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Mostrando postagens de fevereiro, 2009
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Para onde eu olho... Nada me parece familiar Alguma esperança... Que algo possa melhorar... Dirás que é apenas o dia... Aquele que se eu fosse vento Voaria para alguma ilha... Deserta de humanos, Repleta de essências... Para onde eu olho... Tudo é árido e vazio... Pessoas indiferentes Que andam e nem sabem por quê. Que nem ao menos se olham. Estúpida poetisa, teu romantismo... Cabe apenas nessas linhas... Para onde eu olho... Nada me convida a sorrir... A realidade quando é madrasta Condena-nos ao conformismo, Derrota-nos sem ao menos dar-nos Alguma chance de resistir... Soldado, raso, jamais será comandante. Acabaram com os contos, as lendas, Acabaram de avisar que tudo é passageiro E na guerra dos interesses, Derrota-se o idealista, E glorifica-se o imediatista. Para onde eu olho, Busco o farol que me conduzirá Para longe dessa turbulência... Para uma paz conquistada a duras penas. Corto-me e me debato Como um peixe sem seu oceano Como a vida sem sua mágica Como o coração sem seu am
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No calabouço do destino Um uma voz em mim se cala, Uma solidão de mim se apodera Minha alma a vagar... Minha culpa, O caminho que tomei... Os erros que cometi As palavras que não disse... Minha culpa, Uma escolha mal feita, A estrada tortuosa, O pensar oblíquo... Aquilo que poderia ter evitado... Minha culpa, A proposta de felicidade. Se há em mim a resposta Porque esperar do outro... Minha culpa, O reflexo desconexo. Do espelho que me revela... Sem maquiagem, quase alguém... Minha culpa, Perder o caminho Ceder aos sentimentos Não compreender limites. Sim, minha, somente minha. A culpa, pela fé testada. A cada degrau a superar A cada obstáculo a vencer. Autora Liê Ribeiro paz e luz
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Que dor é essa, Que nunca passa Alivia por algum momento, Mas logo retoma meu ser... Que fome é essa, Que nenhum alimento sacia... Pois é de alma, de lúdico. De essência plena... Que sede é essa, Que nenhuma água mata... Desertos e desertos. Para atravessar... Você pensa que é fácil Olhar-te e não compreender-te Ouvir sem entender, Falar e não ser entendido... Que luta é essa, Que não dá trégua... Um cansaço mental e físico Que tanto faz que tanto faça, Quem irá aliviá-la? Danem-se as normas Aceito um amor anticonvencional Aceito uma palavra sem nexo... Uma canção solta ao vento, Um sorriso sem hipocrisia Aceito sua forma inexata de ser... Afinal, temos que seguir, Ninguém caminhará nossos passos. Amanhã tudo melhora, Pois o amanhã sempre chega... Quem disse que a dor é para sempre Lateja, arde, queima... Quase nos impossibilita de crê Mas a eternidade do universo Nos mostra que vivemos Para aprender a vencer a dor E sempre buscar a felicidade! Autora Liê Ribeiro Paz e luz
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Hay en mí Una persona Que creer Hay otra Que se refugia En lágrimas En lluvia de llanto Es así la vida, Una mañana hay sol Otra de nubes oscuras Hay en mí Un sentir demasiado Alguien apasionado Por una irreal felicidad Que yo no supe alcanzar Hay en mí Una verdad Que nadie conoce. Pero yo nunca me olvido De los momentos que un día Yo saboreé y jamás olvidare. Hay en mí Una persona joven Otra muy mayor Que trae sentimientos antiguos. Que la corriente del río Yo necesito ahogar quieres Por eso no me hace sufrir Porque hay siempre Dentro de mi pecho Un corazón herido. La espera de una oportunidad De vivir un grande amor, Aquel eterno, que nadie Jamás vivirá, Es así mis días, Entregando a la poesía ٳMis mas hondas confesiones ¡ Autora Liê Ribeiro paz y luz
