Dois Poemas e um só sentimento!
O querer continua.
O que realmente eu quero?
A lua em noite calma
A brisa em dias quentes
O silêncio dos anjos.
Mas as pessoas não param.
Não há tempo para poesia
Não há tempo para conjecturas vazias.
E quando somos feridos
Algo em nós se modifica.
O que era sonho vira realidade
E a realidade nos calça
De frias pegadas.
Um passo a frente.
Nada como um dia
Depois do outro
Numa sucessiva
Briga entre almejar e o esquecer.
A mente se recupera, será?
Mas o coração como não pensa
Demora um pouco mais
Afinal sentimentos são cruéis às vezes.
É fato,
É obvio
Essa briga é de cachorro bravo.
De aprendizado dolorido
De esperança cavada
Com mãos calejadas.
E a água ferve na caneca
Seca, queima
Afinal há tantas coisas
Mais importantes a fazer.
O esquecimento
É uma arma perfeita
Para não sofrer, quem prova?
Os resíduos de ontem
Ainda jogados no chão.
E o amanhã pertence ao agora.
Metáforas, simples metáforas...
O arroz já secou.
A salada já feita
A casa pronta para ser varrida
E o dia assim se faz.
Rotinas vestidas de tédio
E eu aqui, entre a inspiração.
E a transpiração, afinal.
Já está quase tudo pronto
Menos a minha vida
Alias...
Apesar da idade ela nem começou.
Autora
Liê Ribeiro
Paz e luz.
-----------------------------------
Remendos
Vivemos
Remendando
Nossas vidas.
Dizem que café é bom
Mas eu não gosto de café
Dizem que vinho
Prolonga a vida
Mas eu não gosto de bebida alcoólica
Dizem que massa engorda
Mas eu amo macarrão.
Fazemos o possível para não fingir
Que o sorriso não é plantado
Que a palavra não é definitiva
Que a mentira é necessária
Para quem?
Mas remendos esgarçam,
A vida se quebra
O destino sempre se cumpre
Por bem o por mal...
Retrocedemos desde
Da teoria de Darwin,
Pois vamos corrompendo
Nossos sentimentos
Vamos abreviando nossas emoções
Vamos massacrando a natureza.
E tudo fica para amanhã.
As soluções e a sinopse.
As respostas...
Tudo fica para manhã
Até nossa felicidade.
Autora
Liê Ribeiro
Paz e luz
Comentários
Postar um comentário