Poema da Noite.



Eu sempre procurei
A face oculta da lua
Onde todos os mistérios
Compõe-se de partículas
Ainda não decifradas.

Eu posso secar como uma árvore
Mas meus poemas continuarão
Por mim a pousar em algum coração
Um pouco de amor...
Um pingo é melhor que nada
O principio de tudo é a cada manhã.

Eu reparo às formigas
Elas nem podem carregar as folhas mortas
Eu observo os pássaros
Eles voam tão baixo
Medo talvez da imensidão
Ou daquele tiro certeiro, que triste.

O que meus olhos veem amedronta-me
Vidas são vendidas em gaiolas
Os pássaros presos choram
E eu não posso fingir que não me dói...

Sim! À liberdade não tem preço
Mas vivemos presos a conceitos e tédios.
O quanto o ter precisava morrer para o ser
Vir à tona e fazer do Mundo um lugar habitável.
A vida da matéria pode levar o amor
Mas a poesia etérea sempre o trará de volta.


Autora:
Liê Ribeiro
30/10/2014.

Mãe do Gabriel/autista.

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