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Não há nos templos de concreto Nem nas igrejas a verdadeira fé... O sacrifício da matéria Em intuído da alma... Estúpida percepção do espírito. Não há fé sem desprendimento Sem sentimento de amor... Não há fé, com segregação... Os que pregam a separação Dos seres pelo poder do dinheiro. Não, não há fé, sem os pés no chão... Sem o lamber as próprias feridas Receber em seu leito a consciência Que somente o poder do amor Pode suplantar as armas... E o luxo frio e a mesquinharia... Não há fé sem o estender das mãos O sonho, sonhado para fazer o outro feliz... Não, não há fé na palavra decorada. Nas frases interpretadas para enganar... Não, não há fé nos milagres forjados. Para contentar os desavisados Que todo ensinamento passa pela dor, Nem toda dor passa pelo ensinamento... E que é tão supérfluo crê Em um Deus milagreiro Do que no trabalho do obreiro Não, não há fé sem humildade. A caridade sem prepotência... Não há fé na arrogância das recitas Composta para massagear o ego Daquele que e
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A vida, reticências. Sua trajetória, interrogação. O que desejamos hoje? O que sonhamos ontem? Sempre escondemos O que realmente sentimos... Aquele momento perfeito... Aquele semblante conhecido. O destino, dois pontos... Apesar do tempo escondido Em cada paisagem Que por nossos olhos passou... O que nós guardamos? O que aprendemos com a lida? Papeis amarelos, sentimentos amanhecidos. E um conformismo de quase morte... Quem continua conosco? Se pelo palco da nossa existência Personagens se apagaram, E a cada página, memórias em flash... Também dão lugar ao efêmero. Do que eu falo mesmo? Teria que haver lugar Para lúdico, Ao amor de contos de fadas... O que me importa ser ridícula... Roube-me, tire-me a coerência. O que vale é sorrir, e ser feliz... Que pena, eu apenas escrevo... Sinto, e me apego ao papel. Eu planto poemas e colho estrofes Eu vou morrer acreditando Na poesia vencendo os corações endurecidos Ao ilógico sentir, que se apodera de mim... Autora Liê Ribeiro Paz e luz
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Eu vi um anjo? Eu persigo estrelas. Eu temo pelos que nascerão... Eu ouvi o canto raro dos pássaros Era um dia comum, De horas vazias... De minutos contidos... As horas no relógio Pareciam atrasadas... A vida parecia parada Eu vi a esperança... Ela corria desesperada Em busca de alguém que crê... Era madrugada, E o calor era de meio dia Uma brisa perseguia a cortina E a solidão é fria Pede um chá quente Um filme esquecido... Um pensar desprotegido Uma lágrima insistente. Eu vi a lua despida Toda nua, quase minha... Afinal ao notívago, A loucura é uma senhora Quase velha quase bruxa. Quase sã... Não acredite em mim Afinal eu sou poetisa Quase mística nada formal... Não me estranhe, Tenho um coração arranhado... Uma alma esquecida... Uma vida de busca diária Aquela que escreve O que não sente, e mente. Para sobreviver a si mesma. Minto que vi um anjo, Que ouvi pássaros Afinal na madrugada O que mais se ouve É silencio dos mortos Nenhuma respiração... Nenhum ser real... A! Como eu queria
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Eles falam, falam. E nada dizem... Eles pregam que precisamos Vencer o tédio... Carregar pedras para vencer... A batalha dessa vida... Eles cobram, cobram. Que sejamos fortes e heróis De uma guerra que não criamos... Recuso-me e me refugio... Como uma concha e sua pérola A espera do momento ideal... Alguém especial ... Que saberá como me fazer desabrochar... Eles têm a fórmula para a vida comum... Mas eu preciso de uma vida mágica... Aquela que ainda não foi escrita Aquela que ninguém ainda viveu... Dirás que é uma pretensão... Não me importo... Eles me culpam por amar-te assim, Meio ser, meio anjo... Nada formal, nada normal, Quase surreal... Não me importo... O amor não é lógico Nem foi plantado no cérebro Ele fica no peito... No centro do nosso coração... Sejamos e vivamos por ele, Até quando o pai deixar... Amém! Autora Liê Ribeiro Paz e luz...
