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Mostrando postagens de maio, 2010
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A arte nos revela, A arte nos decifra A arte nos completa. Em cada traço Ou em cada estrofe A arte cuida de  nós ... Nenhuma expressão É mais completa Inquieta que a arte O resultado De um quadro Faz-te sorrir. É a luz que se esconde Por detrás das cores... O olhar que se desvenda Além do mundo. Beijas teu semelhante Pois não há para ti Ninguém estranho. Temo por sua inocência. Mas fico feliz, Por sua credibilidade A arte sempre me fez Ver-te pelos olhos da poesia. Me fez avaliar nossa trajetória. Outrora cheia de dores sutis Hoje cheia de segredos Que um dia revelaremos Você com sua arte. Com sua insistência ilógica Com suas cores fortes... Eu me rendendo a sua pessoa Do infinitivo quase perfeito. Eu não esperava Escrever para ti dessa forma Por horas, por séculos, Por toda eternidade efêmera Nascida do nosso espírito. Arte rompeu as barreiras Desse seu desconfiado coração. Olho-te e me encanto Com seu jeito manso e sorridente
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Se eu não fosse sua mãe O que eu seria? Sua melhor amiga? Mas nossa amizade Seria recheada de questões... Como de onde nos conhecemos mesmo? Porque você foge dos olhares E tenta penetrar nos meus... Me faz um suave carinho no rosto Me diz oi e saí... Se eu não fosse sua mãe O que eu faria com tanto enigma Para decifrar dentro desse seu ser. E o futuro que te promete Um gene novinho. Mas se eu não fosse sua mãe, Seria sua irmã mais velha Brigaria contigo pelo excesso De organização... Por seu isolamento Por seu poder de ser amado... Mesmo às vezes distante. Mas se eu não fosse sua mãe Talvez eu não aprendesse tanto Talvez eu fosse uma pessoa menos gente Talvez eu não visse a beleza Que há em seu ser metafórico. Talvez passasse pela vida Sem o mínimo censo de humanidade Seria egoísta e mais arrogante Se eu não fosse sua mãe, Com certeza não seria feliz... Autora Liê Ribeiro Mãe de um rapaz autista. Paz e luz...
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Seu olhar triste Feriu-me Tão profundamente, Que toda amargura Outrora adormecida Emergiu em lamentos Queria tirar-lhe dessa escuridão. Queria abrir todas as janelas Fechadas do seu olhar... Soprar suas feridas Lamber suas lágrimas Jogar fora todas as dores Plantar em ti um sorriso Não do fingido palhaço Mas do ser que por detrás dele Precisa de amor e compreensão. Queria reter o tempo Para que tu tivesses tempo O tempo suficiente, Para regar teu árido jardim interior Com gotas de candura da lua. Para que tu olhas-te atentamente A tarde cair... E não temesse a solidão Lilás da noite que vem chegando Queria reinventar a tua história Com capítulos sutis E recheados de esperança Seja no amanhã que virá... Seja na ilusão de presenciar. Seu olhar sorrir para mim! Autora Liê Ribeiro mãe de um rapaz autista. Paz e luz.
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No que se resume a vida? Café da manhã, lida Almoço, vinda. Chá da tarde aventura. Jantar solidão. Banho, dores pelo ralo, Cama, frio, cobertor Colo quente, ilusão... Madrugada, insônia Escuridão do tamanho do infinito... Céu de estrelas, A coruja pressente a Morte na esquina Gato no telhado chama seu amor. E grita,  pede  e implora... Sorrateiramente a sina de viver Impõe seu próprio limite. Nesse instante percebemos, Quão longe estamos do horizonte... Mazelas por superar. Bocas por alimentar No que se resume nosso trajeto? Um passo e uma caminhada interrompida. E se eu pudesse retornar te daria de volta a vida. Mas deixamos o passado fechado no armário... E vestimos nossa pele de mãe... Mas ela se arranha nos arames farpados Desse acaso premeditado do destino E você me resgata dessa miserabilidade Individual que o ser humano se impôs... Você me faz levantar, mesmo sem vontade, Você me faz chorar toda a minha dor... Enxugo as lágrimas e
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Queria ouvir minha mente Queria somente compor A alegria, nesse dia preguiçoso Queria esquecer o pensamento Num canto qualquer do meu cérebro Para poder me refazer da dor De pensar, pensar, Ontem no que hoje há por viver. No amanhã indefinido tempo Que passa em nossa janela. Queria esquecer o que fazer. Queria lembrar as horas Onde nosso olhar se perdia Em prismas e sonhos Tantos que não cabiam em nós. Queria sobreviver da minha arte, Carregar todas as letras E deitá-las em milhões de papeis. Alcançar os corações. Queria ouvir mais meus anjos interiores Prender na cela do esquecimento Todos os monstrinhos cruéis que revoam Minha imaginação. Aprendendo em doses lentas Vazando feridas velhas... Queria aprender com a vida. Porque tanta chicotada Se meu corpo verga Mas jamais quebra... Queria outras frases Queria aprender outras formas De escrever sem ser obvia... Cada instante na estante Histórias que não são minhas Mas eu as visto egoistic

Novo Romance lançado !

