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Mostrando postagens de dezembro, 2010
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Qual nada Um ano novo De um mundo velho Sábio Aquele que resiste Há tantas realidades Vamos brindar Ao que mesmo? Sim são lindos os fogos Aquela mesma esperança Sobrevivente de outros anos... Renovamos os pedidos E eles sempre voltam. Que tal pedir algo novo... Nenhuma mesmice. O que queremos? Somente ao pai pedimos; Que tal fazer por onde A cada instante A todo o momento Todo significado da passagem Portal que somente o amor Proporciona-nos. A saúde, um copo de água gelada Engolido suavemente Quantos nem água podem beber. A paz, aquela voz baixa a orar por todos Ricos e pobres... A prosperidade, corpos vestidos O ano inteiro Crianças protegidas da violência. A ganância sucumbida pela caridade. Mas eu não serei injusta Com a generosidade que se espera a cada ano. Afinal a melhor maneira de crer É sentir... Sentir tudo e de todas as maneiras Tal é a felicidade; Sinônimo de riqueza, beleza, alegria, sorte! Riqueza para o poeta seria

O olhar do amor!

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Eu quero um poema pra nós. Eu quero um momento pra nós Pois, Todo amor verdadeiro Inicia-se pelo olhar Aquele velho brilho Que nos enfeitiça Que nos faz eternos Um olhar triste eu conheci um dia... Que brilhava tímido a me olhar... Meus olhos atrevidos Criança de tanto admirar... De onde mesmo eu já os tinha visto? Creio que os olhos, uma janela Para nossa alma Velha estação. Pensei se me reconhecer E olhar dentro do meu... Nunca mais me deixará. Reconhecera que já nos conhecíamos De outras quimeras. Ruas e vielas, estradas de pedra Ponte de arcos, velha floresta. Nem os desencontros do destino Não, nada impediria Que nossos olhares se reencontrassem E assim... Faz-se uma história Compõe-se um poema Vencem-se tempestades Faz do impossível, o louvável. Assim casamos nossas almas Assim seguiremos as estrelas... Olhos de Deus A brilhar na noite de lua cheia. Assim realizamos nossos sonhos. Autora Liê Ribeiro Paz e luz...
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Eu estava tão longe de mim Num ano velho De um ano novo Sim, invasores Às vezes tomam meu mundo Prefiro estar só comigo Na aquiescência de minha existência. Sou tão particular em minha solidão. Uma musica um chá, um copo de água E aquele velho livro na estante A cama devidamente arrumada. O pó espanado. A vida num espelho Desconhecido ser Que há anos conhecemos E nunca nos identificamos. E a poesia triste Adormecida, espera O primeiro momento De tomar-me aqui em meu habitat. Não preciso de aprovações Não preciso de permissões Eu combato até as entranhas Para não me deixar vencer. Vá embora invasor Eu me basto nessa tarde só minha. Eu a minha poesia Eu e meu amor, que guardo De todos os olhares vazios de compreensão. Invisível aos olhos reais... Cegos de ver somente feiúra Onde só beleza há... Então passado o burburinho Das vozes a gritar, Estou aqui, feliz por apressar-me A voltar a minha rotina Que está recheada de horas De sonhos, p

O Natal do Mestre!

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Estou farta Dos prados cinzentos Esse pensar melancólico Esses dias festivos E uma saudade dos tempos Vividos... Da infância perdida Dessa inocência adormecida Pelos anos que irremediavelmente passam. Um momento de paz É o que meu pensar deseja Quantos solitários vivem A buscar esse tal Natal Que para eles nunca chega. Quantas mesas vazias de alimentos. Há eles me solidarizo Há eles me uno Um copo de água, um pedaço de pão E a Gloria do menino Jesus. Na cruz ele só pediu água E lhe deram vinagre... Na ceia ele repartiu o pão Na traição ele deu sua face ao perdão. Então alegremo-nos Por um dia, por uma noite... Alias a realidade está na porta A espreita-nos deliberadamente O sol, a chuva, a palavra esperança. Não mestre eu não sou como tu... Pois meu coração ainda não aprendeu nada Pois o meu coração ainda é menino ou menina. Mas na noite quieta, Mestre Uma oração, uma prece E um mundo subjetivado em consumo. Nada o que fazer... Mestr

O passado e o presente!

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  Hoje ao olhar-te Atento Assistindo Em Algum Lugar no Passado E você faz isso Há vinte anos, mais ou menos. Fiquei pensando Se tudo principia do nada Da matéria á matéria Do pó ao pó Porque esse seu olhar saudoso Porque sua emoção repentina Ao som da melodia da Rapsódia Paganini? Não consigo crer. Que não carregas uma lembrança anterior Numa sensação de algum amor perdido Sua quietude repentina. Sua introspecção. É mais relevante do que qualquer descrença. Seu passado guardado Nesse seu espírito carente E o seu autismo Uma caverna, onde te escondes Para não sofrer mais. Mas se eu pudesse te explicaria. Que não sofremos duas vezes a mesma dor E que a beleza de vencê-la Está na sutileza de várias vidas. Numa roda que gira ao sabor do tempo Altos e baixos, Perdas e ganhos Aprendizado, sempre aprendizado. E contra todo ceticismo Estamos aqui, cautos Descobrindo pela milésima vez Algum detalhe que nos faltou anteriormente. Como você que rep

Poesia e Melodia.

