Eu ouço o silencio...
Sim ele diz frases desconexas
Ele sussurra baixinho
Em meus ouvidos:
Não há lógica na vida
Tudo é inventado...
E o pecado
É uma questão de consciência...
A demência e a cura da coerência
Nenhuma receita pronta...
Nos salvará da solidão...
Quando deliramos vivemos...
Quando esquematizamos, morremos...
Eu ouço a voz do tempo...
Sim ele me cobra ações...
Ele rabisca em mim todas as marcas...
E quando pensamos que ganhamos, perdemos...
Quantos ainda deixaremos a beira do caminho!
Sim, tínhamos escolhas, mas nos acovardamos...
Troco-me, eu preciso seguir
Pegar o velho antigo trem...
Esqueça, hoje é aquele dia atípico.
Onde todas as coisas estão fora do lugar...
E a dor arrancou um pedaço do meu pensar...
Fragmentos, se não forem colados
Logo se perderão pelas frestas do nosso desejar...
Que pena!
Por amor vestimos outras peles
Por amor nos culpamos
Por não transformá-lo em uma rocha
A nós proteger das tempestades...
E esse frio que é de vida.
A ponte em ruínas...
O castelo sem as janelas...
Pereceu nas lendas...
Nada preencherá um coração vazio...
E o silencio que diz tudo, me faz chorar...

Autora
Liê Ribeiro
Paz e luz

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