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Mostrando postagens de agosto, 2010

Poema para Ludwig Van Beethoven!

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Eu convirjo Para o abismo Eu me jogo Na melodia Eu irascível, cruel Apaixonada Solo de Beethoven Não há mais amada imortal... Ela imergiu na melodia Ele a perdeu para a fatalidade. Correntes do tempo E a solidão do silencio Nenhum som Nem da palavra Nem da sinfonia... E iniqüidade dos seres mortais, Cada nota pingando sangue Cada hora escondendo dores E a busca da poesia tocada, dolorida. Eu choro e entendo Sua paixão incontrolada Seu destino fatal Sua alma lúdica. Todo carinho guardado Toda doçura escondida Para sua amada imortal Mas sua amada perdeu-se Na estrada poeirenta Nas tempestades da hipocrisia Na realidade dos seres vazios Na subjetividade dos falsos Na angustia da incompreensão E toda crença, revestida  de melancolia E as maiores obras. O refugio do gênio E os anjos ouvem seu piano E todo universo o contempla em festa Não teve a felicidade em vida Livre da matéria Caminha pelas nuvens Quem sabe ouvindo suas melodias Admirando-as ao
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Como ostra Eu me refugio Porque devo Sair da minha concha? Nada me inspira Nessa selva de pedra Poucas horas E o sol já queima Minha pele, Minha mente Minha resistência Então eu preciso Da sombra... Mas cadê as arvores A sombra dos prédios São escaldantes, Repara... Como a cor cinza Predomina E não é somente O nosso olhar. Um pedacinho de azul Quanta alegria Um trechinho de verde E a nossa esperança Pode renascer Mas deixe-me aqui... Prefiro a solidão Da minha consciência Do que o disfarce dos covardes. Que se escondem Atrás da hipocrisia Darei conta dos meus atos Mas confesso. Que aprendi com meus erros Talvez ainda não completamente. E não deixarei o campo de batalha A fronteira entre a lógica e  a incoerência Prefiro morrer lutando Do que me acovardar Atrás da trincheira do destino E todo deserto que atravessei Somente me fez ver... Que a parte melhor de todo aprendizado É amadurecer sem apodrecer... Cuidado e cuidados É melhor viver s

Doce descoberta!

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Eu bati a cabeça E você meu filho Veio ver seu havia Me machucado, Mas saiba O que me machuca mais São os preconceitos. Sãos os atos egoístas É o descuido Com o sentimento do outro. A ciência diz que você não sente Nem se importa com o outro Mas o outro, mal te conhece Pois o que nato em alguns. Em ti depende da confiança Temos um amor silencioso Temos tanto para aprender Eu quase me convenci Que eu não te faria falta Mas quando você falou. Pronto, pronto. Como se  quisesse Que minha dor passasse Quantas vezes eu te disse isso Quantas vezes Você me viu chorar E nada te fazia mudar Hoje minha lágrima você limpa... Mas eu não choro por ti Eu choro, por tantos medos Ainda habitados em mim... Choro por ver em ti tanta beleza Que ninguém enxerga. Eis a peça falha De uma sociedade imediatista e cruel Choro, Mas quando você me faz um carinho. Eu reajo e te digo, Vamos em frente rapaz E você diz, já passou, já passou Sim meu filho já pa

Laços!

