
Em primeira mão,
Eu acordei do pesadelo
Amanheci perfeito...
Falei pelos cotovelos
Vi um mundo medíocre
Mas o achei tão belo...
Rosas, poucos jardins.
Muita pedra, muita indiferença.
Mas eu achei bonito...
O céu de um azul que eu não conhecia
Uma nuvem cinza de poluição
Que eu sempre respirei.
Em primeira mão...
Eu acordei de mim mesmo...
E vi o quanto nada perdi
As pessoas se esbofeteiam em minha frente
Correm e se empurram o tempo todo...
Mas em primeira mão,
Eu despertei da inércia
Ou seria de um mundo paralelo e belo...
Coragem, o cavaleiro sem armadura.
Quase morre nas mãos dos espertos...
Uma estrada sem volta.
Um olhar sem luz...
Em primeira mão
Eu sou de mim o que eu não conheço
Eu serei o que querem que eu seja
Eu vou agora, vestir a pele da perfeição.
Talvez ela não sangre, nem desfaleça.
Talvez me caiba direitinho.
Queria um cantinho em que eu pudesse relembrar
Dos tempos idos aonde o sorriso nascia puro
E os dias pareciam lúdicos...
Em primeira mão, eu quase sonho.
Eu quase vivo eu quase sou gente.
Autora
Liê Ribeiro
Mãe de um rapaz autista.
Eu acordei do pesadelo
Amanheci perfeito...
Falei pelos cotovelos
Vi um mundo medíocre
Mas o achei tão belo...
Rosas, poucos jardins.
Muita pedra, muita indiferença.
Mas eu achei bonito...
O céu de um azul que eu não conhecia
Uma nuvem cinza de poluição
Que eu sempre respirei.
Em primeira mão...
Eu acordei de mim mesmo...
E vi o quanto nada perdi
As pessoas se esbofeteiam em minha frente
Correm e se empurram o tempo todo...
Mas em primeira mão,
Eu despertei da inércia
Ou seria de um mundo paralelo e belo...
Coragem, o cavaleiro sem armadura.
Quase morre nas mãos dos espertos...
Uma estrada sem volta.
Um olhar sem luz...
Em primeira mão
Eu sou de mim o que eu não conheço
Eu serei o que querem que eu seja
Eu vou agora, vestir a pele da perfeição.
Talvez ela não sangre, nem desfaleça.
Talvez me caiba direitinho.
Queria um cantinho em que eu pudesse relembrar
Dos tempos idos aonde o sorriso nascia puro
E os dias pareciam lúdicos...
Em primeira mão, eu quase sonho.
Eu quase vivo eu quase sou gente.
Autora
Liê Ribeiro
Mãe de um rapaz autista.
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