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Às vezes sou insensata, Muitas vezes incoerente A mente e o corpo... Qual irá falir primeiro? Às vezes te acho um sapo... Muitas vezes um príncipe Que alguma fada beijará e acordará... Às vezes te imagino diferente... Às vezes te quero assim... Sei que a loucura é a irmã Mais velha da sanidade... Às vezes as palavras Confundem-se com o meu pensar Formar frases, formar a lógica. Aonde as linhas parecem-me Uma onda a romper meu sentir... Às vezes você me olha, Em outros momentos, você me ignora... Não entendo essa sua roda gigante... Dá-me vertigem e medo... Mas às vezes eu vibro com seu cantar... Sua vida lúdica e tão simples. Comer, beber, dormir... Às vezes me pego observando sua vigília. Seu semblante calmo. Imagino e se ele acordar E me contar dos seus sonhos Quando? Como? Um amor deixado para trás Uma alma presa ao corpo... Às vezes fraquejo e choro Torrentes de desejos Que não dependem apenas de mim... Mas às vezes, quase todo tempo. Agradeço e ao seu lado sou feliz! Autora Liê Ri
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Eu queria decifrar esse enigma Que é acordar e dormir... Viver e morrer... Eu queria adormecer a dor Acordar a alegria E sair dançando... Eu queria encontrar alguém conhecido Alguém desconhecido Que me reconhecesse... Parece ironia... Mas eu queria o dia na noite. As estrelas cadentes no amanhecer... A lua a abraçada ao sol... O mar amigo do rio... O ser humano, humano em seus atos... Eu queria a hipocrisia extinta... Eu queria a palavra escrita... O mapa para a felicidade Algum segredo descoberto O deserto das águas, A terra de flores... Eu queria a boca sem fala O silencio e sua expressão Refletida nos olhos do amor A Suavidade da brisa... Eu queria o querer dos quereres. Você coberta de nuvens, A vida coberta de esperança Todas as pessoas contemplando O por do sol... Partindo sem sofrer.. Morrendo para viver... Vivendo para morrer Beber do néctar da vida Como quem nunca a provou... A! Eu queria o poema derradeiro O ser verdadeiro que nascesse de novo, E não precisasse morrer para no
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Quantos detalhes se perdem Diante da luta do dia a dia Um pranto suave, Às vezes nasce, Para nos mostrar Que temos um coração. E que a lágrima É a pura expressão da alma... E estrada é começo do mundo... Seguimos tão amuados. Nessa cidade de pedra... A cor cinza nos olhos dos transeuntes Quantos segundos em horas Perdemos querendo entender O que foge a nossa compreensão... E a fala se cala... E as mãos suam de medo E os pés não saem do lugar Quilômetros e quilômetros Presos em nossos próprios limites E o céu é logo ali... E as estrelas podem nascer Em nosso olhar é só acreditar... O quanto custa para sermos felizes? A felicidade é de ouro, Perdida em algum baú ao fundo do mar... Quem souber mergulhar e tiver fôlego Que mergulhe... Mergulhe em si mesmo, Lá no cantinho escondida Esta felicidade que buscamos no outro... E que sempre viveu dentro de nós ... Autora Liê Ribeiro Paz e luz
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Eu queria escrever na areia, a luz da lua. Na cumplicidade das estrelas Queria que o mar... Bebesse meus poemas Pois eles sempre estarão em mim... Vestígios de uma alma em busca... Queria que o oceano Escondesse em suas profundezas Todo sentimento neles contidos... Eu queria que nada apagasse suas pegadas mestre... Eu queria observar os detalhes Escondidos no olhar do meu filho... Interpreta-los fielmente Para que não houvesse dúvida Dos seus sentimentos... A ponte para seu desconhecido mundo Uma ilha de sonhos ainda não desvendados... Eu queria uma nau para horizonte Nada que mostrasse a solidão do deserto... Que muitas vezes nos colocamos... O oásis é a fé que se fortalece. Há cada levante dos desavisados... Eu queria ter o desprendimento De não me apegar as subjacências do ontem. E visionar a esperança. Além mar, além terra, além matéria. Autora Liê Ribeiro paz e luz..