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Autor: Liê Ribeiro Descrição : Da vida ainda aprendi muito pouco e do pouco quase nada aprendi. Mas deixo que a minha inspiração amadora, muitas vezes fale por mim, escreva por mim, interprete por mim a vida. Calço as sandálias do caminhar entre as letras, humilde na minha dissertação disléxica. Pedindo a compreensão dos leitores. 1º Capitulo. A escola da vida. M ais uma vez me vejo aqui. Olho à minha volta, e as pessoas parecem vazias, andam de um lado para outro, e eu também me enquadro nessa visão. Mas eu tenho a inspiração, algo a que me apegar. Não que isso me torne melhor que as pessoas, pois eu também sou as pessoas. Vamos começar, mas todo inicio não é apenas na concepção do amor feito, ou do acidente da gravidez. O começo vem muito antes. Sim... Sinto ser assim. Então criamos fantasias, criamos personagens, que podem transformar nossas vidas comuns em aventuras. Ontem, como tudo estava em silêncio e os monstros estavam dormindo, lembrei da minha adolescênci
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Acuda-me, estou perdida. Um tanto arredia, Um tanto sem rumo... A deriva no mar da vida. Acuda-me, estou cansada. Preciso de um lugar Aonde eu me centre Talvez levite. Talvez ouça A minha pessoa Sujeito, indefinido No predicado do presente Que calada Quase definha Acuda-me A Precisão é de ontem. Não há mais tempo Nas voltas que a vida dá... Acordo, E as mesmas caras As mesmas vozes Ao meu redor, Prefiro voltar a dormir. Procuro sua silhueta A sombra é fria Prefiro o lado do avesso Lá escondemos Todas as verdades. Acuda-me, Sou ainda criança Na arte de viver, Acredito em anjos Arcanjos E sempre beijo Meus santinhos... Do que eu preciso? Do silencio das nuvens Do brilhar das estrelas Da preguiça da lua, Na verdade preciso Voltar a sonhar... Autora Liê Ribeiro Paz e luz

Conscientização do AUTISMO.wmv Video criado por TEKA com trechos poemas Liê

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Politico usa o Termo autismo, de forma Pejorativa.

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Nossa está ficando cansativo Os adjetivos, o discurso pejorativo Para a Síndrome Autismo. Cansa-me, ouvir que tu és alienado Fechado em seu mundo... Estou cansada desses pseudo-intelectuais Que acham bonito usar o termo autismo Como se por detrás do autista Não houvesse a pessoa... Ai... Estou cansada de pensar Que o mundo é comandado Por pessoas assim... Cansada de me angustiar Pelo dia que eu não estiver mais aqui... E você não ter alguém para te defender Sabe, às vezes pergunto-me Qual é a distância da linha Que divide a normalidade Da falta dela... Às vezes acho-me mais incoerente que você, Que organiza a casa, Que me pede a bolsa, para colocá-la No lugar que deveria estar... Que segura um papel na mão E não joga no chão, buscando A primeira lata de lixo. Que levanta e adormece sorrindo, Que busca minhas mãos, Que quando eu brigo Me abraça e sorri, Não fica magoado e me beija. Mas isso eles dizem ser falta de sentimento Ou de entendimento. Não creio
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Não coloquem em mim uma coroa Não sou a rainha do lar Não sou a imagem da perfeição. Não estou acima do bem, nem do mal. Eu me visto de mãe Mas há uma pessoa no espelho. Enxergo nitidamente Minhas limitações. Venço as horas Mas me rendo ao tempo. Coloco você  no meu colo, Amamento você  no meu seio. Mas sou a dita-cuja Que chora todas as decepções Não sou especial Mas fui essencial para tua existência. Por favor Não me diga que me entende Ninguém compreende De verdade o intimo de alguém. Fingem que Freud explica Mas tudo continua por decifrar. Mistérios! Que pertencem ao espírito. Mas há sim algo de diferente Umas mães amam ao extremo Outras condenam os filhos ao limpo. Coisas da imperfeição. Que devemos enxergar em nós... Mas todo peso do bem estar do mundo Está nas nossas costas... Passos, cansados, outros de fuga... Pois lhe é dado à incumbência Da benção de um filho perfeito... Mas como? Se o ser imperfeito o concebe, Desaprend

Mãe não tem dia, são todas as horas!

