Ouvindo uma balada!



Caramba,
Sua mãe nunca bebeu
Nunca fumou
Careta,
Mediocremente honesta.


Que chata,
Puxa
Sua mãe,
Provou o doce do amor
Dançou coladinho
Com todo respeito
É verdade...

Se eu te contasse
E você entendesse, riria
Sua mãe demasiadamente carente
Em busca da arte de amar
De se entregar...
Romanticamente
Para depois sonhar...


Mas há em nosso destino
Algo de mistério indolor...
A angústia já amaciada pelo tempo
Dói mais não corta...
Mas sua mãe meio arredia
Pequena e atrevida


Jurou não desistir de você.
Nem que durasse toda vida
Mesmo cansada e já envelhecida
Sua mãe cava forças divinas.
Sua mãe passou pelo labirinto da desesperança
Achou no seu sorriso a saída.


Sua mãe não acredita em limites
Mas entende seu tempo inexato
De sair da sua concha...
Cuidadosamente, para não se machucar
Sua mãe é mesmo antiquada
Prefere as rosas,
Um sussurro ao pé do ouvido


Do que os gritos em meio à multidão.
Sua mãe prefere o acaso sublime
Ao vazio da descrença.
E se um dia sua mãe quis fugir
De toda luta travada a cada dia


Esquece! O máximo que ela foi
Até a esquina da vida
Lá encontrou a lembrança
Desse seu olhar...
E toda alegria em meio às lágrimas
De ter podido aprender
A ser mãe com você!


Autora
Liê Ribeiro
Mãe de Gabriel Gustavo/TEA.
Paz e luz...

Comentários

  1. As baladas são dos corações românticos e combinam demais com você!
    bjs

    ResponderExcluir
  2. sim, a natureza é romantica veja...
    Deus é romantico
    a galáxia é romantica...
    a Poesia apesar de solitária e contraditória na sua concepção é poeticamente romântica.
    Grata
    Bjs
    Liê

    ResponderExcluir

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