Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2010
Imagem
Eu escrevi um bilhetinho Para ti... Soltei ao vento Um dia talvez você leia... Escreveria histórias lindas A nossa tão recheada de altos e baixos Duro aprendizado, seu e meu... Mas se me permitires. Esse poema não será uma confissão... Sei que você prefere melodias Fico imaginando O que elas significam para você... Queria ter o poder de remexer Em seus mistérios Revelar o que esconde atrás desse olhar... Mas deixa o quieto. Deve estar bem guardado Toda sabedoria divina Que com certeza Permitirá que você retorne. Quem dera encontre o bilhete Em cima daquela nuvem E saibas Que era somente um lembrete. De como eu não suportaria Se de mim tu esqueceste Mas o que tem que ser será. Não devo sofrer antecipado Não devo recalcar sentimentos Que foram sedimentados. Em longas horas, onde Preso em seu quarto Tu se esquecias de si mesmo E eu na minha incapacidade De contornar seus sofrimentos Ia assistindo tua partida. Mas a alegria irmã prima da tri
Imagem
No que devo acreditar? Passei o dia ouvindo melodias Segredos e miragem. Criando álibis Para não me justificar. Eu tinha que labutar Mas tenho uma preguiça milenar Algo de descontentamento Da mesma usualidade. Um teto E todo vazio De pessoas nela habitada Um relógio na parede Para te avisar das horas Do quanto perdera tempo Em buscar o melhor do nada Tirar água da pedra Cavar terra sem o ouro do saber. Lavoura de sementes inférteis São esses dias de correntes de vento Quente, muito quente Que nos impede de raciocinar E deixa a vida Arida. Vem a primavera, Inquieta, perdida Sem entender Das flores que não nascem mais... Dos jardins secos e queimados. Eu, Vou costurando minhas meias Vou cozendo meu jantar Preciso lavar-me, Queria andar nua Sem janelas, sem olhares. Queria molhar meu paladar No beijo mais puro... Queria viver de poesia Somente de ela me abastecer No beiral do abismo, o mar Jogar-me e não me afogar... Nem sei o qu
Imagem
Quem dera O poeta Fosse um mensageiro Da felicidade Quem dera Fechasse seu corpo Para dor Abrisse Somente as janelas Da esperança. Quem dera A justiça Não fosse de poucos E toda luta Não fosse vã... Armas e lágrimas. Quem dera Nada mudasse Para pior Nem as falácias vazias Encantasse Aos que nunca Souberam o que é ética. Quem dera Tudo tivesse outro rumo E o mundo Não fosse o deposito De políticos corruptos. A verdade Jogada no abismo Das ganâncias. Quem dera O ser tivesse Mais valor Que o ter Nenhuma mala Levamos além Tudo corroído pelo tempo. Papeis que compram consciência. O bem maior Esta dentro de nós Essência e sabedoria! Quem dera Essa poesia Tivesse outras estrofes E o manto da honestidade Limpasse nossa terra E preparasse o caminho Para a verdadeira vida. Aquela simples Do por sol, do nascer do dia Das noites estreladas Do amor, amado Sem mais Subentendidos Sem maculas, sem julgamentos. Quem dera O amor regesse a vida! Autora Liê Ribeiro Paz e luz.
Imagem
Porque quando tudo volta à rotina. Sinto o mundo pratico demais Frio demais distante demais. Porque a hábito de viver É cruel em suas lógicas? Distancia-me da coerência Essas horas gastas. E essa fala obvia O que temos mesmo a fazer? O que o tempo pode oferecer? Segundos de prazer Séculos de luta... Quando eu acordo, Todos dormem Quando eu sonho Todos buscam suas realidades. A maçante vontade de ter... Eu carregando pedras Para criar meu castelo. E eu inventando desculpas Para não te ver... Eu querendo me achar Eu não querendo pensar Eu me esquecendo do que fazer! Preciso comer, bebo água... Preciso dormir, abro os olhos. Preciso de poesia, ouço metáforas E se eu não questionasse tanto? Vestisse a pele da obra E sentisse o seu calor. E se eu pintasse ao invés de escrever? Meu avesso exposto Minha nudez retratada, Espelho partido, pedaços de ser Jogados ao chão Quem recolheria? O que importa! Rodo, rodo, E sempre caio no mesmo l
Imagem
Como um grande amor Resiste às grandes turbulências? Como um grande amor Carrega todas as dores Por tantas vidas, Pedras e gelo... Chuva e terra Arida. Como um grande amor Protege-se das grandes tempestades? Ventos que jogam pelo chão Vestígios de poemas do amor eterno Há tanto tempo escrito. Como um grande amor Derrota a solidão? Da casa abandonada Das janelas semi-abertas Das sombras de dois corpos. Fantasmas de uma estrada Sem a ponte... Sem a terra encharcada Sem a beleza da montanha. Como um grande amor Não se mágoa, nem vive aflito? Como um grande amor Dentro de nós se fortalece? Seja por um coração teimoso Sejam as lembranças tantas Seja a poesia escondida O olhar como um prisma A romper nossa retina Seja o que está escrito No nosso destino Seja simplesmente Nossas almas gêmeas De tanto amor... Autora Liê Ribeiro paz e luz

Voltando Para Casa!

