
Espero-te ansiosa, Primavera
Os dias contados em pétalas.
Espero-te na varanda imaginária
De uma vida seca e Arida.
Dessa cidade cinza...
A! Como te espero,
Provando do ar irrespirável...
De folhas mortas, de árvores arrancadas...
Uma sensação de tristeza e aflição
Pois os ipês precisam florir...
As rosas precisam perfumar o jardim...
Os miosótis precisam enfeitar as janelas...
Mas o mundo cinza de ganância burra,
Arranca da terra a beleza do simples
Resista doce Primavera,
Os dias precisam florescer de novo...
Dama noite, por onde andas?
Seu aroma, anunciando o despertar da lua...
O piscar das estrelas, as noites de primavera...
Os dias primaveris das nossas existências...
Vai distante a poesia das águas, das flores,
E o amor plantado em raízes profundas...
Lindo jequitibá, forte jacarandá...
Não vestimos quimeras,
Nem cumprimos o prometido.
Perdemos o prumo, corremos na lida...
Mas se há ainda na terra a esperança...
Que estação bela, a doce Primavera...
Autora
Liê Ribeiro
Paz e luz
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