Ainda posso sentir o vento frio
Ainda ouço seu uivar na janela,
Ainda vago por sonhos
De ser um dia feliz.


Ainda a lareira está apagada
Triste alma vagar por sua saudade
Ainda amo as noites de outono
Quem sabe ela voltará.
Entrará pela porta
Cobrir-me-á de urzes
Quem sabe eu renascerei das cinzas


Ninguém me ouve nem me vê.
Ninguém me reconhece nas entrelinhas
Nem se lembra da minha luta.
Para vencer a solidão...
Mas eu devo enterrar meus medos


Nem reclamar do momento passado
Nem da inspiração enterrada em meu peito.
Fui eu que me refugiei nas minhas histórias
Escavaquei minhas dores
Por não acreditar nas pessoas.


Mas se tu ler esses versos
Não pense que me entreguei
Jamais,
Vou arrastando meus sentimentos
Em correntes quebradas há séculos
Ofereci-te minha lealdade
E dela eu não fugirei...


Mas se alguém tiver
Um colo amigo,
Um canto que eu posso descansar
Dessa mente arredia
Aceitarei humildemente
Preciso de um pouco de paz!


Autora
Liê Ribeiro
Paz e luz.

--------------
 
Eu! algo em incomum
Indecifrável
Eu! Combatida,
Vencida pelo tempo
Eu! Nem reza, nem receio
Eu!Alguma crença
Eu! Água,
Nessa secura da palavra.


Eu! Sonho?
Quase irreal...
Quase palpável
Essência de poesia.

Nessa manhã, quente
Minto, desminto
Quantas vezes for preciso
Para poder sobreviver...

Eu! Verdade?
Talvez uma breve mentira.
Quase completa

Meia vida, meia morte
Quase eterna.


Eu! Poeta?
Profeta?
Nem de longe.
Caço em mim
Algum motivo
Para existir...

Eu! Verso?
Só se for do avesso.
Preciso subsistir
Talvez, eu seja eu.
Talvez o verdadeiro eu
Não seja eu,
Alguém desconhecido do meu eu!
Seja eu!


Autora
Liê Ribeiro
Paz e luz

Comentários

  1. Ó doce amor, perdoa se eu te esqueço
    Ida que vou nesta maré do mundo.
    Desejos me distraem, que aborreço
    Mas nenhum deles é que tu mais fundo.

    Que luz brilhou no meu azul celeste,
    ou nova aurora para mim raiou?
    O BEM DA VIDA É O BEM QUE TU ME DESTE
    E o bem da vida em ti se consumou...
    (Emily Bronte- Recordação)

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  2. Adoro os poemas de Emily Bronte, como as doces linhas de sua irmã Charlotte Bronte...
    grata
    Liê

    ResponderExcluir

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