que eu repita a mesma frase Como se ela martelasse insistentemente Em seu perturbado pensamento Como formar frases que justifique seu pensar? Pobre menino Vou passar a vida Tentando decifrar seu sentir Poucas coisas deveriam nos fazer feliz Mas sempre queremos algo Que ainda não sabemos o que é... O muito é pouco para todos. E todo horizonte fica distante. Pobre menino Que mundo posso lhe oferecer? Além desse em que vivemos Talvez seja mais seguro Refu
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Menino velho O tempo nos cobre de poeira, Estamos aqui perdidos, Quem nos mostrará o caminho? Menino velho Nossos olhos vêem em vão. Perspectivas demais... Trabalho demais com certeza, E a incerteza do amanhã, Menino velho, Somos míseros expectadores De sonhos que esvaneceram De manhãs que nunca chegaram De vidas que nunca se modificaram. Menino velho, Por onde nós escaparemos Pois fazemos parte dessa loucura... E nos debatemos como peixes sem o mar. Menino velho, Queria dar-lhe asas grandes Para que pudesses voar, Longe de todos os predadores... E a esperança de sobrevivermos A derrocada final... Faz-me levantar todo dia. Buscando seu sorriso. Menino velho Tanto medo às vezes me toma Mas nessa hora fecho os olhos E oro, oro, para que nada possa magoá-lo. Mas como não somos donos Dos nossos destinos E o que está escrito se cumprirá. Venha vamos caminhar, Pois vejo sua alma por detrás da juventude. Vejo que ela precisa se libertar... Ma
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O que você espera de mim? Um poema definitivo. Linhas cobertas de fantasias... A língua é mais venenosa que o olhar. Então eu me calo me nego a falar... Talvez eu um dia desista da palavra E somente escreva, Meu olhar perdido na folha em branco, A vida em branco... E você sorri para o arco Iris, Mas tudo é tão raro... O sentir é raro, O simples é raro A verdade é rara Quem sou eu para ser poeta? Pergunto-me. Sou uma escrevente de tolas idéias Cheias de erros, Mas não se pode Consertar sentimentos. Mas eu leio os mestres E minha acanhada intenção de escrever quase esmorece Mas eu sinto, sinto cada batida latente da poesia E mesmo que eu queira fechar o pensamento, Ela vem em noite quieta, e dança em minha frente E baila em minha alma, me acorda, grita aos meus ouvidos. Talvez esse poema definitivo nem exista, Seja somente uma simples gota de tinta no papel. Nem tenha um autor... Liê Ribeiro Paz e luz.
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Sinto um alivio de brisa Após a tempestade Todo corpo moído E o medo... Que nos impede De vencer a nós mesmos... E todas as pessoas são assim! Falhas, humanas. Todas as pessoas são assim! Carentes, frágeis, mentem Carregam pedras, fardos, plumas... Todas as pessoas são assim! Filhos do mesmo Pai, Da mesma natureza mãe. Do barro, da água, do fogo, do gene. Que horas são? Não sei o que vivi ontem Não sei quem eu cumprimentei Meu olhar fixo, no tempo. “Na primeira pessoa do presente” “Como eu me sinto ausente.” E nossas mãos dadas Pelas ruas frias, cobertas de cinzas Tão vazias de amor. Que dor é essa? Que me faz chorar em plena luz do dia. Chorar as lágrimas do outro Buscar em algum rosto a semelhança Tão citada pelo Pai... Mas; Sinto muito pelas palavras faladas sem pensar. Sinto muito por aquelas que não foram ditas Por aquelas que emudeceram diante da vida. Por aquelas que não viraram poesia! Autora Liê Ribeiro Paz e luz...

Milagreiro! musica de Djavan, poema pra ti Gabriel

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Você sempre perseguiu o amor, Nessa vida o destino Impede de reencontrá-lo E você! Passa horas ouvindo Essa melodia, E seu olhar perdido... No teto branco do quarto Tento compreender Essa dor que ainda carregas... Tento deixá-lo quieto, Vejo que uma lágrima De sua alma escorre. Mas seus olhos secos Somente parecem longe Quantas terras, quantas dores... Vencestes? Espero que reencontre O teu  grande amor Que nada, vos impeça de vivê-lo! E ela que fugiu de ti Um dia se renderá Ao teu carinho... Vou apagar a luz, Durma, sonhe Um dia tu serás muito feliz... Autora Liê Ribeiro Mãe de um rapaz autista.
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O que é justo? Essa sensação de lagrima Em minha alma Esse sabor de mar em minha boca. O que é justo? Alguém perdido entre a loucura e a sanidade. Alguma esperança que na madrugada A paz nos visite. E os inimigos nos perdoem... O que é justo? A Alma presa na matéria Que se debate em dores. A liberdade da gaivota eu busco Na maciez da areia eu me deito. Queria somente teu sono tranqüilo Seu olhar de volta. Sua risada de felicidade Pelo doce saboreado, por acordar. O que é justo? Perdemos-nos no tempo As horas que nunca passam E a quietude das noites Que se quebra pela eterna dor. O que é justo? Não poder soltar-te Como um pássaro livre Longe da gaiola das paredes Se pudesses eu sei que tu correrias Por todas as ruas, por todas as estradas Mas não a injustiça na lida. Nem em cada pedra colocada Em nosso caminho, Sangramos, sofremos... Mas não podemos jamais desistir Vestir o manto da noite Calçar os passos das estrelas Sonhar quem sab

Poema de Páscoa!

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Caro mestre! Que vós ressusciteis E ressurja em nós Todos os dias. Que carreguemos Nosso fardo l eve diante de vossa dor. Caro mestre! Que vosso sonho de humanidade feliz Seja como grãos férteis jogados ao vento E brotem no coração dos seres... Caro mestre! Que o Pai Nosso, Venha a nós em todas as horas Que o pão seja repartido. Que a fome seja saciada Que o amor seja a meta E não o acaso do vosso ensinamento Por tão poucos praticado. Caro mestre! Das parábolas insurgidas Em cada passo que damos. Fazei de nós um instrumento de vossa palavra. Que a paz não seja conquistada pela espada Mas pelo exemplo de vossa vida. Que o vosso perdão seja estendido Em nossa consciência... E que a ofensa de cada dia Não seja mais forte Que a humildade de sabermos perdoá-la. Caro mestre! Que nunca morras Pelo esquecimento de vossos mandamentos. Que sejamos dignos de sua grandeza Que calcemos vossa sandália, Que sigamos vossos passos Mesmo na areia do
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Eu não tive tempo para você poesia. Eu não tive tempo para você maresia... Você me pede um carinho Mas eu não tive tempo, Passei correndo pela vida, Passei apressada pelas horas... Que tanto eu busco? Eu não tive tempo para pensar... Eu não tive tempo para agir. Momentos são ligeiros, Sensações são instantâneas Como um relâmpago no céu. Pois eu nunca tive tempo, De olhar nos olhos, De buscar o efêmero, De vencer o súbito sentimento de perda. Nascemos assim, Com a nítida percepção de derrota Com a leve impressão da felicidade E vivemos eternamente a buscá-la. O mar e o marujo O avião e o aviador O ganhador e o perdedor Nunca tive tempo para coisas profundas. Para dissertações filosóficas Pois todas as respostas Estão nas coisas simples E nenhuma retórica afugentara Um sonhador de sonhar. Mas eu nunca tive tempo para sonhar. A vida é pratica E na praticidade do dia a dia Falta-nos entender do etéreo. Será que existe algum ser completo? E