Doce descoberta!
Eu bati a cabeça
E você meu filho
Veio ver seu havia
Me machucado,
Mas saiba
O que me machuca mais
São os preconceitos.
Sãos os atos egoístas
É o descuido
Com o sentimento do outro.
A ciência diz que você não sente
Nem se importa com o outro
Mas o outro, mal te conhece
Pois o que nato em alguns.
Em ti depende da confiança
Temos um amor silencioso
Temos tanto para aprender
Eu quase me convenci
Que eu não te faria falta
Mas quando você falou.
Pronto, pronto.
Como se quisesse
Que minha dor passasse
Quantas vezes eu te disse isso
Quantas vezes
Você me viu chorar
E nada te fazia mudar
Hoje minha lágrima você limpa...
Mas eu não choro por ti
Eu choro, por tantos medos
Ainda habitados em mim...
Choro por ver em ti tanta beleza
Que ninguém enxerga.
Eis a peça falha
De uma sociedade imediatista e cruel
Choro,
Mas quando você me faz um carinho.
Eu reajo e te digo,
Vamos em frente rapaz
E você diz, já passou, já passou
Sim meu filho já passou
Seu sorriso me dá força
Um dia talvez entendas
Que na minha pessoa pequena
O que não me deixou cair
Foi seu amor diferente
Seu aproximar contente
Seu perdão...
Por essa mãe assim tão falha.
Autora
Liê Ribeiro
Paz e luz.
Mãe de um rapaz autista.
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O que eu tenho?
Na verdade
Eu não tenho nada
Quem eu tenho?
Na verdade, ninguém!
Nem meu corpo
Nem minha alma
Foco meu pensar
Nas horas gastas pelo dia.
Reflito pensares tantos
Aqueles vividos
E não vividos
Sonhos...
A canoa desceu
Na correnteza
Da minha solidão
Não posso afogar-me.
A Luz da lua
Quem irá apreciar?
Passo correndo
Pela existência.
Resistência de quem
Ainda crê...
Mas como nada
Nos pertence
Porque nos apegamos
As coisas do mundo?
Nada carregamos
O peso da nossa consciência.
A ciência materialista
Não explica minhas lágrimas
Meu sentir quase lúdico
Meus medos.
O Ventre da minha mãe.
Devo culpar a mim?
Ou a criação desligada.
Ser humano uma espécie em extinção.
Uma musica,
Uma melodia
Uma poesia
Um amor verdadeiro
Eis o caminho para paz.
Nada mais...
Quem buscar na matéria
Fará da vida um eterno vazio
Um carinho,
Uma mão, um abraço
O valor da pessoa emergindo
Da individualidade egoísta
Amando o outro.
Eis a grande vitória.
No espelho de si mesmo
Eis a descoberta
Do eu verdadeiro.
Que jamais desistirá
Do seu semelhante.
Porque não tem tempo...
Eis o que levamos!
Autora
Liê Ribeiro
Paz e luz
Gabi é um anjo disfarçado de autista.
ResponderExcluirbjs
É nada , ele um autista, difarçado de anjo
ResponderExcluir*risos
Grata
Liê e Gabi autista