
Há dia que tudo é por demais; igual.
Aonde nada acontece para nos despertar
Da inércia real...
Há dia que se um raio atravessa-se o céu
Despertar-nos-ia para o sonho.
Porque o sonho deve ser raro?
Porque a raridade de uma ametista
Não crava em nós aquele olhar...
Porque passa a vida, malfazeja.
E sem sabor...
Que logo ontem provamos
Às vezes precisamos dos gritos dos ventos
A levantar-nos desse chão frio...
Às vezes precisamos acordar do medo...
E viver, viver...
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Se prestar atenção
A melodia é sempre
Vestida de poesia
E se você parar os sentidos
Poderás apreciar
A poesia dita e cantada
Eu preciso hoje dessa relutância vadia
Preciso da voz da Bethânia
A vazar minha alma...
Para que eu não me sinta tão triste.
E se me sentir mesmo assim carente
Que em mim a angustia seja passageira
Essa a voz em meu peito faça bater o coração...
A poesia cantada e dita...
Cada poesia de um poeta qualquer
Mesmo que eu não entenda a recita
E em mim se perca a ortografia
Para sempre viverá em mim a poesia.
Autora
Liê Ribeiro
Paz e luz
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