Às vezes sou insensata,
Muitas vezes incoerente
A mente e o corpo...
Qual irá falir primeiro?

Às vezes te acho um sapo...
Muitas vezes um príncipe
Que alguma fada beijará e acordará...

Às vezes te imagino diferente...
Às vezes te quero assim...
Sei que a loucura é a irmã
Mais velha da sanidade...

Às vezes as palavras
Confundem-se com o meu pensar
Formar frases, formar a lógica.
Aonde as linhas parecem-me
Uma onda a romper meu sentir...

Às vezes você me olha,
Em outros momentos, você me ignora...
Não entendo essa sua roda gigante...
Dá-me vertigem e medo...

Mas às vezes eu vibro com seu cantar...
Sua vida lúdica e tão simples.
Comer, beber, dormir...
Às vezes me pego observando sua vigília.
Seu semblante calmo.

Imagino e se ele acordar
E me contar dos seus sonhos
Quando? Como?
Um amor deixado para trás
Uma alma presa ao corpo...

Às vezes fraquejo e choro
Torrentes de desejos
Que não dependem apenas de mim...
Mas às vezes, quase todo tempo.
Agradeço e ao seu lado sou feliz!

Autora
Liê Ribeiro
Mãe de um rapaz que está autista!

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