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Mostrando postagens de outubro, 2013
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    Admiro Seu semblante de paz Admiro Sua tentativa De estar aqui... Mesmo Às vezes Eu mesma Querendo fugir E me refugiar Em tua pessoa Tudo exatamente Como deve ser Nem menos Nem mais O copo e a sede A fome e a comida A vida e a morte Do que precisamos? Pouca coisa... Algo onde nos abrigar Uma palavra curta e certeira Um caminho De poucos atalhos Um dia sem muitos atropelos Tudo irremediavelmente Segue seu curso... A! Como seria bom Limpar a maldade da humanidade Visitar alguém só para matar a saudade Tantos que vão embora E nem percebemos o quanto eram importantes. Nós chegamos sozinhos E sozinhos vamos embora A plataforma do outro É a mesma da nossa partida Mas na verdade O que me alivia a dor O que me faz crer no eternidade do amor É esse seu olhar tão puro... Autora Liê Ribeiro Mãe do Ga

Oração ao Poema!

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Sempre procuro na brisa O aroma da poesia Sempre desejo Que as emoções não morram. Mesmo cansada De ver tanta incoerência Entre a palavra e os atos Ainda assim acredito no humano Vencendo a si mesmo para ser Ao invés de somente ter... E o que temos? Nus e frios Nada, nada carregamos. Essa dor da perda Quem irá diminuir Somente nós mesmos... Perder é aprender ganhar Ganhar é algo de subjetivo Porque empatar com a vida É o vazio... O mundo é dos vencedores Do que mesmo? Mal cabemos em nós mesmos Mal sabemos para aonde iremos... Mas vamos... Repara como tudo É terrivelmente frágil A mente, o corpo, nossa alma. E tudo que nos cerca.   Repara como a natureza é intensa Se quiser nos expulsa do mundo Mas a natureza é perfeita Não condena Deixa para nós a incumbência de nos destruirmos Que pena, queria tanto. Que todos nós fossemos perf

Poema para Gabriel!

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Não vou traduzi-lo Prefiro senti-lo Em cada sol que se põe Imaginar Que o mundo Acordará mais humano. Esperar O desabrochar De sua alma Essa matéria Em dura e constante Provação. A felicidade Não se explica Senti-la por um segundo que seja Que dadiva. De tudo provar O amargo e o doce Voar e se arrastar Vejo-te num casulo Que um dia  romperá As próprias barreiras E voara alto, tão alto. Que só quem tiver Asas no olhar Poderá enxergar... E quando isso acontecer Deixa-me em suas mãos segurar Quero muito com você voejar... Autora Liê Ribeiro Mãe do Gabriel/autista.
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    Hoje mais que ontem Precisamos acreditar No brilho das estrelas Na imensidão do mar No jardim de flores Que haverão de nascer Em nosso caminho Não é fácil essa luta Nada será para sempre E o sempre é tão pouco Há tanto por fazer O som da chuva Que caí nos acorda Faz-nos mais fortes. Sorte? É para poucos Só o trabalho vale o suor O cansaço do corpo Não é o mesmo da alma. A alma se alimenta da paz, da fé. Observe o bem Da chuva, alma da terra. Observe o bem Da abelha produzindo o mel Como é perfeita a criação. Hoje mais do que nunca Precisamos acreditar Que venceremos essa luta desigual Do poeta contra o preconceito Esse conceito frio De que tudo é igual e deve ser assim Mas somos tão diferentes na igualdade Amar às vezes dói Mas não amar é pior Sigamos a voz do vento A nos levar para longe Longe da dor e da indiferença