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Mostrando postagens de novembro, 2012

Já fomos mais Românticos

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Já fomos mais românticos O que a vida fez de nós? O tempo que cobre De esquecimento tudo Que foi vivido A troca, a poesia, A espera pelo amanhecer Que hoje já nasce cansado. Já fomos mais sonhadores O que  a realidade fez de nós? Meros seres que sobrevivem ao dia Para mais nada esperar... O instante que se move E estáticos vamos vendo Tudo se esvair como aquela nuvem Já fomos mais otimistas O que a labuta fez de nós? Meros lutadores sem armaduras Sangrando a cada dia nossa credibilidade Já fomos mais delicados Ao tratar a dádiva de amar Luas e tempestades Algum lugar para regressar Já fomos menos céticos O que a dor pode nos causar? Talvez uma reviravolta da fé Sem dogmas ou promessas vãs O que precisamos afinal? Só um momento nosso O olhar nos olhos E perceber que lá está A janela que nos revelará amor! Autora Liê Ribeiro Poetisa amadora. 26/11/2012

O destino e o Futuro!

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Quanto mais eu me afasto Do burburinho do mundo Desse alumbramento coletivo Mas eu consigo vencer Minhas próprias agonias Não é mau agouro Derramar lamentos Nesse pequeno papel É a voz da minha dor Que usa a poesia Para se manifestar E quando a lágrima Mistura-se ao meu sorriso Não é fingimento É uma fuga comum Para os poetas... O antagonismo da alma. Perdoa minha indelicada Maneira de me afastar Deixar-me ficar Na aquiescência de minha vida. Do que me serve a fala? Do que me serve tantos afazeres Se eu pretendia viver de sonhos Mas sonhos não alimentam bocas... Mas creia, preenchem Uma alma vazia Pode trazer esperança Para um destino Que talvez não tenha futuro... Autora Liê Ribeiro Poetisa amadora. Mãe do Gabriel/autista. 25/11/2012

O aprender com você sempre!

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    Se você não faz falta a ninguém Que pena... Se você compra alguma atenção Que dó... A verdade não tem dois lados Ou é ou não é... A mentira se veste de muitas roupagens Até quando? Não sei Não posso prometer milhões de sonhos Mas posso garantir doar-te algum Meu filho autista me ensinou: Um dia de cada vez. Alguns momentos de reflexão Longa estrada sem fim. E o principio lá atrás Meu mundo redondo De um só habitante Incrível, continua assim... O parir uma vida O conceber uma luta. Será que Deus errou na nebulosa? Meu filho autista me ensinou Que havia uma chance implacável De nada dar certo Mas de repente deu... O pedaço de pão representa o amor Á água que lava os pés da humanidade. Meu filho autista me ensinou Que se não posso mudar os fatos Posso mudar o panorama de nossas vidas. E fazer do amargo um remédio Para a cura de minha desesperança Meu filho autista me

O amor e o ódio!

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Poderá o amor renascer das cinzas? Pobre amor... Lutando contra toda forma de descrença Nascemos, renascemos... E repetimos sempre os mesmos erros Queremos o que não podemos oferecer A dor que às vezes parece unicamente Falta de levantar e seguir em frente Esqueça! Ninguém vestira nossa dor Ninguém andará nossos passos Nem amar o nosso amor. Onde um chora outro ri Onde um odeia outro ama Quem odeia jamais amou Quem tem o poder de amar Ignora mais não odeia Água e vinho... Claro e escuro Antagônicos e irmãos Mas ódio leva a solidão. O amor leva a glória e a paz... Autora Liê Ribeiro Poetisa. 05/11/2012

Uma dor no peito!

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Não ligue o rádio Não fale nada Preciso pensar Preciso de silêncio Não é nada com você Não é cobrança Esqueça as conjecturas atuais Não quero viver do ontem Café requentado, Não posso recompor o desfeito Nem jogar fora o vivido Pelo bem o pelo mal Fizeram parte da minha vida Não quero vida a dois Quero vida a mil Mil em uma só... Se eu jurar que já encontrei Quem acreditará? O que me importa o que pensam O que falam... O eco do grito só ecoa dentro de mim. Concessões são um pago muito caro De um lado ou de outro... Sempre na balança algo penderá Mais para um lado. Deus como dói parar de sonhar Como o céu cinza cobre o nosso olhar... De repente viveremos do que? Talvez da crua realidade De achar que vivemos Mas só existimos, miasma de ser! Autora: Liê Ribeiro Poetisa Mãe do Gabriel/autista. 03/11/2012