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Mostrando postagens de julho, 2010
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Às vezes eu acho Que escrevo demais sobre você É que eu te vejo além do autismo Vejo-te feliz e sorrindo Vejo-te perfeito... Ai! Como sou metida. Talvez as pessoas também me vejam assim. Mas é verdade Eu te chamo para dançar E você vem... Roda e sorri Eu te chamo para cantar E você olha nos meus olhos E canta junto comigo Eu te chamo para sair Você logo pega o tênis e sorri Ajuda-me a carregar meus pesos Com cara de quem vai solta-los Ao primeiro sopro de vento. Às vezes você me irrita por demasia... Mas a intolerante sou eu... Afinal o que eu quero, Não é o que você quer. Essa diferença de pensares Não nos distancia... Você pensa por partes Você não forma conceitos Você não exige resultados Espera e dá o que lhe é capaz Ai, eu me enquadro, Coloco minha violinha no saco E te sigo, como quem somente Espera de ti... Aquele velho sorriso Aquela maneira peculiar De estar no mundo... Por isso acho que até nas nuvens Eu escreverei sobre v

Para Gabriel com amor!

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Ebony And Ivory Stevie Wonder/Paul McCartney Ebony and ivory live together in perfect harmony Side by side on my piano keyboard, oh lord, why don't we? We all know that people are the same where ever we go There is good and bad in everyone, We learn to live, we learn to give Each other what we need to survive together alive. Ebony and ivory live together in perfect harmony Side by side on my piano keyboard, oh lord why don't we? Ebony, ivory living in perfect harmony Ebony, ivory, ooh We all know that people are the same where ever we go There is good and bad in everyone, We learn to live, we learn to give Each other what we need to survive together alive. Ebony and ivory live together in perfect harmony Side by side on my piano keyboard, oh lord why don't we? Ebony, ivory living in perfect harmony ----------------------------------------- Ébano e marfim vivem juntos em perfeita harmonia Lado a lado no teclado do meu piano, oh Senhor, por que n

Porque você ouve tanto Ebony and Ivory?

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Estamos esquecidos aqui Nesse nosso espaço... Fazemos as referencias. As habituais. Andamos de um lado para outro. Estamos aqui Distantes pela diferença Mas há semelhanças Em nossos rostos. Eu me refugio na poesia Você na musica repetida E repete e repete Eu me pergunto O queres guardar? A letra, a melodia Ou é simplesmente uma fuga. Não quero questionar Já cansei de tentar entender Prefiro respeitar Esse seu estado de estar E ao mesmo tempo se isolar. Sou tão obvia, não é? Desorganizo meu mundo E você organiza o seu Desarmonizo meu ser Você me ensina a amortizá-lo Tudo milimetricamente suave. Que tortura esse caos urbano Compreendo seu tapar de ouvidos Quantos ruídos e falas desconexas Quanta hipocrisia nos atos... Mas o que importa para você É o sabor do sorvete de creme A água caindo pelo chafariz da praça Pessoas, o que são? Os objetos te entendem melhor não é? Inanimados e felizes como você Não te cobram ser o que não és. E a melodia da mu

Amar o amor e ser amada , eis toda razão da vida!

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Amar-te é renascer das cinzas Quase viva Quase supremo Uma viagem pelos céus E nenhum Deus nos acusara Porque amar-te é um suspirar De vendavais... Levantando todos os lençóis de nuvens E toda dor se vai Em lágrimas de amor... A felicidade também chora Mais nessa hora é de prazer... Confesso As águas de minha alma Inundam-me em lágrimas saborosas Sinto que morro. Pois amar-te Faz-me quase divina Um fogo em minhas veias Queimando todas as resistências Alma e corpo Um dilacerar de razões Porque paramos o girar das rodas. E mundo se resume Nessas poucas horas Numa eternidade de sonhos Que plantamos em tantas vidas Quantas tantas ainda por vir. Porque amar-te amor... É para sempre, Porque o sempre Em nós nunca acabará! Autora Liê Ribeiro paz e luz

Tolos seres!

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Tudo tolo Tudo eternamente tolo Enevoa meu olhar Essas coisas tolas De mal falar De mal querer De sempre duvidar. Tolo Tudo imensamente tolo Prefiro lembrar O que amei, Desejo esquecer o que odiei. Há um amor em minha alma Que não se enquadra As regras criadas pelos tolos... Tudo é tolo Irremediavelmente tolo... Porque nada perdura Sem exata medida do amor Um amor livre de todos os dogmas. Quem viverá de verdade? Tudo é breve Tudo é limitado Tolos moralistas Não há lógica em colocar cercas Em volta do amor Assim ele morre... O amor é cheio de pecados Com sabor de maçã... O amor não é uma brisa leve É um vendaval a agitar nosso espírito. E a lua já se pôs Por detrás das nuvens Em mim o tempo foge À noite nas plêiades também... Não serei o que queres Não serei a tola poetisa Que se escondeu do amor Somente porque os tolos assim querem! Autora Liê Ribeiro Paz e luz

Silenciar!

