Não há nos templos de concreto
Nem nas igrejas a verdadeira fé...
O sacrifício da matéria
Em intuído da alma...
Estúpida percepção do espírito.

Não há fé sem desprendimento
Sem sentimento de amor...
Não há fé, com segregação...
Os que pregam a separação
Dos seres pelo poder do dinheiro.

Não, não há fé, sem os pés no chão...
Sem o lamber as próprias feridas
Receber em seu leito a consciência
Que somente o poder do amor
Pode suplantar as armas...
E o luxo frio e a mesquinharia...

Não há fé sem o estender das mãos
O sonho, sonhado para fazer o outro feliz...
Não, não há fé na palavra decorada.
Nas frases interpretadas para enganar...

Não, não há fé nos milagres forjados.
Para contentar os desavisados
Que todo ensinamento passa pela dor,
Nem toda dor passa pelo ensinamento...

E que é tão supérfluo crê
Em um Deus milagreiro
Do que no trabalho do obreiro
Não, não há fé sem humildade.
A caridade sem prepotência...

Não há fé na arrogância das recitas
Composta para massagear o ego
Daquele que espera do outro
O que existe apenas em si mesmo...

A fé é uma Maria cheia de graça.
Uma mãe cheia de luz
Um respeito pela diferença
Um colo sempre atento
O respeito pelo universo,
Pelo mundo, pelo outro,
Por um Deus etéreo e sem Dogmas...

Autora
Liê Ribeiro

Paz e luz...

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