Imagem
Eu vim pela estrada Pensando em você Num recanto Onde pudéssemos Viver em paz Numa forma Menos dolorida de viver Eu vim contando as horas Cada quilometro Para olhar-te e abraçar-te. Eu vim com lágrimas Presas no meu olhar Deveria solta-las Ao te encontrar Alegria e lágrima Nesse momento Fazem um par perfeito Eu vim inquieta O tempo costurando Nossos destinos... E se algo me impedisse De chegar? Quando poderíamos Nos ver de novo? Luz e escuridão Uma dor repentina Em meu coração Mas o sol no horizonte Seu rosto em minha mente Vão me acalmando Hei chegar até seu esconderijo Hei de atravessar sua ponte Pés calejados Corpo cansado Mas uma esperança tênue De que me recebas Reconheça-me de longe E mais uma vez sorria... Autora Liê Ribeiro Mãe de um rapaz autista.
Imagem
Hoje pensei: Se eu fosse embora E se você nunca mais me visse? O que passaria em seu interior? Como seria o seu dia a dia? O amanhecer, entardecer, anoitecer O tempo apagando os meus vestígios Dentro de você, será? Fazemos parte de uma história estranha. E eu na minha estupidez... Achei que jamais sentirias a minha falta. Pouca coisa me realiza. Um sorriso sincero Uma coragem valente Um sentimento puro... Qual não foi a minha surpresa Quando nas horas que ficamos longe Ao retornar... A sua alegria, seu sorriso, seu abraço Fizeram-me chorar... Quantas vezes Tu foste indiferente a minha presença. Partindo sem me olhar Voltando sem me notar. Pensei: Será que mereço esse amor conquistado Um amor sem palavras, cheio de gestos O brilho dos seus olhos a me ver Atravessaram minha incredulidade. Rendi-me ao destino Ao seu jeito diferente, Rendi-me a esperança E não quero mais pensar No ir ou no ficar Somente em vivermos o nosso desígnio. Autora
Imagem
Eu preciso dessas horas quietas Eu preciso desse silencio interior Mas tudo em mim é barulho Tudo em mim ressoa como um sino. Vozes e sons Que me inquirem a loucura Contenho-me... Esqueço o presente Lembro-me nitidamente De detalhes passados... Rostos e sombras me interessam Sigo-as para encontrar-me. Em algum lugar que não seja  cruel como a sociedade que vivemos. E quando o sol despertar Estarei eu na lida, na luta Um pouco de sonho caia-me bem Aquele instante que os olhos se fecham E flashes de felicidade vêm. Raros momentos... Em que nos permitimos doar e receber. Eu preciso das palavras Elas me tiram do ostracismo Elas me vestem de poesia Pois sem elas eu nada seria. Um par de olhos sem ver Um par de mãos sem valia Um par de pés sem pegadas Uma alma vazia de sentires, todos. Mesmo os que machucam Mesmo os que nos fazem sofrer Sentir é mais que não sentir Mesmo nas dores mais profundas Sempre haverá uma lição a aprender... Eu preciso aprender para viver Preciso

Musica Velha Infancia! Marisa Monte,Tribalhista.

Imagem
Adoro cantar com você Quando me olhas e pede uma dica... E quando começamos E eu esqueço a letra... Você continua me olha e sorri Meus olhos lagrimejam, Você é assim para mim Minha pessoa, meu anjo Meu filho, meu amigo Quase inteiro e todo ausente. Mas eu me sinto tão feliz Quando em sua simplicidade Você me abraça e me beija Eu sinto em minha alma Que toda distancia Da ponte que nos separava Vai diminuindo Seus passos em minha direção Eu sinto que a sua confiança em mim É quase divina! Que responsabilidade e tanto Mas não fugirei... Não me culparei Por estar triste às vezes E você em silencio Contemplando meu estado de estar... E hoje, Na sala quieta, você me olhou E começou a cantar... Quebramos as correntes Vencemos a nossa solidão Vamos passar a vida a cantar Vamos calçar os passos E nunca mais nos perder... Se quiseres que eu cante Eu canto Para sempre até Quando o sempre acabar Pois você é meu grão de amor. Autora Liê Ri
Imagem
Eu não me apaguei Eu somente Adormeci meus sonhos... Quem sabe um dia eles voltarão... Eu não sufoquei meus sentimentos Derramei-os no papel E em mim eles sempre viverão... Eu não fui embora Pois não sabia para onde ir... Qual o meu verdadeiro lugar? Talvez seja num coração aberto... Num peito amigo, Numa amante das palavras. Seja em seus devaneios... Eu quase me afundei no oceano da solidão Como eu não sei nadar Soltei o meu pensar... E ele navegou por momentos Tão intensamente vividos. E o sol saiu E todas as nuvens se dissiparam. Eu não deixei de sorrir Somente algumas lágrimas Ainda insistem em cair. Talvez lavando o que de pior há em mim. A felicidade é uma estrada De duas vias... Quem não souber trilhá-la Acaba na contramão do destino. Esmagado pela desilusão. Mas a felicidade é um instante Alguns minutos unicamente E se já á vivemos Sejamos fieis ao que sentimos. Autora: Liê Ribeiro Paz e luz
