Não tem importância
Nada tem valor
Quando nenhuma flor nasce...
E nenhum rio passa em nosso quintal.

Não me importa,
A porta sempre aberta
Nunca tenho para onde ir...
O mundo é grande demais...
Para meus passos...

Mastigo querelas...
Imagino aonde o mar nasce...
Todo oceano para navegar...
Mas piso em terra Arida...
Vida cansada...

Não passa essa sensação de dissabor...
Não tem importância
Se a ânsia de felicidade
Esbarra sempre na cerca da nossa limitação...
E repetentes da vida subjacente...
Carregamos o peso da insanidade...

Nada é verdade,
Nada é inteiro...
Tudo é metade
Falta a parte que nos completa.
A meta é a seta para o futuro...

Mas sempre estamos amarrados
Num ontem que parece viver
Para sempre dentro de nós...
Capítulos inacabáveis
De uma vida que nunca descansa...

Arrastando-nos para a margem.
Deixando-nos a beira do caminho
Quem nos achará?
Não tem importância
Pois há dias que nada realmente.

Enfeita-se ou é valioso
Afinal somos passiveis
De ir até o fundo poço
E de lá aprender a emergir...

Sobreviventes ou indigentes
A cada tombo seremos
Sempre aprendizes...
De dias sem importância...

Autora
Liê Ribeiro
Paz e luz

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