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Criar laços Uns nos aprendemos a aceitar Outros precisamos Muito aprender a criar. Foi ontem Quase que conseguimos Trocar energias Seu carinho É diferente Parece medroso Quase tímido Quase irreal. Morte e vida Laços que se rompem Outros que nascem. Mas na verdade Precisamos cortar os nós Que nos prendem ao passado Precisamos criar laços de amor De confiança e de honestidade Quando nada mais for possível. Crer nos laços de compreensão. Nos já dançamos uma musica inteira Seu coração autista, já se solta e bate No compasso da musica. Seu sorriso, É de quem venceu a si mesmo E agora deixa fluir o que sente. Esse laço ninguém jamais quebrara Nem o tempo, Nem a síndrome Nem a extinção da matéria Foram séculos perseguindo esse amor Foram horas esperando Um aproximar Para romper nossa aquiescência E quando a sintonia do destino Acabar no palco da vida Apagaremos a luz da ribalta E seguiremos para eternidade Quem sabe para reatar nossos l
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Um Risco Nada. O Sonho Nada. A Virada Nada. Nada nos cabe Questionar. Nada nos serve Vestir Essa pele seca Esse olhar triste Frases soltas Nada. Vida morta Nada. Nada para contar Nada para vender Nada para emprestar Traga-me um sorriso Quem sabe Eu o cole em meu rosto. Nada para comemorar Nossa alegria é breve Nossa dor é nossa E a paz é tênue. Nada para cobrar Nada para oferecer Quantas noites insones Nada na literatura Que dure nessa brevidade Da existência frágil, Vidro quebra Fragmenta nossa face Qual dela somos nós? Nada. Nada que nos acalente Quando a dor Insiste em habitar nosso ser. Mas se custa caro viver. Nada pagamos para crer Uma hora qualquer Espero nada a fazer, nada! Autora Liê Ribeiro Paz e luz.
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Estamos aqui e logo estaremos ali Acolá, Em algum lugar Que tenhamos paz será? Estamos olhando um para outro Você feliz ouvindo Somewhere in time... Eu tentando concatenar minhas ideais Tão confusas, tão minhas, Muitas vezes incoerentes. Poeticamente ilusória. Mas que mundo a parte o nosso! Há luz e sombra... Há dor e alegria Um punhado de ironia Para com os incrédulos Mas eu sei que o tempo Inexoravelmente um dia nos separara. Deus, como dói pensar... Mas como precisamos nos preparar... Seu sorriso ingênuo Reveste-me de esperança Seu carinho conquistado a duras penas Fortalece-me e me faz seguir Não sei o que nos espera? Mas façamos dessa trajetória Um aprendizado... Que em noite de vigília Os anjos nós encontrem E a todos desejamos felicidade A mesma que nunca sentimos Mas vislumbramos no horizonte Pois a felicidade não é tocável É algo de sublime Que sentimos na alma... Talvez um dia Que nos desprendermos Dos laços da matéria Sai
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Eu sinto falta das flores Da chuva caindo na planície Mais que tudo Eu sinto falta das pessoas... E não dos seres. Sinto falta de atos humanos... Sinto falta da coerência Dói-me a indiferença Dói-me a dor alheia. A! Se eu pudesse Eu te carregaria pela mão Para um lugar bonito Proteger-te-ia das tempestades Dos olhares frios. Acalentar-te-ia em meu colo. Aqueceria teu corpo. Para que nenhuma neve da maldade Pudesse te congelar. Mas nessa noite Eu sinto falta de uma palavra amiga Da coragem atrevida De nunca desistir. Mas eu jamais irei deixar-te Nem mesmo na morte Se a sorte nos visitar Naquela estrada Cheia de nevoa, Sua sombra eu seguirei Pois não há um terminar Nessa nossa trajetória Não pode haver... Qual graça teria visitar-me Somente por um instante Num breve espaço de tempo Cavar em mim todas as batalhas. Jogar em mim todas as impossibilidades E pronto, logo ali o fim... Nada além do horizonte Um risco e uma linha... Eu fi
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No que me agarrar hoje? Se o frio em minha pele É congelante e vem da ausência Sua ausência... Nossa consciência vadia... Nada se compara. Cada dor é única. Mas quem cravou em mim Esse exagero de sentir. Sinto por mim, por ti, por todos. Não sento no divã Prefiro andar pela estrada Prefiro ajudar meu próximo O peso dividido fica mais leve. Mas pouco faço. Minha covardia é humana Cobra-me e me faz refletir Se pudesse mudaria A tua trajetória, A trajetória de todos que sofrem. Plantaria flores na terra seca. Alguma alegria perene nos rostos tristes. Mas uma angustia de horas Que vem consumindo o tempo Me pega na contramão. Sinto pena, de quem não crê em nada Talvez falta crer em si mesmo Uma divindade de almas Que percorrem todo universo. E se faço versos É para não emudecer Perder a tato, o olfato, O gosto pelo meu semelhante. Mesmo diante de tanta crueldade Às vezes nesse excesso de individualidade Eu me agarro à esperança De um m
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Dias inquietantes Eu sinto falta Daqueles dias à toa Vestindo pouca roupa, Descalço pés e alma. Mas na corrida do tempo Falta-me poucas horas de serenidade. Um momento de carinho E toda mágica esquecida Na lida, da lida pára que? Essa corrida contra o vento Tempestade e neve Arida manhã de luta. Essa repetição de tarefas E a crueldade da ganância Que impede a luz... Escuridão de pensamentos Dinheiro, dinheiro E somente a paz de espírito Tornar-nos-á felizes. Mas como falar para surdos Como mostras para os cegos Que a falta de audição não é física Que a cegueira é de amor. De amor ao próximo. Dias de dor Quem vestirá nossa pele, Quem limpara nossas feridas Elas sangram por tantas vidas. E aquela palavra que falta Nas bocas vazias. Nas mentes psicanaliticamente ocas. Cheias de razões impertinentes. Eu, você, eles o que somos? Meros seres perdidos Que somente buscam Ser ao menos um pouco humanos Em nossos atos. Calamos, enquanto tantos gritam Gememos

