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Mostrando postagens de novembro, 2010

Meu filho autista!

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Sinto que o meu filho Precisa de um olhar Que não o exclua. Mas meu filho Não precisa de piedade Nem que desviem seu caminho. Pois não precisam temê-lo. Meu filho Precisa de um futuro ! De uma sociedade que o acolha. Meu filho não precisa de médicos caros Precisa de alguém que o ame Incondicionalmente. Que veja nele um ser que na sua diferença Possui milhões de possibilidades. Meu filho não precisa De promessas falsas Meu filho só precisa De um abraço amigo Uma mão segura. Ficamos aqui, um ao lado do outro Mãos dadas, numa cumplicidade de almas. Mas há um mundo lá fora E meu filho é uma presa fácil... Quantos iguais a ele. Somente a espera de alguma luz. Desse desprendimento... Um estado lúdico de estar Porque mudar? A quem agradar? Choro e saio de mim Quando vejo desrespeito por sua pessoa. Volto e lhe digo: Vem rapaz, ainda estou por aqui Se apóie em mim, vamos a enfrente. Vamos vestir nossa esperança Calçar nossos passos. Para qu
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Ainda posso sentir o vento frio Ainda ouço seu uivar na janela, Ainda vago por sonhos De ser um dia feliz. Ainda a lareira está apagada Triste alma vagar por sua saudade Ainda amo as noites de outono Quem sabe ela voltará. Entrará pela porta Cobrir-me-á de urzes Quem sabe eu renascerei das cinzas Ninguém me ouve nem me vê. Ninguém me reconhece nas entrelinhas Nem se lembra da minha luta. Para vencer a solidão... Mas eu devo enterrar meus medos Nem reclamar do momento passado Nem da inspiração enterrada em meu peito. Fui eu que me refugiei nas minhas histórias Escavaquei minhas dores Por não acreditar nas pessoas. Mas se tu ler esses versos Não pense que me entreguei Jamais, Vou arrastando meus sentimentos Em correntes quebradas há séculos Ofereci-te minha lealdade E dela eu não fugirei... Mas se alguém tiver Um colo amigo, Um canto que eu posso descansar Dessa mente arredia Aceitarei humildemente Preciso de um pouco de paz! Autora Liê Ri
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Estamos aqui! Eu e você Os dois cachorrinhos Deitados ao nosso lado. Você com o mesmo sorriso, Ouve atento A nossa seleção de musicas Tão antigas Quanto a sua mãe... De repente Você pega em minhas mãos E começamos a dançar Quanta magia nesse instante. Ainda o velho e bonito sorriso Dessa foto... Você carrega, Mas quero crer Que nada nos fará perder A semelhança do sorriso Amo vê-lo em seu rosto Quanto tempo se passou meu filho! Sua velha mãe Percorreu todos os abismos Mas criou asas o suficiente p ara não cair... Voar, voar pelas nuvens da esperança. Insistir, errar, insistir e errar. Eis a nossa fórmula. Eu te abasteço de musica e poesia. Você me dá aquele abraço Conquistado em gotas suaves... Vou te confessar Que perdi um pouco desse sorriso Aqui visto. A vida às vezes arranca-o de nós... Mas o seu sorriso Jamais esquecerei. Ele esta gravado em minha alma. E o levarei para eternidade Para mim tudo são dores e p

Farol!

