Poema da Noite
Não esperava que tudo fosse fácil
nascer já é uma luta.
Sobreviver quase um
milagre
Mas posso contar os passos que dei
e parece que gastei o mesmo chão
sem sair do lugar.
Tantas aspirações...
Onde eu queria ir?
Onde meu amor estivesse
O mar e o rio
me jogar na vida parece
um passo para o abismo
A poesia me da asas
mas realidade quer
por tudo corta-las.
Não quero nada demais, nem menos
Algo que pudesse seguir seu curso
Sem tantas armadilhas para desarmar.
Não há uma folga se quer
dia a dia, parece um século vivido
o corpo cansa, a criança cresce
envelhece e somente
queria
carregar os velhos sonhos
para que não morresse jamais a esperança
A alegria roubando as lágrimas da tristeza
E fazendo dela um oceano de possibilidades.
O poeta sempre se engana é sua alma cigana...
Autora
Liê Ribeiro
mãe do Gabriel/autista
18/01/2015
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