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Mãe, Porque tens Que ser a flor? Quando na verdade Tu és a raiz... Porque ser completa? Sem não tens a receita pronta. De como sê-la; E se o fato concreto É que aprendemos da marra. O oficio de ser mãe. E quem escreveu que  seria fácil! Talvez um sonhador contumaz! Para justificar nossas limitações De mulher, de mãe. Afinal mãe é humana. Não és caçadora, mas a caça Não és escolhedora de teu destino Tu não és uma palavra somente A terra que germina toda semente. Mente quem a coloca num pedestal Queres a realidade de um amor Que sendo incondicional Mora dentro do seu coração. Mesmo que ninguém a ame. Não devem desenhá-la Como a parideira de vidas. És mais, quando choras Por um filho que jamais chegou. Por outro que mesmo presente Jamais fez questão de enxergar-te. Quantas vezes quisemos desistir Largar tudo e seguir outra estrada. Porque não? Mas quantas noites de puro amor. Vigiamos nossas crias. Lambemos as feridas deles? Choramos a
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Você repousa a cabeça No meu colo, E a vida nos espera lá fora. Tudo parece quieto... Sinto a brisa fria Mas há um céu azul Que nos convida a sonhar. Preciso ganhar a vida Mas a vida ganha de mim. Açoito as horas Para ver se há sentido Nesse continuar... Como não acreditar Se ainda há pássaros revoando E você em paz repousa, Dorme e ao mesmo tempo sorri. São alguns minutos Mas são profundos, E a luta jamais será em vão. Nada do acaso nos conforta. Somente a lei do amor Que talvez tenhamos escrito nas estrelas, Talvez tenhamos conquistado A cada dia, mesmo os mais difíceis... Você acorda E me olha, Passa a mão em meu rosto E se levanta, corre para quintal, Olha o sol, repete alguma frase desconexa O que importa? É a sua linguagem... É seu estado pessoal de estar aqui... É a minha forma de compreender-te assim, Mas há o pão de cada dia, á ganhar. Há uma luz que temos que buscar Em meio à escuridão... Pois nossa história não tem ponto,
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Um risco no papel e uma frase, Um momento E todas as horas perdidas Eu precisei de tempo Para compreender Tua alma arredia. Precisei apanhar da vida Para valorizar Cada instante ao teu lado. Essa eterna roda gigante. Dias assim sem muitas novidades. E nossa melodia São suas palavras de ecolalia A martelar em minha mente. Mas o que importa? Um passo e toda estrada. Que ainda precisamos caminhar. Eu precisei de muitas lágrimas Para aprender a chorar... E cada gota derramada Mostrou-me que podemos sentir Sem nos violentar. O amor é o verdadeiro vencedor Dessa nossa história De idas e vindas constantes... Eu precisei de um bocado De desesperança Para buscar avidamente A esperança que se escondia Por detrás desse seu sorriso. E esse seu olhar de universo Que não me atravessa sem me ver. Mas me busca entre tantos olhares... Precisei abrir a porta da minha casa interna E compreender que somente a liberdade De aceita-lo... Faria-me voar, ser feliz... A! M
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Já passou a tempestade Nem quero que entendam Meu espírito machucado, É tarde demais para quem ama. Mas jamais é tarde Para um amor verdadeiro. A incoerência dessas palavras Também me fazem sofrer. Pois a melodia que toca É de um piano na noite fria, E poucas pessoas entenderão O que eu sinto... Sigo meu caminho, E as noites e os dias são iguais. Para quem vive buscando A paz de um momento. Para esse coração louco. Que insiste em bater em descompasso. E a doer por horas ainda não vividas. Mas esqueça, Palavras são somente palavras. E a dor sempre nos subjuga Mas há uma força a nos impulsionar. Eu preciso dessa tarde fria de outono. Preciso que a vida me deixe vivê-la. Mesmo nas horas mais duras, Eu preciso da esperança vestida de estrela A me guiar para fora de mim mesma. E despir a pele de pessoa indestrutível E chorar, mesmo que a tempestade tenha passado. Preciso reaprender sentir todas as sensações. Então apague a luz da noite, E venha me