Eu não posso ver seu olhar triste
Uma dor de tempestade me toma,
Uma vontade de arrancar toda dor

De dentro de tua alma,
E jogar no fundo do mar...


Queria sair de toda forma
Queria ter asas e te buscar,
Voar e voar... Para ver seu sorriso...
De novo, como quadro renascentista
Em teu rosto lindo...


Queria poder achar-te
Nesse labirinto em que estás.
Mostra-lhe a saída,
A liberta-lo como uma ave


Livre a reconhecer seu habitat
Sei que te debates
Para entender toda lógica
Mas que lógica há?


Nessa correria desenfreada
Nessa individualidade de massas
Nesse verbo ter, nesse contexto estar...
Quantas luas, quantas horas
Para te reencontrar?


Às dias assim, meio ontem
Meio hoje, quase o amanhã
E nada muda, quase muda
Nem sai do lugar...


Mas se há um sorriso
Na boca do mundo
Vamos buscar lá fundo
De novo,
De novo, de novo, de novo!


Autora
Liê Ribeiro
Mãe de um rapaz autista.
Paz e luz.







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