Nunca, nunca perca esse sorriso,
As lágrimas são necessárias
Para limpar nossa alma.
Mas nunca perca do seu rosto, o sorriso...



Não feche a porta de o seu pensar
Deixa a vida nela entrar...
Aprender dói em todos,
Essa forma só sua de ser...


E eu tenho vontade de gritar,
Deixa-o livre para ser ele mesmo
Ainda que o que  ele é...
Não seja aquilo que está prescrito
No manual do ser humano...


Rasguem o preconceito
Não enterrem o sujeito
Para ressuscitarem o objeto...
De perto quem não tem defeito?
De longe toda sombra é igual...


Detesto a seletividade
A regra que precisa ser para todos
Linha após linha.
Vida após vida, pura utopia...

Não vamos gastar nosso tempo
Tentando provar o obvio...
Adoro quando ele canta


Com sua fonética toda torta.
Adoro quando fazemos dueto
E seus olhos brilham
E eu nos acho dois peixes fora d’água.


Mas eu adoro quando do nada
Ele me pede um abraço
E me beija e saí correndo
Afinal precisa, voltar para seu espaço...


Na verdade o que sempre
Guardarei em mim...
E levarei para qualquer lugar que eu for
Esse seu lindo sorriso, sol para minha retina!


Autora
Liê Ribeiro
Mãe de um rapaz autista.

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