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O que faço com os sentimentos Que ainda não sentimos? O que faço com o jardim Que ainda não plantamos juntos? Você tentou fugir Mas a vida te pegou de jeito Disseram um dia Que não veríamos o por do sol Ao entardecer... Que nada tinha significado. Somente um mundo concreto, De emoções concretas. Seu refugio ao ninho da solidão. Mesmo hoje insistem Que você tem um mundo paralelo Que sua escuridão mental Impede-te de sentir... Dualidade da ciência Pois o seu mundo é esse Em que vivemos Sua captação mental É que lhe impede de compreender As subjetividades dessa sociedade. Mas o amor é heterogêneo Alcança-te no mais profundo Nesse iceberg pronto para degelar Para derreter de amor... Mas a nossa incoerência agrava-se Aos olhos da humanidade. Existe a dor e o alivio A união e um distanciamento Numa guerra de conceitos errôneos. E assim cavamos nossa trincheira E de lá observamos as estrelas De lá nós descobrimos nossa força Nos armamos de
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Estava aqui a procurar Um poema antigo Um sentimento velho Que me inquirisse A entender Esse caminho traçado Passado que nos importa? Abrimos portas Fechamos outras Cavamos angústias Enterramos lamentos Do que nos adianta? Há tantos exemplos De combate árduo Mas nossa luta é nossa. Eu fecho os olhos E posso enxergar melhor. Eu tranco a desesperança Dentro de uma caixa em meu peito E deixo somente a liberdade De sofrer me tomar... Mas não deixo a dor me vencer Quero chorar até derreter. Mas jamais secar meus sentimentos Pelo cachorrinho abandonado Pelo velhinho cansado Pelo ser humano ao meu lado. Que ironia, Somos cria do nada Bactéria evoluída. E a nossa maior dimensão É somente onde nosso olhar pode alcançar Mas eu vejo acolá... A Poesia me permite. E no abismo de mim mesma Um ego de minha consciência Toma-me e me cobra. Não quero repensar o já pensado Não quero rever o já visto Quero pensamentos novos Quero paisagens renovadas

Poema para Gabriel!

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Você foi pego de surpresa Você foi arremessado ao solo Você queria se libertar Eu impotente! De repente o trovão da dor Tomou meu coração Mas que maldade Você estava tão feliz! Coloquei a tua musica Mas você estava agora mais longe Preço num corpo a se debater Será que não voltará, pensei? Mas logo agora que o nosso amor É tão nítido, Agora que estas tão perto Dançamos momentos antes Mas seu corpo contorcido pedindo ajuda. Eu perdida entre abraçar-te Proteger-te daquele furacão Ou correr de tudo aquilo. Onde você estava preso? Num rodamoinho de sentimentos Entre o pranto e a esperança. Você voltou perdido Entre o susto, o sangue E os meus olhos q uase não podiam enxergar-te. Você valente queria levantar e andar. Afinal não era seu aquele pesadelo. Poucos minutos antes estavas a bailar. Dura realidade que sem avisar Vem tomar nossa manhã... Mas seu abraço querendo carinho Suas mãos procurando as minhas mãos. Nossa realidade naquele corred

