Uma enxurrada de sentimentos...
Escorrem pelos nossos olhos
Devo cavar bem fundo e enterrar minha dor...
Devo escavar e buscá-la lá no fundo...
Mostrá-la ao mundo?

Existem momentos,
Em que todo vazio parece
Um buraco sem fundo...
Por onde todas as coisas caem e se perdem...

Você anda por ruas e as pessoas parecem
Indiferentes a sua dor...
Afinal, a tanto por fazer por si mesmas
Nem a pluralidade do existir cabe nessas linhas...

Todo dia é o mesmo dia...
Cabe a nós fazer do dia, aquele dia?
Aquele que decidimos limpar as gavetas
Aquele que decidimos cortar os cabelos...
Esquecer que temos deveres
E nos dar alguma utilidade própria...

Quem é essa pessoa no espelho?
Às vezes nem nós nos reconhecemos...
E queremos que as pessoas nos enxerguem...
Ver, não é enxergar...
Olhar não é exatamente ver...
Parece conversa de louco.
Mas a subjetividade é insana...
A normalidade é chata e insípida
Não tem sabor de algodão doce...
Nem nos faz sonhadores inatos...

E a loucura posta à prova...
É acreditar na felicidade
Mas quem realmente conheceu a tua face?
Quem a procurou realmente dentro de si?

Àquele instante especial...
Mas nunca há tempo...
E o tempo nos engoliu...
E o que você esperava ler hoje?

Todas as declarações são ilusórias
E a disputa de quem sofre mais
Faz de nós simples seres falíveis
Perdedores de um precioso tempo...

Que mais tarde,
Já na aurora das nossas vidas
Toda amargura do arrependimento...
Do que poderíamos fazer e não o fizemos...

Pura ignomínia do existir como predadores
Dos nossos melhores sentimentos...
E os melhores às vezes nós esquecemos em ofertar...
A! Como o amor deveria vencer a tudo...
A! Como amor deveria subexistir a toda dor...
Ser o modificador de toda mazela humana...

Autora
Liê Ribeiro
Paz e luz










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