Algo se quebrou...
Tudo um dia se quebra
Dentro de nós...
Trincados que se intensificam
Com o tempo...
Por que ter pena?

Nada retorna ao seu principio...
Tudo seque seu curso...
Queiramos ou não...
E se nós ficamos a beira do caminho
Que siga o mais esperto...

Aquele sobrevivente das tempestades
Eis o poema derradeiro...
Um desfiladeiro que nos jogamos...
E a dor está tão calejada.

Que nem dói tanto assim..
Passa o dia, passam as horas.
O que ficou?
Como dizia o poeta
De tudo fica um pouco...

De nós quase nada se aproveita
Quando finda a vida...
Afinal somos bactérias...
Em forma humana...

Sim é ácida a poesia,
Ironicamente dolente...
A mente que procura
Vestígios de lembranças
Da frágil felicidade
Que dura apenas alguns segundos...

Mas se há cacos por colar,
Que ao menos seja vagarosamente.
Com o cuidado de um restaurador.
Afinal alma que vos escreve
É uma alma de poeta a espera da alegria.
Quem sabe ela voltará um dia, quem sabe...

Autora
Liê Ribeiro
Paz e luz...

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