A! O que fizeste comigo?
Cobriu-me de sombras
E depois abriste uma janela...
Dói-me a luz do sol...

E as regras e os regrados...
A! De perto meu filho
Ninguém é normal...
Eu sei que você me testa todos os dias...

Às vezes acho que não conseguirei...
Outras eu acho melhor deixar como está...
Nesse sentir paralelo,
Confesso...
Às vezes eu gostaria que fôssemos invisíveis...

Nada de olhares tortos.
Nem de risos tolos...
Nada de mundo a nos julgar...
E se tivéssemos a formula da felicidade
Decerto, você a sentiria sem culpa...
E se eu pudesse lhe daria sem maculas...

Nada te atingi, a não ser a falta de amor...
É do instinto, o aprender confiar e se deixar tocar...
E quando num abraço apertado
Eu sinto seu coração acelerado
Eu sei que apesar da minha aspereza...
Você confia em mim...
E no limiar das nossas vidas...

Você aprenderá a compreender
Essa confusão que é o mundo a sua volta
Mas o que a mãe gostaria de verdade...
Era que mundo simplesmente o compreendesse...


Tudo pode nada pode
Nada é permitido, tudo permissivo...
Eu não me encaixo na realidade dos pensares...
Eu sofro por você e por mim...

Mas também confio e jamais desisto
Sabe por quê? Além de mim...
Seu sorriso sincero, seu jeito menino
E a poesia que sempre te oferecerei...

Autora
Liê Ribeiro
Mãe de um rapaz autista!

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