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Seria de bom senso Cuidar do espírito Conter a ira, Não romper normas. Mas eu não gosto Do anseio coletivo Nem de sabores idênticos Seria de bom senso Cuidar das crianças Conter toda violência Mas eu não gosto De falácias hipócritas Dos que prometem a ética E deixam as crianças Morrerem na frente de batalha... Seria de bom senso Falar baixo, quase sussurrando. Frases desconexas aos berros Fazem o cérebro explodir... O que realmente carregamos Dentro do nosso ser? O anjo e o monstro que poderiam se amar... Seria de bom senso Não querer impor verdades Que ninguém realmente conhece Mas eu não gosto de mentiras melosas Dói-me a relutância a humildade Aquele que planta amor e colhe sonho... Parece-me em extinção... Seria de bom senso, Refazer toda a trajetória Consertar os erros... Mas eu não gosto de juízos antecipados Aquele julga e teme ser julgado. Que aponta para outro E não enxerga sua própria essência Seria de bom senso Cada um seguindo sua fé... Cada um buscando seu sol, Seu Deus in
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É o tempo Criando raízes É o tempo Contando as horas. São as marcas indeléveis Que a idade vai deixando... A! Os cremes não esticam a alma velha... Cigana leu que eu viveria pela poesia... A maresia desse dia... Não há idade nos olhos de quem ama... Eu vou passando, E o tempo passando por mim, Não corro mais, Vou caminhando devagar... Pela vida, Estrada de tantos atalhos... E o medo, que se esvai, Como quem segue Ciente da sua trajetória Tantas coisas eu não teria feito Quantas eu faria da mesma forma Assim é o aprendizado... Dores e acalantos... A coragem de envelhecer Sem se deixar estragar Pela desesperança... Que futuro nos espera? Pense, quando mais perto dos séculos... Mas chegamos ao porto da solidão... Na derradeira viagem... Vamos sozinhos... Nenhuma mão amiga... Mas quanta expectativa para quem sabe Que dessa vida só levamos A alma para vagar e voltar a aprender... Não, o tempo não pode nos cobrir de poeira. Esquecidos de ser feliz... O Tempo deve nos preparar, Para buscar a
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Oração do Poeta triste... Se eu puder lhe pedir senhor: Devolva-me a infância. Ao menos os momentos mais felizes... Aqueles que eu já me esqueci... Se eu tiver que lhe pedir algo maior... Devolva-me a mãe que partiu... Eu sei que é um tolo pedido Mas deixa-me pedir... Somente por hoje... Devolva-me aquele momento especial Que se perdeu nas ruínas da rotina... Devolva-me o sorriso Que se afagou nas lágrimas... Aquela alegria, Que ficou no picadeiro do passado Oh! Senhor das águas e de todo universo Devolva-me os rostos conhecidos Em meio a essas pessoas tão estranhas... Devolva-me a crença, sem seitas. Sem regras, sem dízimos, sem materialismo... Somente a fé regendo as almas... Devolva-me a perspicácia do saber Sem me achar melhor que ninguém. Pois a sabedoria é ação, Sobrepondo as palavras... Que o vento leva... Devolva-me a raiz do pensar... Devolva-me o filho, o espírito santo. O profeta do amor... Não senhor eu não pedirei. Que me devolva o filho eu nunca tive Pois o que eu tenho,
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Oh! Mundo grande Ou terra pouca Já passei do ponto... Alguém parado na estrada Será alguém conhecido? Em país de grego... Toda ruína é arte... Oh! Vida curta Em se contando Os séculos... Quem revelará O segredo? Detesto pontos de interrogação Nego-me a citá-la... Não se importe comigo Eu sobrevivo à vida. Eu reinvento o dia... Nada, nada é definitivo. Quando me machucam Eu escrevo... Eu deixo jorrar minhas dores. E depois fecho os olhos E me perco em lembranças tantas... A! Quem pode negar sua própria trajetória E se, não me cai bem... Se, impede a nossa consciência. De cobrar-se... Gosto do sempre... Não creio na terminalidade das existências A eternidade me parece uma mãe acolhedora Que espera pelo filho pródigo... Que vaga pelo universo, e depois retorna. O principio foi ontem... Sigamos... Autora Liê Ribeiro paz e luz
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É assim Existem pessoas De primeira classe Existem pessoas De segunda classe Existem pessoas De terceira classe... Quem disse? Quem fez a separação das espécies? Senhor Darwin... Ora ele pregou que os mais fortes. Somente eles sobreviveriam Mas á única que viverá Se tudo se acabar é a barata Não ria... Quem disse que é o dinheiro Que define o valor de uma pessoa? A vala, enfeitada ou não... Cobrirá a mesma carne que apodrecerá... Ou a mesma carne que queimará E virará apenas pó... Será que o pó do rico é de ouro? Quem disse? E se o mundo acabar... Bombas atômicas em cada hemisfério Será que ela se desviará do rico E só atingirá o pobre... Quem programou isso? A! tola humanidade O que nos iguala é a morte. Mas o que nos dá valor É a ética e a integridade Tão simples e tão humanas De serem vivenciadas. Autora Liê Ribeiro. Paz e luz...