Esse é o nosso Mundo

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Nosso mundo se reduz A poesia e a música E nesse emaranhado Em que vivemos Adoro ver sua alegria Ao som da sua melodia. Queria fazer uma releitura De sua gravura no quadro Antes, com o olhar distante Hoje com um semblante tranqüilo. Será a idade que teima em chegar Também para você?... Nosso espaço milimetricamente desarrumado. E você somente se preocupa com uma bolsa. Ritualiza sua existência Para que a mesma tenha algum sentido Seu cérebro pronto para vencer Os neurônios- espelhos, encurtados pela genética Mas seu jeito maneiro de ser Simples no caminhar pela inocência Faz-me pensar... Quem eu desejaria que saísse daí? Há uma beleza de alma em ti. Infinitamente além da nossa compreensão Mas também há os encarcerados da dor Que se debatem para arrancar aquele ser Que não consegue fazer-se entender... Então, a ponte é a expressão... A compreensão por sua forma diferente Limpar a pele e a carne Amar o toque o carinho Criar uma estrada perene
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Há um jeito passional de gostos Há uma forma inexata de sentimentos Quem nunca provou o gosto amargo Da solidão em meio à multidão! No relento de uma manhã fria Corpos caminham sem alegria. Nenhum rastro de luz... A cinza dos pensares predomina. Como rua suja que ninguém limpa... Restos e mau cheiro... Um dia alguém me prometeu o céu! O mundo se extingue em lentas atitudes. Mas eu persigo a ponte que me libertará Disso tudo, Sons e gritos, tiros e morte. Há um jogo injusto dos engravatados E ninguém consegue ser feliz Quem poderia nesse caos? E eu procuro a cura da alma Pois á do corpo já nem há... Há uma falta de encanto nos rios poluídos Há uma sede de água que não se bebe A fonte de uma cachoeira. Que imagino logo ali na esquina. Não há tempo para amor Hoje rápido como fast foot. Mas nem de longe se avista O verdadeiro amor. Que perdeu sua identidade Em cada coração de pedra. Quebra-se e nenhuma lágrima a cair. Seu álibi de que vida é pratic
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Eu vou viver Ou vou morrer Sem entender A lógica de alguns discursos! Cintila em minha mente Uma crença que não é um dogma É uma sensação de eternidade Que não vem das escrituras. Pois ela não pressupõe perfeição Ou pecado, é uma lei natural. Esse elemento de luz Que não vem do sol, Nem das estrelas Vem do meu interior Que busco desbravar a cada dia. Há uma escuridão de olhos. Sim há um jogo milenar de interesses Mas há uma estranha pessoa Que habita em mim... E que não sou eu... E se desprende de mim Em noite de chuva branda Que não assusta... Que me acalenta. E vaga por galáxias distantes Por terras férteis de flores Que reencontra rostos conhecidos Que descansa do corpo... Inerte e findo... Que se ali ficasse e apodrecesse Pouco  importaria para o ser que partiu... Dormir é morrer... Sonhar é viver. Acordar é renascer De algum lugar Que um dia com certeza Retornaremos. Por isso o temor se vai Na manhã que chega No despertar da
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Hoje mais que ontem Precisamos acreditar Na imensidão do mar No brilho das estrelas. No perfume das flores. Que haverão de nascer Em nosso caminho Não é fácil essa luta Nada será para sempre E o sempre é tão pouco Há tanto por fazer O som da chuva Que caí nos acorda Faz-nos mais fortes. Sorte? É para poucos Só o trabalho vale o suor O cansaço do corpo Não é o mesmo da alma. A alma se alimenta de paz, de fé. Observe o bem nos olhos do amor O principio de todas as coisas Observe o bem Da abelha produzindo o mel Como é perfeita a criação. Hoje mais do que nunca Precisamos acreditar Que venceremos essa luta desigual Do autista contra o preconceito. Esse conceito frio De que tudo é igual e deve ser assim Mas somos tão diferentes na igualdade Amar o reflexo distorcido de nós mesmos Às vezes dói Mas não amar é pior Sigamos a voz do vento A sussurrar esperança A nos levar para longe Longe da dor e da indiferença. Vamos de encontro ao horizo

Poema de amor materno!

