
Fragmento de Poeta!
Às vezes a gente se pergunta Por quê?
E os porquês se multiplicam...
Buscamos no ontem
Os motivos para solidão de hoje...
Às vezes tantas perguntas
Nos afoga em prantos...
Porque vivemos pelo momento, somente?
Porque as sensações passam?
Porque a secura da boca nunca umedece?
E esse ponto interrogação em nossos olhos?
O Doce e o amargo de viver...
Chega de pensar e sofrer...
Chega de questionar o inquestionável.
Devemos seguir, e que seja em linha reta...
Nada de frio da eterna pedra do passado...
Nada de vagar em busca de calor e afeto...
Nada de perguntar o que há além da montanha
Estou naquele instante do tanto faz,
Mas não é verdade que não sinto...
A luta vem calejando minha alma
Não temo mais que a brisa do mar me tome.
Que meus pés descalços sintam a terra que me receberá...
Sem a alma nada me vale ter vida...
O Pai dos pecados, com certeza me perdoará
Por tal injuria, no momento de fúria...
Sim sou a tempestade que varre a coerência...
Vago pela neve do esquecimento
Que vai apagando os vestígios do que eu fui...
E na verdade nunca fui nada e nada serei... Passarei
Como tudo passará, tal é a lei...
Autora
(Liê Ribeiro)
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