Meu velho poeta
O barco afundou
A vida se perdeu
As horas findaram...
O que fizemos marujo?


De todo oceano de sonhos...
Plantados em versos.
Da vida,
Colhemos desertos...

Arida manhã de outono...
Nada é como antes,
O hoje, somente, solidão.


Visões de mar eu tenho...
E o velho cais...
E todas as gaivotas
A areia e o por do sol.


A! Velho poeta,
Não há tempo nas horas
Não há vida nas vidas
Somente corpo e pesar.


O interlúdio de um poema
Sempre se perde nas linhas.
Cruzamos o limiar da sanidade
E a loucura nos parece salutar.


Porque negar?
Porque rezar?
Nenhum milagre a vista
Nem precisamos dele


Temos a poesia
Que nos cura da indiferença
Tempestades e maresia
Mesmo que nos afoguemos em palavras
Será melhor,do que viver
No raso da existência.




Autora
Liê Ribeiro
paz e luz

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