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Mostrando postagens de junho, 2011

Preciso desse Sorriso!

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Não feche todas as portas Por alguma fresta Eu observarei tua pessoa Feliz ao girar o mundo Feliz a sorrir para o nada Mas não tranque seu coração Preciso do seu pulsar no peito O canto perfeito dos pássaros Não preciso que me entendas Preciso que me ame Mesmo que não digas Cada gesto, cada olhar me diz E essas pequenas coisas Ao entender do mundo São enormes dentro da minha alma Mas não fujas para longe Onde minhas mãos Não possam alcançar... Não tenho tantas pernas, Nem tanta força, Água calma Vida plena. Não amadureça por inteiro Esquecendo o seu lado criança Em algum passado distante Precisamos brincar ao vento Precisamos crer nos anjos Precisamos sobreviver ao tempo. Autora: Liê Ribeiro mãe de um rapaz autista Paz e luz

Poema eu Gosto de gente,gosto mesmo!

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Eu gosto das sutilezas A fraqueza humana É sua escola para aprender. Eu gosto de sentimentos de amor De romance, de beijo ao acordar... Eu gosto de lua sempre plantada no céu... Mesmo sem estrelas, Elas estão lá no infinito Graças a Deus Os homens não podem tocá-las... Sonhos e mitos Que ficaram no passado... Eu gosto de dançar De sonhar  na janela Com sua sombra virando a esquina Que tal aquela surpresa de repente. Eu gosto da beleza da alma Aquela que não maquiamos Mas temos preservada no amor Se o amor em nós existir. Eu gosto da hipótese da imortalidade Faz toda luta valer à pena Faz a esperança jamais fugir Do nosso alcance... Faz tempo que o tempo passou Vão se as horas,  Em nossos relógios O universo não pára... Ontem aquela menina Hoje essa mulher madura. Ontem quase um século Amanhã outros personagens A poesia não pode morrer Mesmo que a poetisa finda. Precisamos caminhar. Precisamos amar Vestir-nos de gente Eu gosto gente, gosto mesmo!

Liê por Liê, prefiro a poeta...

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Eu não rezo Do teu terço Por isso não Enquadro-me No teu circulo De amigos. O que me importa A subjetividade Da verdade Que a ninguém pertence. Vou vendo pelo prisma Torto do meu olhar... O mundo a minha moda Na roda eterna das existências. Não enxergo por demanda Muito particular meu sentir Não sou melhor nem pior Mais um grão de areia Que compõe o universo A diferença? São meus versos Às vezes incompreensíveis Falam por mim outras vozes. Calam nas linhas Para não me fazer sofrer. Pois não há filosofia pronta Que redireciona todos os destinos Cada um é cada um Sua história e trajetória. A vida é ligeira Logo termina Uma reta e muitos atalhos Então paremos de besteiras Você me respeita Eu te respeito Você azul, eu cinza O que posso fazer Há dias que são assim. Para falar a verdade Nada poéticos Realidade demais Seca... A! como seca o paladar... Autora Liê Ribeiro Paz e Luz

Traduzir minha pessoa autista!

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Antes com autismo/Depois com autismo. O que é inocência mãe? Meu corpo se transforma Mas minha mente Continua pura Como a nascente De um rio... Mãe, O que querem de mim? Estranheza ou multidão? Eu coloco os meus pés No mundo E alguém quer me transformar Na imagem e semelhança De quem eu não conheço. Mãe Uma parte de mim Cresce como uma árvore forte Outra parte, Fica enraizado em meu interior. Serei eu que quero? Serei eu que desejo Ser a parte destoante do o utro? Mãe, A malícia e a maldade? O que são? Podemos ser salvos delas? Eu almoço e janto Eu durmo e acordo E no espelho serei eu Ou um remendo ? Mas eu sorrio Para quem me sorri Eu abraço quem me abraça De repente me fecho De repente me abro É uma questão de sobrevivência. A vida na sua mais Profunda realidade Como poderia eu compreender? Mãe dê-me a dica Como me traduzir Em poucas palavras. Ou as palavr

Depois dos Porquês!

