Muito prazer,
Desconhecida forma de ser
Nessa vida, que não é nossa
Nós vamos seguindo
Passos e pé...


Admiro sua busca...
Tesouro tão bem escondido
Dentro de si...
E eu vou escavando bem devagar.


Um gesto; e eu me deixei levar.
Um olhar essa é a pista
Para eu te reencontrar
Já vivemos num estado,
Latente de irmandade.


Cobri teu corpo gelado
Pela lapide do passado,
E toda a tempestade tomou-me
Arrancando-me Do mundo...
Dura vida sem você.


Foram séculos,
De horas que nunca passavam
Nossa irmã era especial também
Triste moça abandonada
O quanto nós a amamos...


Nunca tivemos coragem de dizer,
Em seu canto, em sua leitura, ficava.
Por que não percebemos sua dor?
Você se foi, ainda tão cheio de vida.


E eu cansada de nada fazer,
Na minha vida perdida
Entre as charnecas e neve.
Nenhuma luz, nenhuma esperança.


Como a solidão corrói
A mais crente das criaturas
E todos assim indo embora,
Como se estrada da morte
Fosse nossa verdadeira trajetória,
Mas nunca acreditei no fim.


Muito prazer,
Hoje eu sei que voltaste
Numa matéria limitada
Mas como seu espírito


Agradece, todo aprendizado.
Cicatrizes que secarão
Dores que amortecerão
Mas eu ainda temo,


Embora eu busque aprender,
É bom tê-la ao nosso lado,
E não mais sofrer pelo passado,
E dessa maneira vamos plantando probabilidades
Redescobrindo-nos a cada dia.
Muito prazer vire o rosto, eu estou aqui!


Autora
Liê Ribeiro
Mãe de um rapaz autista

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