Eu deveria escrever por código
Deveria amar por cifras
Mas meu coração ouve o som do silencio
E chora...
Chora pelas bocas famintas
Pelo extermínio do planeta...
Pelas catástrofes
Criada pelo ser humano,
Que dor essa que entra em nossa casa?
Pessoas falam e nada dizem
Pessoas ouvem e nada entendem
As geleiras derretem nossas esperanças
Os mares engolem seus marujos.
E nossos filhos!
Nossos filhos mal terão um planeta para viver.
Eu deveria gritar, mas o silencio da morte
Ronda as ruas...
Pessoas paradas, em meio às tragédias
Mal compreende que temos culpa
Por cada degelo, por cada aquecimento.
Por cada enchente, por cada morte
Sim temos culpa...
Assumamos!
Então façamos um pacto com a vida
Com os que nascerão...
Se nascerem,
Que plantaremos cada árvore arrancada
Que andaremos a pé.
Que recolheremos nossos próprios dejetos.
Que limparemos o céu.
De toda nuvem escura
Que entenderemos que a simplicidade
É mais valiosa que qualquer tecnologia.
Uma flor, no jardim.
Um rio e sua nascente
Uma borboleta revoando os jardins
A bicicleta percorrendo a estrada
E o sol, amigo, mostrando o caminho.
Uma criança sorridente subindo na arvore...
Não me façam acreditar
Que nada disso acontecerá!
Que a vida cibernética do seres
Arrancar-me-á da terra,
E numa cova rasa, ou numa lapide fria:
Aqui Jaz uma tola Poetisa
Que sonhou com um mundo melhor
Com pessoas melhores
Mas só se ouviu o som do silencio!
Autora
Liê Ribeiro
Paz e luz.
Lie querida.
ResponderExcluirDescobri seu blog e o estou seguindo.
Lendo suas poesias e lhe conhecendo melhor.
O seu livro está divulgado no Blog do André.
Faça-nos uma visita...
elosautisticos.blogspot.com
Parabens pelo seu Blog.
beijos no Rapaz especial. Ele é lindo.
Silvania
Oi Silvania, quanto tempo, obrigada vou sim entrar no seu blog
ResponderExcluirbeijos saudosos
Liê e Gabi autista