Não diga que o tempo não apaga a memória
É mentira...
As pegadas se dissolvem na areia das horas...
As vezes uma foto amarelada,
Nos faz lembrar de algum momento



Mas de todos os momentos,
Ficam apenas os vestígios
Do primeiro beijo,
Do primeiro calafrio...
Toda uma vida para desvendar...



Mal sabíamos que a vida se abrevia.
Sua eternidade não é de matéria.
Sim, a poeira do tempo cobre as digitais...
Leva os nossos entes queridos.
Mas havia tanto por falar
Tanto para dividir, acrescentar, perdoar...
Fica para próxima vida.



Do que fomos, das coisas que sonhamos
Ficam apenas os nomes,
Alguns nem lembramos mais...
E a luta é para continuar...
Mas perceba como nós ficaremos esquecidos
Um dia também...



Mas da escrita, nem o poeta escapa...
O brilho do amor nas estrelas..
Uma vontade inquietante de se redescobrir...
Quanto tempo não escrevo
Das noites de lua cheia, dos sonhos perenes
Das musicas lentas em noites de paquera
E da simplória manhã de outono...



Mas tudo pertence ao passado,
Lutamos hoje, para que haja,
Algum sentido em nossas vidas...
E se a vida é somente um trem sem parada
Que lutemos para sermos felizes,
Acreditando em papai Noel
Em mundos além do mundo
Na vida eterna, amém...



autora
Liê Ribeiro
paz e luz...

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