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Quando eu ouvi que você Havia colocado Todo sujo de Baton - Belchior. Corri e fiquei olhando-te. Uma lágrima suave nasceu dos meus olhos. Será que além do autismo em seu DNA... Registrei em ti o romantismo... Então nada está perdido... Seu coração guardado para amor. Seu carinho esperando somente uma chance. Que seu sorriso para a tal pessoa Que um dia virá... Não saia do seu rosto. Enquanto isso você se resguarda Não por vontade Mas por impedimento genético. Não sofro por isso E vejo que nem você Tudo é tão breve Dizem que te influencio Com meus gostos... Mas quando em silêncio Vejo o quanto seu olhar brilha Em cada toque da melodia Em cada letra cantada Mesmo diante da sua dificuldade. Nesse instante. Todo céu se abre Toda nuvem se espalha É a nossa esperança que nasce. E para mim meu filho É pura poesia E eu corro para o papel E eu tenho presa Logo tudo pode se apagar. Mas enquanto eu me iludo Vamos vivendo nossa vida... Um dia quem s

Nosso Natal!

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Esse é o nosso Natal! Se eu te der Um biscoito embrulhado Num lindo papel Você abrirá e soltará aquele sorriso. Se eu te der uma linda camisa Você olhará, E colocará num canto qualquer Esse é o nosso natal! Você não exige nada, Não espera nada Somente um carinho E esse você tem  dessa pessoa Chamada mãe vinte quatro horas do ano. Esse é o nosso natal! A mesa com alimentos  Enquanto tantas estão vazias. E peçamos que todas as mesas estejam Com alimentos não só no natal. Esse é o nosso natal! O papel Noel é a mamãe Noel Não vem de trenó Mas está com você por toda vida. Na alegria e na tristeza Na oração, na fé sempre testada. Na paz do nosso momento Não tem presentes caros Nem correrias ao shopping Nem bebedeiras... Tem uma musica suave Nosso pensamento ao mestre Seu eterno sorriso Ao ouvir as melodias natalinas. Nossa saudade da vovó... Nossa lembrança aos que foram. Você não expressa em palavras Mas seu olhar atento Mostra-me o que

Ouvindo uma balada!

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Caramba, Sua mãe nunca bebeu Nunca fumou Careta, Mediocremente honesta. Que chata, Puxa Sua mãe, Provou o doce do amor Dançou coladinho Com todo respeito É verdade... Se eu te contasse E você entendesse, riria Sua mãe demasiadamente carente Em busca da arte de amar De se entregar... Romanticamente Para depois sonhar... Mas há em nosso destino Algo de mistério indolor... A angústia já amaciada pelo tempo Dói mais não corta... Mas sua mãe meio arredia Pequena e atrevida Jurou não desistir de você. Nem que durasse toda vida Mesmo cansada e já envelhecida Sua mãe cava forças divinas. Sua mãe passou pelo labirinto da desesperança Achou no seu sorriso a saída. Sua mãe não acredita em limites Mas entende seu tempo inexato De sair da sua concha... Cuidadosamente, para não se machucar Sua mãe é mesmo antiquada Prefere as rosas, Um sussurro ao pé do ouvido Do que os gritos em meio à multidão. Sua mãe prefere o acaso sublime Ao vazio da descren

