Cavei sonhos...
Cavei com minhas próprias mãos...
Queria esconder meus tesouros...
Aquela carta reveladora
Aquele anel milenar
Que sempre nos unirá...

Perdoa, fui passear por terras geladas.
Voltei...
Vi tudo mudado,
Seu olhar por entre a vidraça...
Embaçada de tanto chorar.

A carruagem a te anunciar
A lama, a dor, a fome, a espera.
Tudo é eterno, quando esperamos...
Mas espere mais um pouco...

Preciso me localizar...
Preciso me recuperar
Não vá embora...
Nem se desespere
Minha neurose é passageira...

A poesia sempre foi minha mensageira
A fiel medida de minha loucura...
Delírios de lírios e nuvens...
Preciso recompor minha face
Ela mudou com os anos....

Mas minha alma já velha.
Espera por ti e te abençoa.
Apregoa esse amor infinito
Que nos remete ao passado
Que nos entorpece no presente
E cria uma esperança para futuro...

Nada mudará a história
Nem apagará o que foi vivido
Mesmo a maior mágoa
Vencerá a grandiosidade desse amor...

Sucumbi à mente
Resiste o coração
Envelhece a razão
Transcende o lúdico...

É assim que me vejo
Uma forma sem traços
Uma luz sem artificialidade
Um ser a aprender, sempre....

Autora
Liê Ribeiro
Paz e luz

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