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Tú és a mãe e a pessoa a detentora do amor Teu filho já nascera crucificado pelo preconceito. Teu filho não sabe de tua maternidade Teu filho não é enxergado pela humanidade Mas tú és a mãe. Das horas insones, Da realidade concebida... Tu és a menina Que desde pequena intuía As dores do planeta... Nas chagas do filho de Maria. Hoje refletida nos olhos Do teu filho distante. Nos olhos das mães do mundo! Que sofrem  por serem condenadas. As que esperam realizar seus sonhos... Da cura de um filho deficiente Talvez para que ele tenha alguma chance De sobreviver nessa selva de pedra... Fria sociedade elitista Condenou o filho do mundo Condena nossos filhos também. Mas há aquelas que querem Somente ser elas mesmas A! Quanta responsabilidade Para que os seus filhos cresçam E se façam libertos e felizes Quantas nem sabem Como é realmente viver Não tendo que ser a responsável Pela proteção de suas crias... Quem as julgara? Quem as condenará Se o mu
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Eu vou te dizer O que sinto filho. Eu sinto um medo profundo Nada poderia tirar do seu rosto Esse sorriso. Eu tenho que esquecer o que penso Eu tenho que viver o hoje Mas o futuro bate constantemente Em nossa janela E me avisa que estou envelhecendo. Que tu cresces sem crescer por dentro E o meu sorriso molhasse de lagrimas E eu me refugio nas palavras Enquanto você se refugia na musica. E o tempo nos persegue Força-nos a seguir, sempre seguir. Pés calejados, sonhos replantados. Mas te confesso filho Que quanto mais caminho Mas desejo descansar dos meus passos. Quanto mais penso Mas desejaria não pensar... Deixar as ondas do mar nos levar, Deixar a vida envelhecer sem dores Deixar a nossa história relatada em poemas. É o que tenho para te oferecer Meu interior de poeta Meus sentimentos de amor profundo Meu pedido de perdão por tantas falhas. Mas já é hora de irmos dormir As luzes precisam ser apagadas Nossa vida reinventada Mas deixemos para amanh
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Siga-me Eu não tenho Para onde ir Mas siga-me Talvez nossos caminhos Se cruzem Talvez seu olhar Encontre-me Talvez sejamos Há muito conhecidos Mas se não encontras Um lugar que seja seu Siga-me Pretendo ir de encontro Ao sol... Pretendo Ter um canto só meu Pretendo Completar meu trajeto Só Deus sabe onde ele dará Mas se seus pés não estão cansados Tire os sapatos Fique descalço como Jesus E siga-me Estou procurando suas pegadas Elas não estão nas igrejas Nem nos cultos, nem nas palavras Elas estão dentro de nós Em nossos atos Mas creia, Não me perderei de mim Não fugirei de minha intuição Não tema Siga-me Minha sombra Guiar-te-á. Precisamos descansar dos males Precisamos reatar nossas crenças Completar nosso destino Então feche os olhos da razão Abra-os da emoção E siga-me! Autora Liê Ribeiro Paz e luz
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Não faz tanto tempo assim Que eu sabia dos casos passados Que eu não precisava de respostas Pois, todas estavam dentro de mim Quem cavasse bem descobriria O que trago em meu interior. Finjo que nada me aborrece. Finjo que a concordância De minhas idéias são exatas Com meus sentimentos. Dois e dois são cinco... Miséria de sonhos Que não saem de mim... Preciso acordar e vestir a vida Calçar o destino Driblar a solidão, ser gentil. E sorrir, Essa eterna vontade de chorar. Mas quem acreditará? Que no poeta Tudo é irremediavelmente frágil Apesar da aparência forte. E essa musica que se repete Eu queria quebrar o disco Riscar a parte da memória Que me condena a lembrar De coisas que fazem sofrer Mas esquecê-las É não aprender Não ser, não ver, não ter. É passar como brisa Na cortina do pensar Nenhuma importância terá! Quem ler saberá. Que ali, naquelas linhas. Existiu um poeta pleno De letras e palavras De sentimentos e vontades! Au

Fadinha!

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Quem disse Que os milagres não existem As flores ficaram Mais lindas nessa manhã A vida uma dádiva... Não quero correr Quero dar passos lentos Retomar o caminho O mesmo caminho que Trouxe vocês de volta... Nenhuma pressa em meus passos Tudo agora é feito em câmera lenta Quero ter tempo para relembrar Cada instante de vida ao seu lado Sinto tanto sua falta E o milagre do amor Que vive por si É tão independente Que mesmo sem ser amado Ama... Nasce e Renasce Em minha memória E os cantores ainda Cantam o amor. Eu ainda quero Um grande amor Que me faça sair Desse abismo de solidão O milagre da felicidade tão almejada A fuga do real A busca do cristal Partículas de sonho Que pode transformar A vida em milagre! Autora Liê Ribeiro Paz e luz
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Sinto falta do que ainda não vivi Sinto falta Do que ainda irei viver navegar por outros mares. Do que você sente falta? Fico a imaginar meu filho. Talvez de uma mãe menos complicada Talvez da infância perdida Talvez do caminho que te perdeste. Sinto falta das trocas não vividas Sinto falta de não ter entendido Os desígnios, as vezes tão cruéis. Sinto falta do meu sorriso aberto Aquele que se perdeu do meu rosto Sinto falta de um colo de mãe Aquele que jamais existiu. Sinto falta das palavras doces aquelas que se perderam do meu paladar... Sinto falta do aconchego de um carinho aquele breve que tive sem nada pedir. Sinto falta de algo meu apesar de nada nos pertencer Nem você perdem-se. Sinto falta da melodia romântica fazendo nosso coração bater mais forte. Mas você ouve a tua maneira aquela velha musica e sorri o quanto eu gostaria de fazer o mesmo Nossas vidas tão embaralhadas. Não vê, Que sua velha mãe ainda pulsa de vida que precisa