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Eu já pensei em tantos porquês? Porque a vida? Limitou-lhe nessa mente Confusa e cheia de atalhos Conexões que precisam ser consertadas. Mas como? Quem eu receberia Se eu mudasse sua pessoa? Então a mãe distante... Mas uma humana Então o pai impreciso Mas cheio de planos... Vão caminhando Ao seu encontro E os porquês Dão espaço Para a luta diária 24 horas... Quem vier Com a fórmula curativa Deixe a parte essencial Intacta, seria possível? A sua pureza no olhar. A sua grandeza nos gestos A sua inobservância da maldade. A estrada nos espera, Eu queria plantar No pé da serra Uma enorme árvore E nela eu abrigaria nosso segredo Um mapa exato como te alcançar... A todos cabe buscar sua realidade A todos cabe vestir sua pele... A todos á liberdade de escolher O respeito por sua pessoa diferente Seria melhor não nos iludirmos Nem caçar soluções onde não tem. Calçar as sandálias da humildade E seguir... Preparar o arado do destino Limpar a

Poema dia do Orgulho autista/2011 por Liê

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  Por quê? Buscar horas Perdidas No relógio do tempo A beleza Da semente Que germinou Nem perfeita Nem imperfeita “Diferente”   Mas se colocada  Em terra árida Perder-se-á Em dores atrozes   Não quero Mudar essa semente Não posso Transformá-la Num remendo de flor Nem rosa nem cravo Mas que pode florir Meio para direita Meio para esquerda Com nuanças perspicazes.   Posso ver essa semente Orgulhosamente C rescer Num pomar de amor  Sonho de poeta. Posso vê-la num jardim Repleto de flores “Diferentes” Mas amadas   E quem abrir o coração Poderá sentir. O perfume da divindade O cheiro de anjo.   E sentirá a paz Do amor incondicional De uma mãe flor Mas  por favor mundo Não despetale A esperança dessa causa. Nem arranque da terra Essa semente diferente Regue-a até ela florir. Tenho orgulho Da flor que se tornou Minha semente Sua necessidade de amor Mesmo não entendendo O efeito ou causa de tudo   A felicidade É tão frágil São minutos Que podem

O Dilema é?

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Às vezes eu pergunto Aos meus monstros interiores O que eles querem de mim. Um ser coeso, um ser irritado. Ou somente estão me testando. Eu perdi meus passos hoje Eles queriam ir por um lado E eu fui para outro Oh! Estrada que distancia cruel Entre a paciência e a raiva Ouço tanta bobagem E tenho que fazer-me de surda A solução do mundo Não está nos papeis Nem nas leis... Está dentro de nós... A solução para tristeza Gotas suaves de alegria A mesma rosa que encanta Fere com seus espinhos. Nossos corações. E a miséria humana Desenha-se em intolerância Oh! Saudade da infância Onde correr pela chuva Fazia-nos tão feliz... Um carinho roubado É mais gostoso. Um olhar sincero nos Reconduz para trilha A vida não deve ser tão fria... A palavra não pode ficar solta Se não ela fere... Como navalha afiada em nossas gargantas. Pensar, beber a água da paciência Para não cometer tantos erros,

Inacabada vida!

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Reforma meu interior O som estridente Da minha consciência Quero o mar calmo Quero o sol aquecido Quero o que não posso. Dou mil voltas E não saio do lugar Reviso minhas idéias Que para muitos são antiquadas Se eu esquecer Quem eu fui Não lembre por mim... Deixa estar... Não me perdoe Nem tenha piedade Prefiro a realidade Do que a falsa ilusão De perfeição Que não esta em nada Se não mudarmos Nossa visão embaçada Uma falha qualquer E lá vem chicotada Do destino cruel Quem bebeu minha água? Quem comeu do meu pão? Quem limpou as minhas feridas? Qual indivíduo incoerente! Vestir-se-ia de poeta E se apossaria da minha alma. Não sou nada Nada me pertence Não vendo nada Tenho o suficiente para comer Pobre de bens materiais Pois os maiores bens Que possuo são humanos! Na minha visão... Meus poemas Teu amor Meu filho E quem me condenará por isso? Se assim for... Aped

Enamorar a vida!

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Eu tentei esquecer Você num canto Buscar outros ares Tomar algumas medidas Limpar a poeira do tempo Tentei ouvir o silencio Deixar somente as sensações Tomar conta da minha alma Não pude... A vida requer ações Você coloca sempre Algo a mais a minha história. A roda gigante que era Conviver contigo. Quantas vezes eu tonteei Dormia imaginando Como seria o dia seguinte E se esse dia não chegasse? Quem seguiria por mim Carregando suas coisas... Mas às vezes Eu preciso ser somente eu! Antes de ser mãe Antes de ser filha Antes de ser alguém Ser simplesmente essência E se eu fosse teoria? No coração de alguém E se no palco do mundo Representássemos Somente o bem querer! Sem normas, Sem preconceitos Sem perfeições impostas Hoje não temo o amanhã Hoje espero adormecer Para sonhar com sua felicidade Enamorar a vida Enamorar sua pessoa autista. Enamorar o amor Deveria ser a reg