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Essa lágrima ácida Danem-se os predadores Minhas dores são minhas... Eu como e vomito. Quando eu quiser... Esse pensar torto De quem se perde com as palavras Danem-se os devoradores Dos sonhos alheios Meus pesadelos são meus... Mastigo, engulo... E vou tomar um chá... Para descer mais suave... Essa madrugada sombria, Quieta como a morte... Mas eu mesmo vou espantar Meus monstros... Não preciso de ouvidos surdos... Nem de mapas para a felicidade O tesouro do principio Está tão longe de nossa compreensão. Quem descobriu as relíquias do amor verdadeiro Com certeza os escondeu muito fundo... Além do egoísmo, da petulância dos espertos... Além do imediato sucesso.... Quando essa dor passar, eu vou sorrir. Quando minha revolta acalmar eu vou dormir E quando a vida atravessar o tempo. Com certeza, terei aprendido. Que pouco da vida eu vivi... Autora Liê Ribeiro Paz e luz
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Eu tenho medo Do pensamento ego centrado Eu tenho medo Do discurso doentio Dos que se acham mais valiosos. Tenho medo das falácias Em nome da cura Numa humanidade tão doente Devoradores de sonhos alheios... Eu tenho medo Da lamina da palavra Cortando tão profundo Sangrando até a exaustão... Que nesse mundo imediatista Nada sobre para quem sonha... Vivemos pelo que comemos Pelo que possuímos Pelo que jogamos na vala... Eu tenho medo Dessa hipocrisia coletiva Você e você, eu sou eu... Nada pode me alcançar E a dor parece uma ferida aberta... Eu tenho medo Do tempo que cobre os vestígios De quem um dia imaginou Dias melhores... Com a felicidade vestida de nuvens. Eu tenho medo pelo futuro Que nos espera, buraco negro... Tenho medo de não ter feito mais... Muito mais que você merecia... Perdoa meu filho! Achei que apenas meu amor te alcançaria Que o dia a dia nos acalentasse E nos ensinasse a nos reconhecer... Pois o recomeço é sempre mais complicado... Mas você não me pertence Você não s
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Você já tentou Ler um poema alto Como se recitasse Para universo... Cada verso penetrando Em seu cérebro, Inundando seu coração... Impregnando a alma Dos sons das palavras... Você já provou Do sabor das linhas... Qualquer trecho Que lhe fizesse pensar... Reter memórias jaz... Você já se olhou no espelho... E de repente o personagem era outro... Outra face, outro sorriso. Nenhum vestígio Que te fizesse se reconhecer? Você já pensou em não ser, Apenas a mãe zelosa e esquecida A heroína sem medalhas... A que por mais forte que quisesse ser Queria apenas um colo, uma frase... Um segurar nas mãos... Você nunca pensou em começar de novo? Palavras que nunca voltam à boca... Aquela que você jamais esqueceu... Você nunca fingiu sentir o que não sentia? E depois uma lágrima amarga lhe caia em solidão... Então, leia alto esse poema. Se dê o direito de rir ou chorar Experimente viver por você... Pelo menos por um dia.. Autora Liê Ribeiro paz e luz
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Quem realmente precisa mudar? Tem dias que lidar com você Parece uma luta sem tréguas... Quem realmente precisa compreender? Que a vida nos cobra viver... Tem dias que conviver com você É abrir trincheiras incontáveis... Num complexo jogo de guerra e paz... Quem realmente precisa ser forte? Se a fragilidade da minha imperfeição Muitas vezes te alcança... E nós ficamos distantes... O real e o lúdico... Que brincam com a nossa consciência. Que não nos permite enfraquecer... Mas a fraqueza é minha... Que me deixo irritar... Mas eu queria ao menos gritar... Chorar sem ser fraca... Quem realmente precisa aprender? Que o destino não alivia, nem espera... Como preparar o futuro... Num mundo tão incerto Quem realmente sobreviverá? Para contar a história da humanidade Quantos mais precisarão nascer autistas Para que descubram o sabor da alquimia. Aquele lugar escondido, Cheio de relíquias De baús de mistérios Que não se vê á olhos nus... Quem realmente descobrirá O mundo novo, nesse mundo tão v
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As mãos limpas A roda da vida Gira em torno Dos nossos sonhos... O Doce do mel O Quanto à abelha labuta Para dar sabor ao nosso paladar Muitas vezes amargo... A consciência tranqüila Quem nunca errou, Quem nunca pecou Por acreditar na eternidade do amor... O destino é cruel, A galope corre a nossa frente Mente quem nunca, Quis parar as horas Naquele momento único Que passa como vento... A sede das nossas bocas Muitas vezes não é de água... É de um beijo que dure mais... E nos faça crer que nada acabou... A rotina precisa de mágica... Precisa seguir sua rota Mas como é boa aquela surpresa Que nos faz crer no amanhecer.... É! Mais ainda falta muito por aprender Que o tempo não pode apagar... Passos, já dados, amor já vivido... E aquela alegria, que só tem sentido se dividida! Autora Liê Ribeiro paz e luz
