Primeiro poema 2011!
A luta nunca termina?
Nem além da vida
Nem antes dela...
Uma frase, uma palavra
Uma silaba,
Interlúdios de poemas.
Conserta a minha vida...
Em pedaços a serem colados.
Metade fica no passado
Outra parte no presente
O futuro, fragmentos trincados.
Quanto aos nomes
Não me lembro de todos
Mais cada fisionomia não me é estranha.
Outrora gravasse todos os detalhes.
Superstições de corujas
No muro, olhos regalados
Em noite de chuva...
Besteira, elas fazem parte da natureza
Mórbida sensação de morte. Bobagem.
Mesma coisa á aranha
Tecendo sua teia caseira
Quanta riqueza de minúcias
Sua casa, sua realidade.
A horripilante barata
Sobrevivente de tantas guerras
Hoje,
preferi me abster de combatê-las.
O poeta é um observador das coisas
Mesmo aquelas mais inúteis
Como o medo de barata.
Elas correm de nós, nos corremos delas.
Não sei. Falta-me algum sentido
Um tato para vida,
Essa causa em mim perdida
De tentar decifrá-la...
Nem nas linhas,
Nem nas estrofes
Nem na rima casual.
Falta-me abrandar a ansiedade.
Cessar as vozes.
Esse acreditar nos seres
É de mim, duvidar.
Mas eu preciso descobrir
O enigma que me faz aqui estar.
Nesse turbilhão de sentimentos
Que como uma onda
Vem me tomar!
Autora
Liê Ribeiro
Paz e luz.
Comentários
Postar um comentário