Quem foi você?
Havia há muitos séculos
Duas almas perturbadas
Uma queria a paz do seu quarto
O outra se apaixona pelo proibido
Que mundo distante a terra dos pequenos.
Os sonhos e o sol que nunca nascia
Frio e solidão, perseguiam aqueles seres
Mas a dureza dos atos.
Não condizia com o amor em seus corações.
Porque tanta ventania?
Porque a neve nunca derretia
E eles nunca podiam passear?
Nem conversar a beira do rio
Ele nunca falava,
Ele nunca dizia o que passava
Em sua mente frágil...
E a vida lhe parecia
Por demais, pesada
E sua fraqueza o fazia
Corromper o corpo...
E a ilusão da bebida
E o desejo de um amor eterno
O levou numa tarde chuvosa
Nenhuma palavra lhe alcançava
Doce menino, irascível...
Seu olhar já a muito confuso.
Seu talento perdido,
Seu desejo de vida
Tudo se findou naquela tarde.
E todas as vozes se calaram
E todos os anjos choraram...
Mas um dia o menino voltará
Vestirá o manto do perdão
Correrá a campina,
Amará e será amado
E sua outra alma
Já envelhecida.
O receberá em cântico
Atravessarão a velha ponte
E para casa voltarão
E lá uma pequena chamada Cath
Na varanda estará esperando...
Autora
Liê Ribeiro
Mãe de um rapaz autista.
O manto do perdão recai sobre todo aquele que observar seus erros e quiser tentar novamente.
ResponderExcluirSão muitas almas tentando a redenção, e não devemos esquecer as que ficaram para trás e as que desejam de novo amar.
E a pequena Cath, mais uma vez esquecida no seu canto poderá então fazer parte de algo.
Que o menino aprenda a suas lições e sempre renasça perto de nós.
Nossa alma sabe de todos que realmente a nós estão ligados pelo passado, e aqueles que apenas passaram ou passarão, não há maldade nisso, somente uma constatação,empatia,aquela sensação de prazer em estar ao lado. Assim é a vida.
ResponderExcluirAs vezes a outra Cath quer impor seres que somente á ela pertecem por resgate, e muitas vezes pergunto porque? Não há o que perdoar, somente desejar que sejam felizes.