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Mostrando postagens de março, 2011

POEMA PARA O DIA MUNDIAL DE CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO.

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Há um levante de consciências Há uma magia tênue A cor azul da terra Em volta de tantas vidas... O mar de vontades azuis. Há uma esperança Antes tão almejada Há uma delicadeza Do seu carinho Envolvendo minha credibilidade. Antes um oceano todo Contra nós... Antes uma luz ofuscada Pela indiferença dos desatentos. Hoje... Tantas almas por nascer Expectativas por vencer... Uma voz a sussurrar Em nossos ouvidos Caminhem, caminhem Pois há muitos passos Que perseguem seus pés. Quem dera nossa alegria de hoje Nunca saía de nossa essência E envolva a todos Com a luz azul do céu... É gratificante ouvir sua voz menino Cantando a esperança da nossa vida Não pude dar-lhe muito mais que meu amor... Mas há uma eterna busca Pelo tesouro guardado em seu coração Cavo com minhas próprias mãos O dia a dia... Essa alegria que vem do seu olhar. Há um mundo que precisa te abraçar! Eu sei. Há um estado de quereres. Quem sabe haverá realmente Sentido nessa lida, nessa vida. É lindo demais ver O cont

Que olhar ter por ti? Quem sabe um olhar de paciência.

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Que olhar Tu esperas de mim? Um olhar mais humano Menos exigente Talvez um olhar de paciência. Quem criou as regras Esqueceu De criar as subjetividades Do seu olhar... Que longe parte Como um saveiro Perdido em meio ao mar... O que queremos de você afinal? Um mínimo de malicia Para se defender. Uma vida igual a todos Que tola pretensão. Eu como bolacha salgada com sopa... E isso me torna totalmente diferente. Você canta para si mesmo Voz interiorizada para se sentir vivo. Que palavra cabe melhor Para te definir... O nome que seja ciêntifico? Ou aquele, mas humanizado! Se você realmente não vivi Num mundo a parte Porque insistimos em rótulos. Onde você se encaixa? Nessa sociedade desigual. Hoje perdi a paciência Eu queria que você me desse Mais um pouco do que o seu normal E seu olhar assustado Me fez compreender Quão imbecil eu era. Mas há dias de pura irracionalidade. Você pode mais eu sei Mas o tempo é seu Seu corpo pede um cami

Para ti Florbela um poema em fado!

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Saudade, Cá me sinto arredia Palavras O que são? Se não posso senti-las. Saudade, Vãs vão às horas de minha vida Cá me sento No banco do jardim Olhos perdidos... Pensamento ao longe vaga. Já calcei meus passos Já vesti minha pele Serei eu mesma? Nessa veste frágil. Leio poemas, Releio linhas amareladas Minha vida é assim? Saudade... Um porto e toda Imensidão do mar Por mim não precisas chorar... A saudade! É a vida que valeu a pena Os personagens que nos encantaram As dores que nos fortaleceram Para estar aqui... E cá estou Subjugada pelo cansaço do corpo Mas hoje venci mais uma luta Hoje corri mais algumas léguas dentro de mim... Persegui as alturas, divinas horas vencidas Organizei meus entulhos, Limpei meus pós antigos. Velhos carvalhos de ontem Hoje li Florbela Espanca E de mim senti saudade! Autora Liê Ribeiro Paz e luz

Tua cor azul!

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Tua cor é azul Minha vida em ti se completa Tua cor tinha que ter A cor da imensidão do céu... Não posso deixar de chorar Pois já é tempo De olharem tua áurea azul. Tirar toda nuvem dos olhos E enxergar-te como és... O cinza que o mundo se tornou... Mas o seu azul nos dá esperança. Que a vida em ti floresça Passo a passo Tempo ao tempo Eu sei... A dor às vezes vem. Manias e manhas Que muitos ainda não compreendem O azul lhe toma Posso senti-la, lago de Monet. Mais que realidade cruel das armas O amor é azul O amor do pai Que nos proporciona Admirá-la Quase todas as manhãs. Amo azul, Amo tua pessoa azul Amo ser a cor te representar. Amo amar-te nesse azul infinito! Autora Liê Ribeiro Mãe de um rapaz azul autista. Paz e luz.

