Eu ainda
Nunca sempre
Logo ali
É muito distante...

Eu sempre
Finita carne
Esse lamento constante

Um som
A silenciosa fala
O que buscamos?
Está na mata?
Está na cidade?
Ou dentro de nós?

Eu versejo
Um momento
Nunca vivido
Sempre esperado...

Nada é somente
Conta e genética
Provas palpáveis,
Há uma essência
Que pressentimos

Uma brisa que nos toca
Uma sutil alma
Que nos veste...

Eu anjo
Sem as asas
Pernas hábeis
Para correr o mundo...

Deixo o momento voar...
Deixo as horas seguirem
Pois não posso reter o tempo
Nem o que já vivi...
Posso reviver...

Mas há lembranças
Em cada canto,
Em cada passo
Em cada retrato...

Eu, desconhecida forma.
Um ponto qualquer na galáxia
Insignificante ser...
Em busca do eterno aprender...

Eu, sujeito quase gente.
Predicado do passado.
Um presente quase subjetivo
Um artigo em extinção...
Eu, futuro do pretérito.
Do indicativo do fim...

Autora
Liê Ribeiro
Paz e luz



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