A lua de Beltane!

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Nós temos o poder de enfeitar Nossa vida tão comum... Nós carregamos sonhos de outrora... Mesmo como se fossemos realizá-los. Esse colóquio diário Que somente nossos olhares realizam Porque coisa nenhuma pode penetrar. Fizemos um pacto naquele poço das águas. Criei magia onde era só realidade Dura como a pedra milenar. A! Se eu não o tivesse feito Morreria como uma flor na terra Arida. Nós criamos nosso ninho Naquela árvore imaginária E juntos adormecemos o medo E juntos cavamos dores E juntos superamos pontes... Nossa pragmática vida Reduzida á poucas horas Quantos milênios Buscando-te em cada contemplar Da lua de Beltane. Nós prometemos não desistir De cada instante Vivido a beira do abismo. Dei-me asas eu pularei O que eu devo temer? Nada pode nos atingir Se a nossa essência é eterna E na erraticidade das existências Eu jurei encontrar-te... Autora Liê Ribeiro Paz e luz.
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Queria lhe oferecer Um poema definitivo Queria que você soubesse De mim, Um pouco do que penso Mas há um silencio A nossa volta... O diálogo de uma só pessoa. Um cansaço de pensar e planejar. E lá vem a vida nos castigar. Nossa história é de poucas palavras Você um livro em branco A tanto por preenchê-lo. O meu passado! Queria lhe contar Das noites infindas Ver seu espanto Por eu ter vivido Tantas aventuras e sonhos... Mas nossos dias São de silencio O diálogo de uma só pessoa. Mas aqui estamos nós Na escuridão do quarto Ouvindo melodias Que fizeram parte da minha adolescência E você sorri e atento, parece gostar. Então te contarei de mim Através das musicas que embalaram Minha juventude E se eu pudesse te colocaria Nessa retrospectiva Para mostra-lhe como havia Uma juventude sonhadora e romântica Que esperava o paquera na esquina Só para vê-lo passar Numa sensação de eternidade e dor. Mas traduzindo meus sentimentos O amor é a
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Mergulhe em meu oceano Veja quantos sonhos promissores Letras e palavras boiando No grande mar do pensar. Pesque uma e componha sua historia Imirjo consciente que poderei não voltar. Meu mar é tão profundo, Gota e lágrimas compondo meu planeta. Prefiro assim. A secura da vida, nas grandes margens... O deserto das almas A terra árida da vida. Onde tantos pés sangram ao caminhar... Dei-me asas noturnas Que eu voarei pelas encostas Onde todo oceano se aninha... E todos os anjos se encontram Para admirar o por do sol. E eu posso sentir a brisa salgada Em meus lábios e o som da poesia Em meus ouvidos... A tarde é fria, insossa e calada Mas como minha alma nunca descansa Nem meu coração deixa amar. Estou em meio ao oceano Não quero a terra. Nem me isolar em uma ilha Quero essa imensidão Do papel a me convidar A nadar no mar das palavras... Autora Liê Ribeiro Paz e luz