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O que me move E me leva em sua direção É esse seu sorriso, Esse jeito quase irreal de ser... O que me alivia as dores Dessa luta quase irracional É esse seu sorriso Que abre um sol entre as nuvens Às vezes escuras do meu olhar... O que me faz navegar Por mares antes não navegados Muitas vezes em meio As grandes tempestades... É esse seu sorriso que abre em mim Um arco íris de esperança... Que brota novos horizontes Fragmentos de esperanças Que vão nascendo Dentro do meu coração... E essa paz que vivemos Quando eu te entendo e você Sente que pode confiar... No porto seguro desse amor... E se há um mundo que não nos compreende Há uma estrela que nos guia Um anjo que nos protege Uma força que nos impulsiona... A seguir... E o que me faz nunca desistir É esse seu sorriso! Autora: Liê Ribeiro Mãe de um rapaz que está autista
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Não quero saber de poema velho De roupa velha, Dos sonhos que já sonhamos... Mas o poema nunca envelhece Os sonhos nunca morrem Se em nossa alma Ainda carregamos aquela menina Que corria pelas matas.. E nadava nos rios e seus afluentes Não me copie, Não me imite, Sou as ondas que batem nas rochas. Não quero águas passadas Reciclei meu coração... Ele somente ama o ser amado. Um ser encantado sem forma. Uma sombra e sua silhueta. Que hei de reconhecer Entre tantos... Que caminham sem sonhar... Apenas vivendo por um momento É triste alguém que nunca amou... É triste um porto sem mar... Alguém que vem de longe E ninguém lhe é familiar... Autora Liê Ribeiro Paz e luz
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Estou cansada, Quero uma cama de nuvens, Esse luar que se afogou, Essas estrelas que se esconderam de mim. Sou assim, meio céu, meio mar, Toda a terra, pouca água, Tenho sede, Mais o deserto me cerca, Árido chão, minhas mãos calejadas, Tenho suor e sal, Toda vida em poucos minutos, Reflete-se em meus pensamentos. Você coseu sonhos, Preparou o pão, Bebeu meu vinho, Deitou-se em meus braços, assim. Fizemos um poema. E o meu cansaço descansou, E a minha vida apeou, vou sonhar.... Autora Liê Ribeiro paz e luz
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Traga um copo Tenho sede Traga a vida Tenho a morte... Sorte é que a vida Nunca acaba, vagueia... Traga a palavra Tenho a boca Traga O silencio Tenho o canto Traga o amor Tenho o coração E se os enigmas Não te fazem sonhar Traga a poção mágica. Que eu te ensinarei a amar.... Autora Liê Ribeiro paz e luz
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A chuva Vira uma tempestade de pedras Que calamidade O céu escureceu A vida se encolheu. Um milagre apenas Curará as almas humanas A chuva rompe e maltrata. Quem sempre maltratou a natureza. Pura falta de amor dos seres alienados Inanimada ilusão Que podíamos tirar do mundo Todas as riquezas... E nada pagaríamos. O preço Tem sido muito alto Que planeta, Deixaremos para as crianças? Quem eles exterminarão primeiro? Choro pelo meu filho... Que no seu autismo. Será o primeiro a ser eliminado... Qual força ele terá? Para vencer a luta pela água? Pela escassa comida... Pela falta de ar? Qual arma ele pegará? Ele somente vive pelo estado de estar... Sorri e canta sua vida escondida... Uma carta numa garrafa Alguém encontrará e lerá: Tudo era belo e simples! Havia estrelas cadentes Havia luas e suas faces. No principio de todas as coisas. Uma evolução que se perdeu... Pois criamos tecnologias E perdemos a cidadania... Mas havia um tempo, Do andar de mãos dadas, Dos sonhos e água pura Das cach
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Vamos sorrir Do que? Oh! Dura vida, Mole coração Chora e deságua dores... Vamos brincar filho Você se veste de normal Eu me finjo de duende... Que loucura será viver assim. Vamos cantar... Que musica? Talvez aquela Que te fará sorrir... Há quanto tempo Eu não te via chorar. E que choro doido, filho... Mas como é linda sua lágrima Como me dói saber que é de tristeza Incoerência do sentir... Com você é sempre assim... O que é normal para ti é mistério para nós. O que é mistério para ti... Estamos sempre do lado de fora... A espreita para te alcançar além do mar... Nesse oceano que carregas dentro do peito E que às vezes te afoga em medos e angustias Tão distante de nossa frágil compreensão... Mas vamos seguindo Pedindo que o destino Contemple-nos com a paz Para que você envelheça. E um dia eu parta confiante. Que em alguma galáxia Eu irei rever esse teu lindo olhar... E naquele abraço que faltou. Seguiremos por outra alameda, Quem sabe você me contando Como foi seu aprendizado E eu dizen
