Todo poeta é egoísta
Escreve dos seus sentimentos
Esperando encontrar eco...
No coração dos humanos...

Todo poeta gostaria
Das coisas simples
Na simplicidade das horas
Esperando a vida apenas ser vivida.

Sem aflições ou ambições fúteis...
Mas a futilidade não é mais exceção
É regra para se viver
Na superficialidade do ter.

Sim, todo poeta é complicado
Vê fantasmas mil, vê sombras.
Vê dores, e as sente como quem vai morrer
E morrer para o poeta é a sua liberdade.

Doses de melancolia saboreadas em gotas...
Todo poeta é triste, nunca infeliz
A infelicidade cava maldade, descrê,
Mofa o lado bonito do seres...

Mas a tristeza é pela humanidade
Dura, preconceituosa, rançosa
E cheia de disputas inúteis
A inutilidade do sentir,
A crueldade do porvir,
Lanças que atravessam o peito do poeta.

Quantos andando pela rua, vês?
Quantos tendo a palavra
Numa recita de anjos, ouves?
A falta de um poema doce,
A falta de um poeta sorridente
De poetas povoando a terra...
Faz do mundo um lugar árido.

Todo poeta, talvez soubesse
Que a morte do sentir viria
Que o prazer pelo poema findaria
Que pena, que pena...

Autora
Liê Ribeiro
Paz e luz.

Comentários

  1. Oi Liê!
    "Sim, todo poeta é complicado
    Vê fantasmas mil, vê sombras.
    Vê dores, e as sente como quem vai morrer"

    Adorei essa parte... E bota complicado nisso! rsrs

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