Nosso Momento Rock!/ Gabriel e Liê

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Todas as palavras silenciam Vou colocar um rock antigo Ele começa calmo E logo uma avalanche de sons Tomando nossos ouvidos. Pegue em minhas mãos rapaz Vamos rodar, afinal... Essa vida nos tonteia Vamos quebrar essas horas caladas Deixa-me preencher seu pensamento em branco Com poesia e sutileza. Nenhum dia eu fico sem pensar O que te desejaria novamente... Deixa-me compreender suas dicas Para que eu entenda o que queres me dizer Poucas palavras, nenhum palavra a esconder. Repita comigo, a mesma estrofe, Que pena esse mundo estar em pedaços. Mas, Vamos curtir nosso rock... Isso solte seus braços Sorria, seu sorriso é o sol para mim... Não posso escrever sempre a mesma poesia A fronteira entre o real e a magia. Estrada tortuosa a nossa Cheia de subidas e descidas Mas esqueça isso agora Vamos, vamos curtir esse momento rock Vamos suar nossas dores. Gastar nossos pés nesse chão quente Dançar, dançar O que nos resta para destravar Esse dia tão comum
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Eu não sei como me expressar hoje. Não sei... Quando penso que já escrevi Todas as poesias para você... Vejo esse olhar, esse sorriso E me perdoa, começo a chorar Uma mistura de alegria e medo A! Rapaz, como eu te amo! E nesse momento penso: Quantos mares nós atravessamos Quase nos afogamos, Quase perdemos a vista Da terra firme... Quase desistimos de nós mesmos... Mas que tola mulher Você sempre esteve aí... Uma conchinha fechada A espera de uma luz para se abrir... Lindo rapaz Sua beleza vem de dentro Lá onde o mundo se torna mágico Onde eu fui te buscar, Onde eu queria na verdade ficar. Para também me refugiar dos males do mundo. Mas aqui estou quase meia noite De uma meia vida Que quando vê e revê essa foto, Acredita na vida, No destino, na divindade Na eternidade do amor verdadeiro A! Meu rapaz O que mais te oferecer Talvez a esperança de um mundo melhor! Autora Liê Ribeiro Mãe do Gabriel/TEA. Paz e luz...
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Esquece o que falei ontem Minhas palavras Às vezes se embaralham em minha mente O excesso de realidade Condena-me ao ostracismo Não posso raciocinar o tempo todo Pois meu cérebro precisa de algo sutil De vez em quando... A palavra mal expressada Magoa e a fere eu sei... Queria não precisar entender de lógica Somente cavar poemas, poemas Tantos mais ainda Antes de minha mente falhar... Expelindo tantos sentimentos Contidos há séculos em minha alma Porque tanta violência nos atos? Porque tanto ódio nos corações? E tudo começa, Com as frases de preconceito E a triste intolerância Enraizadas em todas as sociedades. Quem dividiu as raças Que intuído tinha? Pregar a segregação, Alimentar aversão pela diferença. Há em mim essa tristeza algoz Não de um saber divino Mas de uma humanidade Ainda animalesca. Mas a mudança começa Com o individuo Eu revejo meus conceitos Livro-me dos meus monstros Entendo o saber e querer do outro Assim serei mais huma

Eu não sou perfeita!

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Aqueles que me julgam Temo pela intolerância Temo pelas circunstâncias Sombrias que o mundo passa. A esperança é traiçoeira Sempre há os porquês? Podemos dormir uma pessoa E acordar sendo outra? Sentimentos! Podemos ensiná-los A quem os perdeu? Ou sentiu dificuldade Em expressa-los na sua plenitude. Seus neurônios estragados Consertados Entenderiam o que eu sinto? Carregar por anos Uma pseudo culpa pelo seu autismo E depois carregar A decisão de consertá-lo Para que possas recomeçar De qual ponto mesmo? Seria melhor que voltasse Para meu útero E lá reconstruíssemos Nosso começo... Deveria eu vibrar não é? O que é cinco, dez anos Para quem conviveu Vinte dois anos Com seu autismo... Uma montanha russa Que muitas vezes Deixou-me enlouquecida E outras me fez chorar de alegria... Mas como um pingo Ainda não é uma chuva E eu já me acostumei Com sua pessoa autista... E aprendi a amá-la profundamente. Aguardarei... Não sei se é pela outra pes

Liê

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A minha história Relida Reescrita A partir de você Eu não sou o outro Eu não me culparei Por ter perdido O trem de ida De ter esperado Na estação da vida Pelo instante exato De partir... Não é assim Que as coisas funcionam Não vou falar mal do mundo. Não gosto de palavrões Sua sonoridade é horrível Eu não quero me enquadrar Não preciso... A minha biografia É tão inútil aos que não conheço De onde vim Ou para onde eu vou O que importa . Poeta não é celebridade A vida está totalmente parada Mas eu aprecio Essa sutileza da natureza Em refazer seu habitat Uma palavra de amor É tudo que precisamos Adoro as batidas De um coração apaixonado A delicadeza da poesia A decifrá-lo em estrofes A dor reinventada Para nos fortalecer... A tontura de viver Em meio a tanta Incoerência de atos Faz-me recolher... Nada de mim interessa A ninguém Passo meus dias lendo Relendo, fazendo o necessário Para sobreviver. Mas creia, somos diferentes

Nada para Mim!

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Não desejo Alongar meus pensamentos Mas quanta harmonia Nesse seu olhar... Quanta vida escondida. O que te aproxima de mim? Talvez a confiança Talvez seja eu a sua referencia Mas que pessoa esquisita Essa fulana chamada mãe. Que espera o silencio da noite Para estar só consigo mesma Descansar, que nada A hiperativa pessoa Queria um lago, Uma grama fresca Um cheiro de terra Sua felicidade garantida. A lentidão das horas Para que o tempo não nos alcançasse E tivéssemos mais tempo Para ganhar do destino Nada mais é sombrio E quando eu disse Que nada te faria autista Nem a mãe geladeira Nem o pai martelo Pois sua predisposição genética Estava aí parte atuante Do seu autismo, alguns riram. Mas enquanto Nada ainda é curável E a desesperança Talvez não nos alcance. Não me iludo Nem me angustio Porque o que tu és! Está alem do autismo O que você representa Para essa pessoa em construção Chamada Liê... É tão forte e completo Que vou