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Eu não gosto de sabores ácidos... Eu não gosto de olhares que se desviam... Eu não gosto de pesadelos em noite solitária Mas não vou sofrer, por algo que não posso derrotar... Vencida, arreio meus sonhos... Quem sabe um dia alguém o realizará... Eu não gosto de dias de densa neblina Nela não posso observar o horizonte... Vencida, arreio minhas expectativas. Há dias que nada funciona... Perco as chaves, perco o pensamento. Em algum momento que já passou... Eu não gosto de nostalgia... Ela é a prova nítida que o presente está vazio Vencida, arreio meu coração. Num baú do meu peito Para guardá-lo seguramente... Para que um dia ele volte a amar... Eu não gosto de estar assim, Tão cética, sem sorriso. Mas não vou sofrer Pela guerra que eu não posso vencer... Guardo a farda, Visto um poema, Não há lágrima, nem descrédito. Apenas a realidade que se veste de madrasta E me cobra, vá, segue seu caminho... Gostando ou não a vida continua.... Autora Liê Ribeiro
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O sol sairá, sempre... As manhãs sempre nascerão... É por isso que vivemos. Pelas tardes ensolaradas Pelas noites estreladas, Pelas flores de primavera, Que em nosso jardim imaginário brotam. É pelo amor que ainda chegará Que as cadeiras vazias Esperam na varanda. É tão simples o querer De quem ama... Uma palavra rebuscada, Um olhar que brilha. O mar batendo nos rochedos É assim o coração de quem ama, E o amor revigora, regenera e cura! O transforma a pedra bruta Numa gota de orvalho... O meu querer por esse amor, espera, O meu querer por esse sonho, dorme! E esse querer feiticeiro me acalenta... Aconchega-me e me faz existir! Autora: Liê Ribeiro
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Declaração ao amor demais! Queria fazer-lhe uma declaração de amor, Mas o coração não declama, sente! E a cada momento ao teu lado É um eterno aprendizado... Há neve, há calor, há flores, há espinhos. Há sonhos que jamais morrerão.. E o poeta não declama, escreve, E se atem a declarar o amor Entre estrelas e nuvens. Recita baixinho Para apenas alma ouvir... É pequeno o poema que a ti ofereço Declaração ao amor demais, Amor de curtas estrofes e sem rima. Mas repleto de sentimentos Que emergi das profundezas do meu ser... Para te escrever: Declaração ao amor demais! Autora: Liê Ribeiro paz e luz
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Devolvam-me a minha vida, Faz tempo que não respiro Pelo prazer de existir... Devolvam-me as perspectivas Plantadas há tantos anos atrás. Quem disse que teria que ser assim? Dia após dia, tentando vencer. Todos os monstros que nascem Da nossa própria limitação... E aquele velho sonho, calcificado. Que nunca chegou a ser real. Nenhum sonho deveria morrer Dirás que foi fraqueza minha. Falta de perseverança, Confesso, eu fui medrosa, Os redemoinhos do destino Levaram-me para bem longe Daquilo que desejei... Dirás que não desejei fortemente, Mas minha vida não se costura Nas teorias dos livros de alto ajuda. Somente a mim caberá julgar... Aonde falhei, porque parei... Mas se vocês encontrarem A minha vida por aí... Por favor, devolvam-me. Quero dar-lhe mais uma chance de viver! Autora Liê Ribeiro paz e luz
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Ele voltou a sorrir, Mas seu sorriso Parece uma saída Para um mundo Que não pertenço. Ele voltou a caminhar Sem sair do lugar Num balanço repetitivo Como se navegasse No alto mar da sua solidão... Ele corre em círculos. Como se levitasse Em volta do seu próprio mundo... Ele deita e olha o céu estrelado Seus olhos se perdem, Talvez numa galáxia Além do universo desses versos, Ele fecha os olhos E uma lágrima caiu fugidia, Mas seus lábios ainda sorriem... Incoerência da mente e do coração... O que ele recorda? O que ele busca além das estrelas? Fico ali, quieta e pensativa. Penso nesse poema, que lhe dedico. Esse poema nasce Da nossa aquiescência. Ele busca a minha mão, aperta e sorri. E assim adormecemos! Autora Liê Ribeiro Mãe de um rapaz que está autista!
