
Eu amo a poesia
Vasta dor que lateja
Eu a sinto mesmo
Não sabendo escreve-la
Falta-me retórica
Mas o sentir não tem limites
A Concordância...
É a ânsia que se veste de mim...
A nudez da alma
É escrita na palma da mão
Linhas e o destino traçado
Cumpram-se os desígnios
Não apaguem as estrelas...
Não amedrontem a cotovia
Eu preciso do dia
Florbela...
Preciso dos pingos de orvalho
Alguma melodia...
Preciso lavar a lágrima
Beber meu chá de azevinho
Pegar minha nau...
E seguir de encontro a Pessoa
Contar das vidas passadas
Das horas retidas em meu olhar...
A! Como eu amo a poética de amar..
Mesmo que a sombra do meu espectro
Vague pela escuridão...
Nenhum poeta escreve a lógica
Alma irascível, o mel e o fel.
Provaremos nessa nossa trajetória
A mente não deve ser somente intelecto...
Pois sem a beatitude, a vida não tem valor...
Passa tão rápido na roda do tempo
Mas mesmo que ninguém me note
Nessa correria do dia, mesmo assim.
Sempre amarei a poesia!
Autora
Liê Ribeiro
paz e luz
Lembrei dos versos de Drummond:
ResponderExcluirGastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
Algo sempre se perde na transposição...Monte de palavras embaraçadas, monte de coisas engasgadas. De qualquer forma, escrever é catarse, espasmo, orgasmo, seja o que for, faz bem.
Bjos e ótima semana