Eu precisava reencontrar
Aquela antiga praça
Quantos caminhos tortuosos
Eu percorri...
Até chegar a lugar nenhum.


Tantos pontos marcados
E os passos se perderam
Por trilhas pedregosas,
Por encostas solitárias.


Bate nesse instante
Uma saudade de quase tudo
Uma vontade de quase nada
Eu posso, eu devo, eu cumpro.
Quais desígnios afinal?


Vasos e flores
Sonhos e pesadelos
Eu sou assim
Cruelmente desapegada.

Livros e discos
Completam meus bens
Meus únicos amigos
Quase pude ver seus rostos
Quase pude acreditar senti-los.
Mas eu só preciso
Da velha praça e uma confissão.


Um pedido!
E a vida ávida por ser vivida.
E um beijo roubado,
E um amor prometido


Quiçá resistisse ao tempo
Quiçá se vestisse de Rainha
E reinasse no castelo abandonado
Caminhasse pelo jardim de miosótis


Não temesse ser feliz...
E não se achasse tão feia.
Quanta beleza escondida
Nesse olhar.


Quanta promessa não cumprida
Quanta réstia de memória ainda sobra?
Mas eu não posso perder
A sensibilidade de chorar


Chorar pelo amor sentido
Pelo amor perdido
Pelo amor reencontrado
Em cada linha desse poema.


Não, não pode ser em vão.
Quantos se debatem em busca
Do amor verdadeiro
Amor sem regras pré-definidas.
Amor sem culpas inúteis.

Alias, se é amor.
Quem poderá condenar?
Quem se atreverá entender
Amor não se tenta explicar
Amor simplesmente se sente!




Autora
Liê Ribeiro
Paz e luz

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