Imagem
Perdoa-me por achar-te bem-aventurado E todos iguais a você também... Perdoa-me por vivermos Assim em harmonia... Eu com minha incoerência existencial Você com sua paciência milenar. Quase nos perdemos. Quase lhe arranquei de minha esperança Quase a tempestade nos varreu Perdoa-me por admirar teu sorriso Teu carinho cavado a tantas vidas. Perdoa-me, Eu ter a pretensão de ser feliz Perdoa-me por sofrer pelos desencontros Onde a ti eu mais envolvi... Perdoa-me por chorar abraçada a ti E sentir  o teu acalento Sinto falta de ver-te chorar... Nem me lembro mais quando foi. Não para ver-te sofrer Mas por sentir... Porém seu abraço suave Suas mãos limpando minhas lágrimas Fazem de mim, uma pessoa menos descrente. Mas perdoa-me por amar-te acima de tudo Até de mim mesma Nada ainda aprendi da vida. E sem a perspectiva de outras tantas. Vou limpando meu interior Vou cumprindo meu destino Na solidão da poesia Na casa abandonada cheia de janelas Na
Imagem
O nosso cotidiano Seu repouso No sofá Seu olhar perdido no teto Seus pés que nunca param Essa paz Até quando? Enfim, o carinho Conquistado junto ao tempo O nosso cotidiano Uma hora pouca para o destino Seu sorriso leve. O que deves relembrar? Prefiro deixá-lo sentir... Quieto em seu habitat. Prefiro olhá-lo da janela do seu mundo. Quanta beleza, Quanta inocência O mistério de sua existência. Fazes de mim uma pessoa inquieta Alias, nasci assim, Quase irreal cruel e humana A dor da carne Dói-me menos Do que a dor da alma. Silencio para sentir teu respirar Você não é meu, nem de ninguém Nem de si mesmo Tu és o mistério da ciência Tão conhecido de mim Tão perto da minha poesia E quando penso que naufragarei Na realidade dessa vida frágil Seus passos mais perto de mim Fazem-me continuar Mesmo ferida, mesmo sangrando Tu és meu porto no fim do mundo E se nada tem principio E somos o acaso da nebulosa Se nada principia do amor de Deus O
Imagem
Quando o carteiro chegou e o meu nome gritou Com uma carta na mão Ah! De surpresa, tão rude, Nem sei como pude chegar ao portão Lendo o envelope bonito, O seu sobrescrito eu reconheci A mesma caligrafia que me disse um dia "Estou farto de ti" Porém não tive coragem de abrir a mensagem Porque, na incerteza, eu meditava Dizia: "será de alegria, será de tristeza?" Quanta verdade tristonha Ou mentira risonha uma carta nos traz E assim pensando, rasguei sua carta e queimei Para não sofrer mais ------------------ Todas as cartas de amor são ridículas, Não seriam cartas de amor, se não fossem ridículas Também escrevi, no meu tempo, cartas de amor como as outras, ridículas As cartas de amor, se há amor, têm de ser ridículas Quem me dera o tempo em que eu escrevia, sem dar por isso, cartas de amor ridículas Afinal, só as criaturas que nunca escreveram cartas de amor é que são ridículas. Porém não tive coragem de abrir a mensagem Porque, na incerteza,
Imagem
Amo a poesia de Pessoa me sinto tão fragil diante de sua missão... sua inspiração de palavras Amo Bethania recitando seus poemas Viverei, entre poesias e silencio calarei minha alma nada mais me resta a não ser ouvir-te Ler-te em noites assim Céu forrado de estrelas Uma brisa quente... Tudo a volta num sonho Impossivel... Verei o mar e porto a sua face sua voz... e nada mais... Autora Liê Ribeiro paz e luz
Imagem
E se eu me negasse ao obvio? O que me restaria da vida:? E se eu não fosse eu? Em quem eu me veria? Talvez na águia, Talvez no cordeiro Quem sabe na cotovia Ou melhor, ainda No esperto coelho... E se eu me negasse A compactuar com a hipocrisia O que me restaria do dia? Uma paz verdadeira Uma luz sem mancha. Uma sombra de jequitibá. E se eu não fosse matéria? O que me sobraria do destino? Um pensamento Com certeza, poético A brisa do vento... O acordar dos desatentos... E se eu me negasse a ouvir Tantas falácias vazias O que eu ouviria? O inicio do som, a melodia O silencio da noite... A minha consciência . E se eu me negasse a morrer Como eu viveria? Sementes e folhas Num campo de rosas Eu germinaria... Mas como a vida é o negar da morte O que me resta nessa lida É o consolo da poesia! Autora Liê Ribeiro Paz e luz