Poema para Ludwig Van Beethoven!


Eu convirjo
Para o abismo
Eu me jogo
Na melodia
Eu irascível, cruel
Apaixonada
Solo de Beethoven
Não há mais amada imortal...
Ela imergiu na melodia
Ele a perdeu para a fatalidade.
Correntes do tempo
E a solidão do silencio
Nenhum som
Nem da palavra
Nem da sinfonia...
E iniqüidade dos seres mortais,
Cada nota pingando sangue
Cada hora escondendo dores
E a busca da poesia tocada, dolorida.
Eu choro e entendo
Sua paixão incontrolada
Seu destino fatal
Sua alma lúdica.
Todo carinho guardado
Toda doçura escondida
Para sua amada imortal
Mas sua amada perdeu-se
Na estrada poeirenta
Nas tempestades da hipocrisia
Na realidade dos seres vazios
Na subjetividade dos falsos
Na angustia da incompreensão
E toda crença, revestida  de melancolia
E as maiores obras.
O refugio do gênio
E os anjos ouvem seu piano
E todo universo o contempla em festa
Não teve a felicidade em vida
Livre da matéria
Caminha pelas nuvens
Quem sabe ouvindo suas melodias
Admirando-as ao lado da amada imortal!




Autora
Liê Ribeiro
Paz e luz

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