Queria ouvir minha mente
Queria somente compor
A alegria, nesse dia preguiçoso
Queria esquecer o pensamento
Num canto qualquer do meu cérebro


Para poder me refazer da dor
De pensar, pensar,
Ontem no que hoje há por viver.
No amanhã indefinido tempo
Que passa em nossa janela.


Queria esquecer o que fazer.
Queria lembrar as horas
Onde nosso olhar se perdia
Em prismas e sonhos
Tantos que não cabiam em nós.


Queria sobreviver da minha arte,
Carregar todas as letras
E deitá-las em milhões de papeis.
Alcançar os corações.


Queria ouvir mais meus anjos interiores
Prender na cela do esquecimento
Todos os monstrinhos cruéis que revoam
Minha imaginação.


Aprendendo em doses lentas
Vazando feridas velhas...
Queria aprender com a vida.
Porque tanta chicotada
Se meu corpo verga
Mas jamais quebra...


Queria outras frases
Queria aprender outras formas
De escrever sem ser obvia...
Cada instante na estante
Histórias que não são minhas
Mas eu as visto egoisticamente


Quem me dera,
Ser um velho esperançoso
Um barco no horizonte
Uma palavra que me defina,
Quem dera...

Autora
Liê Ribeiro
Paz e luz

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