Teu sorriso é a luz!

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O que dizer nessa hora! Que o tempo não nos engoliu Que eu não te perdi Que todas as minhas apreensões Foram embora Nas águas incertas dessa vida... Eu te olho e me enxergo Seus olhos brilhando a me ver É como a lua clareando A escuridão da noite Céu forrado de estrelas. Vamos carregar essa bandeira Meu filho... Vamos tremular nossa esperança Mesmo que toda humanidade Não nos enxergue Vamos acreditar... Que a cada passo que demos Mesmo com os pés sangrando Nos fez chegar até aqui... Rio manso, fala pausada Você me ensinou A carregar meu fardo leve A claridade que de repente Brotou dentro de mim. O que querer mais? Alguém que você não é? Alguém enquadrado No quadro dessa sociedade cruel Não, não... Quero-te feliz, somente Quero-te crescendo lenta, mas continuamente... Sem medo, sem cópia, Sem perder sua identidade. E quando o vejo, indo e vindo Cantando e sorrindo. O que posso querer nessa hora? Talvez parar o tempo Oferecer-te meu b

Eu sonho!

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Eu sonho com um mundo Sem políticos, Sem lideres Sem ditadores Eu sonho Com um mundo de poetas De cientistas, de professores De sonhadores... Eu sonho com uma fé sem religião Sem dogmas, sem mentiras Eu sonho com a vida eterna Sem matéria, sem dor, sem mazelas. Eu sonho com um mundo Sem ódios, sem preconceitos Sem divisões de classes Sem poderes subjetivos. Eu sonho a borboleta multicor A revoar os jardins do mundo. Com o arco Iris Quadro de Renoir... A Cada manhã, eu sonho Com uma palavra de amor Com a cura das almas perdidas Em violência e morte. Eu sonho com a paz Que nunca chega O gemido da natureza Pedindo-nos mais respeito. Eu sonho com um futuro Que pode não chegar Para mim, para ninguém Nem para meus sonhos... Autora Liê Ribeiro Paz e luz

Por falta de amor! Gabriel

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Dói sentir Que Meu filho é um número Meu filho é um peso para essa sociedade Egoísta... Dói sentir Que ele mal entende tanta maldade Que vai seguindo em seu mundo, Flores, comida e musica... Dói sentir Que ele só queria ser apresentado No palco da vida Sem tantas dores. Dói em mim, Como um tiro Ver o sacarmos dos imbecis Por seu jeito, corpo de homem Mente inocente de um anjo. E ele indiferente Ao que se passa ao seu redor. Sorri... Que interesse ele terá? Por essa sociedade consumista. Por essas falácias políticas. Por esses jogos de interesses Que ele mal conhece. Mas queima-me a mente Imaginá-lo sozinho Na cova desses leões Mas eu preciso soltá-lo Ele precisa crescer Semente especial Obrigada a germinar Em terra Arida. Meu coração sangra Por ele e por todos Por essa incoerência social Que privilegia os déspotas E enterra os honestos. O jogo do mais forte Subjugando o mais fraco Tanta hipocrisia. Heresia das almas vadias. Não há

O poema Chora!

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Eu queria ter o poder... De limpar todas as feridas do mundo De provar que o poder na verdade É uma grande ilusão... Então não posso ter o poder A competência de mudar Essa triste trajetória do mundo. Corpos estendidos no chão Restos de uma civilização doente. Eu queria que os heróis Não precisassem morrer Nem a minha esperança. Nem a inocência das crianças. Adjetivos e pronomes Não formam as pessoas, Excelentíssimo, Vossa majestade, Gente, gente... Somente gente. O que faz deles seres melhores Que o restante da humanidade? Um cargo, Um reinado, Uma ditadura... Tolos seres iguais a todos. Falíveis, Cruéis, Muitas vezes desumanos. Nesse momento Eu só queria ter a magia, Da flor vencendo as armas Do amor derrotando o ódio. O que somos diante da fúria da natureza? Meros fragmentos exterminados. O que de nós ficará nesse planeta? Tiraram as manhãs... Roubaram a esperança Em covas rasas Em palavras frias Em desolação. Estou muito triste

Poema antigo!