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Há um silencio interior Que às vezes nos toma Uma vontade de nada Uma apagar de pensamentos Uma refutar de horas Que insistem em nos condenar Ao intenso esquecimento. Doce menina Quem apagou todas as luzes? Quem jurou que era verdade? A felicidade, cadê? Onde eu a encontro? Há quero em doses altas Em goles aflitos... De quem não tem tempo Mas toda eternidade Para conquistá-la. Que discurso ingênuo... Que falta do que escrever De um mundo que nos inspire Apesar das luas incertas Apesar dos sois postos. O mundo agoniza As pessoas se dilaceram Em ruas sangrentas Em interesses fedidos Em dias comemorativos Quero aqui bem perto Alguém que me enxergue E nem queira entender Nem filosofar O que silencia em minha alma... Não há pessoas suficientes Nesse estar de coisas pequenas Nessa luta diária pela sobrevivência Nunca paramos, nunca sedemos Nem podemos cair... Não há escadas Suficientes para tantas pessoas Nem há mãos que se estendam A vida

Vidas Passadas!

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O mestre, Um dia prepôs: Cara menina Vamos voltar Eu lhe disse para onde mestre? Vamos voltar Para o dia Que foste concebida. Mas não posso lhe disse Eu quase fui um acidente. Um acaso como a nebulosa Ele riu... Mas não entende Não é para hora do parto. Como assim? Cara menina Sua concepção Foi quando descobriste A poesia Nossa eu tinha pouca idade Mas mestre, Mesmo assim não posso A poesia já existia antes de mim... Meu olhar para as coisas Foi o que mudou... Então, se mudou outro ser renasceu... Mas porque preciso voltar insisti Porque ainda não entendes O que não entendo? Que a vida nunca lhe castigou Que o amor, Está no mistério das existências. Por ti escrito e não nas pessoas. O amor é algo de mágico Não pode ser imposto, Nem está nas coisas reais. Se assim fosse Porque temos que buscá-lo a cada dia? Mas o que me fará entender Retornando a um passado que já passou? Talvez a traçar um novo futuro Talvez não deixar a memória lhe faltar Do

Parece incoerente!

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Você me pede para falar de mim Mas quem sou eu depois dele? Parece que nem existia E se eu for falar de mim, Algum vazio, Algo vago Quase sem importância Pois minha vida antes dele Quase tinha utilidade. Mais que nada... Uma eterna busca sem achar Uma luta sem valor Uma arrogância Como fuga... Uma juventude quase eterna... Mas veja como o tempo, Assenta as poeiras internas E nem me acho nas entrelinhas Aprendi com todas as lambadas Do destino... E se eu ficar aqui Por toda vida a falar e falar Qual a formula Que me apresentaras? Para que eu não me sinta Em meio à multidão, sozinha... Mas que não seja uma receita De tarja a preta... Minha alma não precisa Ser adormecida Nem meu corpo ficar inerte... O quero que entendas É que sem ele, Mesmo com todas as batalhas travadas Mesmo com todo medo do desconhecido Sem ele, Nunca teria aprendido Que mais que existir somente Era preciso ter um objetivo... E o meu era o seu amor por mim Seu c

Você é assim!

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Você é assim Um olho em mim Outro perdido Em algum lugar E eu respeito. Deixo você viajar Na melodia Mas minha vontade Era pegar-te pela mão E voar... Há tantas galáxias E nós aqui fixos no chão Poesia, Poesia. Você é assim Sorri pro sol Canta para o nada Fala sozinho Ou será que tem Alguém escondido Dentro de você? Que você quer libertar... Mas você é assim Ouve a gota de chuva cair E quer lamber todo mar... Devaneando na vida. Você é assim Simples como o amanhecer Nós que lhe tornamos em um ser estranho... Pura ignorância... Porque você assim. Dia e noite, tarde Um contemplar em busca De algo similar... Concreto, exato, frio? Mentira... A ordem das coisas É organizar ao redor Para que nenhum monstro se aproxime. Pois você é assim... E para te enxergar Precisamos limpar os olhos De toda nevoa que o mundo cria... Ou que nós mesmos colocamos. Pois se desejamos que  você fosse igual. Você  continuara a ser assim! Um se

