Dói-me a recita.
Mas tenho que resistir.
Quantos sentimentos perdidos
Quantas vezes eu fui e voltei...
E nada me fez parar...

Quero dançar, quero flutuar...
em nuvens brancas...

Porque me condenaste ao calabouço?
Os meus mais puros sentimentos eu doei...
Mas a vida faz dos nossos sonhos
Árduas horas reais...

Lida e luta, luta e lida...
Sem um colo para repousar
Sem a essência da poesia...
Que dureza é viver...

O que pode nos inspirar?
Ó imenso oceano, ó céu de duras nuvens
Alivia esse frio...
Aqueça esse corpo...

Faça-me parar de pensar e repensar
Todas as possibilidades que às vezes são perdidas
Dura lição o sofrer nos ensina...
Tantas falas, tantas pessoas e somente a solidão
Faz-nos companhia...

E aquele velho navio perdido em alto mar...
E nenhum olhar conhecido
E a moça vaga sozinha pela areia...
Olha eternamente para horizonte
Em busca do sol que se põe.

Mas que ironia do tempo,
As marcas deixadas jamais
Do seu coração desaparecerão

E a dor alojada em seu olhar
De novo voltará...
Sonha moça, quem sabe a maré
Traga os sonhos perdidos de volta, quem sabe!

Autora
Liê Ribeiro

paz e luz

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