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Quando minha mãe acordar Estarei pronto, estarei pronto. Caminharemos por aí Mãos dadas, vida solta... Quando minha mãe acordar Já terei crescido mais um pouco... E em seu colo ainda repousarei Quando minha mãe acordar O meu rosto será o espelho do seu rosto Traços tão parecidos... E nós riremos das semelhanças... Quando minha mãe acordar Meu sorriso maroto o que ela verá Quando minha mãe acordar Saberá que sempre estive ao seu lado Sempre velei pelos seus sonhos Sempre tentei enxugar seus prantos Sempre em mim a carreguei... Quando minha mãe acordar. Direi que a amo, amei e amarei... Quando minha mãe acordar. Autora: Liê Ribeiro paz e luz Mãe de um rapaz autista.

Há esperança???

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Vamos ponderar o simples Viver o simples Andar entre amigos, Vestir-se leve como as folhas Pés descalços Alma livre. Olhar realmente os lírios do campo Mas onde estão os campos? Vamos beijar o beija flor, Que mal haverá? Deixar de lado a matéria Flutuar como a brisa. Ser humano em meio a tanta desumanidade A natureza em nós alimentada O pão de cada dia... Do que sentimos mais falta? Um olhar amoroso Uma palavra doce Sabor de mel Aquela alegria breve. O quanto somos falhos, penso. O quanto! Pensamos mais em nós... Pensar no outro requer compromisso. O meu pirão primeiro Farinha pouca, que egoísmo. Rosas! Quero rosas Ventos! Quero seu cheiro Em minhas narinas. Cansadas de tanta poluição... O canto dos pássaros Quero bem-te-vis Em meus ouvidos cansados De tanto barulho. O mundo vive um grande caos Essa desordem social Essa incoerência de atos Esse medo coletivo do outro Deixa-me muito triste. O que poderia ser terno Tornou-se selvage

Meu filho deixa-me aqui!

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Deixa-me aqui... Pensas que não me canso Não sou de borracha, Essa carne, essa pele, Esse sangue correndo nas veias. Deixa-me aqui... Tudo em ti é do avesso Tudo em ti precisa ser conquistado Revisado, repetido, repetido Que mundo esquisito o nosso Tudo embolado e cruel. Não vives num mundo paralelo Eu sei... Mas não podes negar Que esse mundo de cá É demasiadamente difícil Para sua mente. Deixa-me aqui! Hoje tua mãe precisa dela mesma Dou-me há ti todo dia Cada dia, vinte quanto horas. Mesmo nas horas de vigília. Tu estás em meus sonhos. Às vezes correndo de mim Às vezes tão perto. Mas mesmo que não me compreendas Deixa-me aqui Um instante só Preciso respirar meu próprio ar. Não poderei soltar-te na vida O mundo de consumiria. Minha sombra infinita. Mas dê um minuto, por favor. Uma lágrima brotou de leve. Um cansaço de corpo e de alma Um carinho sempre roubado. Amo-te demasiadamente Para não olhar Uma pouco para mim. Quem eu so

A solidão!

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Estou sozinha em casa Há um silencio de morte Há uma vontade de paz As horas que passam. Nosso tempo vivido Nosso tempo por viver Nossas expectativas. Logo será amanhã Mas nem vivi o hoje por inteiro. Dê-me mais algum momento Preciso desse instante breve. Esse rodamoinho em que vivemos Toma-me e me arremessa para lida. Preciso sair, Mas eu gostaria de ficar Mais um pouco aqui Comigo somente . Sem dores, sem a necessidade De ser o que não sou... Porque o que eu sou Não está na minha certidão Nem no nome que carrego Nem na matéria densa. O que sou tem linhas e rimas Tem um punhado de magia. Que a olho nu não se vê. Pois na essência é que encontro. Á poesia A flor germinando em meu jardim A alegria vencendo a tristeza A certeza da imortalidade da alma. Pois da matéria para essência Todos um dia iremos... Autora Liê Ribeiro Paz e luz...