Mãe Humana

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Eu queria dizer que te amo E te amo E te amo E que você compreendesse O sentido desse sentimento Muitas vezes confuso, Excluso e cheio de nuances Eu queria dizer que te amo Nas limitações vencidas E á tantas ainda por vencer Nas horas que se parecem Mas que quando cantamos Algo de especial nos toma Mas eu queria dizer que te amo E te amo E te amo E que esse amor fosse maior Que toda dor Que muitas vezes me toma Em te ver perdido Entre o que és e o querem que tu sejas... Como te conhecer sem ser... Como te enquadrar Tendo você o seu jeito tão particular de ser E ser, e ser e eu já me acostumei A enxergá-lo através dos gestos A interpretar sua forma inexata de ser... E ser, e ser... Mas eu queria dizer que te amo E que esse amor, fosse nosso refugio e fortaleza Mas às vezes uma tristeza me toma... E uma lágrima cai fugidia, Afinal sou a mãe humana Que adormeceu a coragem E se agarrou a poesia Para que um dia entendas Que nessa vida O qu
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Ele pegou seu violão Será que ele será seu companheiro? De hoje em diante... Seu sorriso É de quem sabe De onde vem aquele som Doce criatura A paz tem o semblante de melodia... Lindo, você cantou Você é linda mais que demais Onde mora esse anjo? Onde mora essa sombra Que não vemos Quem é o  guardião do amor? Que pousou em sua alma Tanto sentimento Pena, que guardado A sete chaves e um cadeado... Mas façamos de conta Que as notas são suas palavras. Seu jeito especial de estar aqui... Nesse mundo árido E que a cada dia Você possa cantar e cantar Quem sabe quando encontrares Teu grande amor Já estarás pronto Para tocar e cantar-lhe Essa melodia... E saiba que serei A pessoa mais feliz do mundo Por sua felicidade! Autora Liê Ribeiro Mãe de um rapaz autista.
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Um lapso no tempo E eu não me lembro O que eu sonhei... Nem de todos que deixei Guardados num passado distante. Várias vezes Peguei a caneta E nenhum poema Nenhum sentimento Que me fizesse renascer Da velha cinza de outrora. Dura realidade Dura vida comum Essas linhas são espremidas No meu cérebro cansado Mas há um coração Que ainda resisti As mazelas do destino Que bate a espera de um grande amor. Vestígios de uma vida Que se redesenha no horizonte Morre a matéria Devaneia a alma. Pequenas imagens Que se formam nas nuvens Encantam meu olhar... Onde vivem os Monstros? Estão dentro de nós E precisam ser domados... Um lapso no tempo E eu escondo a dor Em alguma caverna escura Fora de mim... Quem dera Eu soubesse a formula Que tirasse do olhar a tristeza. Mas o egoísmo que me toma É de quem precisa somente De uma rota exata Nenhum atalho que me desvie. Pois ontem já passou Hoje quase está no fim E o amanhã Como dizem “A Deus p
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Vamos para frente Meio pedaço de ontem Meia metade de hoje Prazer em conhecê-lo. Poucas palavras... E um amontoado de perguntas Por responder. Mas vamos em frente Meio feliz, quase sorrindo. E esse destino moleque Que nos coloca de frente Ao improvável amanhecer. Quantas horas nós vencemos? Meio cru, Meio amargo. Quase intragável. Essa vida cotidiana Mediana quase insignificante. Mas vamos em frente Meio passo e a vida inteira Em busca de um pouco de paz. Mas vamos em frente Um dia a mãe acorda... Um dia mãe pára de resmungar Um dia mãe aprenderá. E na escuridão da noite Acenderemos a lamparina Da nossa existência Você como uma estrela A mãe como uma nuvem a se dissipar... Autora Liê Ribeiro Mãe de um rapaz autista.
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Não me desvende poesia Deixe-me no anonimato Deixe-me quieta no meu canto Nem entre em minha mente Nem habite o meu coração Estou farta de ti... Rascunhando meus pensamentos Vasculhando meus sentimentos Redobrando minhas responsabilidades Léxicas das minhas leituras. Preciso calar-me Preciso silenciar-me Desse barulho interno De esse fervilhar em meu cérebro O que queres poesia? Enlouquecer-me aos poucos? Para evitar o obvio da vida. Não te escolhi antigamente Nem te cavei em meu peito... Foste tu que me encontraste Em tão tenra idade Habitaste a minha consciência E todo mistério que em mim se esconde. Mas estou ficando velha... Não há mais em mim o frescor das palavras Nem a vitalidade das minhas mãos pequenas. Meu pensar aos poucos se esquece Do que foi dito ou escrito É a lei da preservação... Seletiva, vou pousando o lápis No papel sem linhas Tortuosas lembranças que se apagam. Mas já é tarde a aurora da minha vida Já não preciso de sonhos... Eles t