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Poema para meu filho Gabriel! Se eu pudesse Eu te levaria Para o alto de uma montanha, E de lá, nós veríamos; De longe tudo aquilo Que nós não queremos viver... Um amontoado de gente... Individualizando-se para sobreviver... Se eu pudesse... Eu te protegeria, Das incoerências coletivas Que vemos destruir o mundo a cada dia... E no topo da montanha Construiríamos um castelo De vida simples, de modos simples. De sonhos plausíveis... Um riacho e uma cachoeira, Um céu e suas estrelas, Uma terra produtiva, Uma lua refletida nas águas... A! Se eu pudesse, Eu reverteria o som dos ventos Eu te daria todo tempo... Para recuperar as horas E o vazio dos momentos... Se eu pudesse Eu Guardaria seu sorriso Evitaria suas lágrimas. E teria o poder de fazê-lo feliz... Autora Liê Ribeiro Mãe de um rapaz autista!
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Meu coração está em pedaços, Pois não pude secar as lágrimas Do coração do meu filho, Somente as lágrimas que escorriam Dos seus olhos e chorar junto.. Não pude prometer um mundo compreensivo, Apenas dedicar-lhe o meu tempo, quase que exclusivo. Meu coração vive seu lamento, Pois as lágrimas do meu filho eram sem palavras. Numa confissão dolorida da alma, De um espírito que preso à matéria Derrama seu pranto... A! Que universo perverso, Dá-me o dom do verso, Mas deixa-me impotente diante de suas lágrimas... A! Como me dói, não compreender a tua dor... Como eu gostaria de aliviá-la Transferi-la para minha alma, Meu coração derrama rios. Não posso reverter essa angústia, Não posso mudar o pensar pequeno das pessoas... Mas fugir para dentro de si mesmo... Será uma dor retomada... Vicejemos algo maior em algum lugar... Sonhemos com flores e folhas Pensando melhor... Chore meu filho... A lágrima é a pura expressão do sentir, Amanhã com certeza riremos do hoje, Mas saiba que em mim dói mais
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Alivia-me ó poesia, Espero ansiosa Pelo por do sol, Não posso ficar parada... A vida voa, Com suas asas longas... Sombreando o mundo Em sua decadência, Choro, lágrimas acidas... Dói-me tanto, O grito das crianças tristes Pois elas gritam com os olhos, Buscam um horizonte Que nunca, nunca chega. Perdoa-me, Minhas mãos estão vazias, Minhas ilusões quase mortas. Fantasias, que criávamos. Numa infância já envelhecida pelas horas... Simples a vida dos anjos, Tão inóspita a vida dos seres... Quero a incoerência dos sonhos, Quero forrar meu coração De milhões de estrelas cadentes Quero o amor ditando as regras. Que inexistem. Quando amamos de verdade, Pois quando amamos de verdade Fazemos da noite uma manhã clara, Fazemos do sol uma lua pintada, Criamos pingos de orvalho Em um jardim imaginário, E recriamos uma nova forma De viver, Por alguém, por nós, até pelo anjos... Autora: Liê Ribeiro