Amedronta-me a falta de humanidade
Aquele passeio no parque...
Aquela mão acolhedora...
Angustia-me, a falta de harmonia.
Entre o que se quer e o se poderia viver...

Um copo de água.
Uma boca faminta
Uma dor latejante, a morte.
Sempre será um alivio para quem foi esquecido...

Num asilo qualquer...
Num orfanato qualquer...
Que humanidade é essa?
Que violenta suas crianças
Que esquece seus velhos...
Que acorrenta seus especiais...

Não quero falar,
Não quero ouvir nada
Ele vai e volta
Num passo repetitivo...

Amedronta-me a falta de perspectiva
Em seu olhar distante...
E ele vai e volta
Como se medisse o tempo...

Mas a felicidade não se treina
Se sente, se expressa.
Em momentos muito pessoais
Em conjunturas futuras e presentes...

Mas sua memória não é de fatos ocorridos
Sua memória é de coisas concretas e frias...
A como dói, o esquecimento do colo macio.
Do amor gravado nas estrelas....
Mas há vida em sua fisionomia
Mesmo na incompreensão do mundo a sua volta...

E o som e a melodia
Nessa manhã fria...
Força-nos a despertar
Corpo e mente.
E um coração carente...
Desse amor subjetivo
Tão cheio de mistérios...

A! Se a vida nos cobrasse menos
Se o destino fosse menos cruel.
Terias tempo de acordar...
E eu teria pernas para te alcançar...

Autora
Liê Ribeiro
Paz e luz...

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